A Garota Que Se Permite. Brian Quinlan. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Brian Quinlan
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Серия:
Жанр произведения: Современные любовные романы
Год издания: 0
isbn: 9788835425175
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de autoajuda usados que peguei, uma loira pequena e curvilínea estava com o braço em volta da cintura de John. Eu meio que esperava que ela me olhasse feio quando eles viessem em minha direção, mas em vez disso, seu sorriso se alargou.

      — Ouvi dizer que você está tendo uma noite péssima.

      Eu ri. Como não poderia? Ela era tão simpática quanto ele. Eles eram, aparentemente, um casal adorável.

      — Sim. Bem isso… — Eu puxei meu casaco e peguei minha pequena bolsa. — Obrigada pela carona.

      — Sem problemas. Acho que vou aproveitar para te levar para casa enquanto ele fecha — disse ela, pegando sua própria bolsa e caminhou até a porta da frente. — Espero que goste de receber ajuda. John é o Sr. Conserta-Tudo e agora que sabe que você está procurando um lugar, ele colocou seu chapéu de corretor de imóveis amador.

      — Não posso discutir sobre o amadorismo de ninguém no momento.

      — Ótimo. Só não o deixe pendurar nada em seu novo lar. — Ela pareceu incrivelmente inflexível sobre isso. Eu meio que me perguntei que tipo de arte John andava pendurando pela cidade.

      Então, eu apenas sorri, porque quem era eu para julgar, afinal?

      Talvez as coisas estivessem melhorando.

      4

      QUATRO

      AS COISAS DEFINITIVAMENTE não estavam melhorando.

      Na manhã seguinte, não apenas meu apartamento estava congelando, mas eu não tinha água quente. Algumas semanas atrás, o clima estava apenas friozinho. Mas, com o verão se transformando em outono, a noite agora estava congelante.

      Parece que, faltando apenas um dia para o fim do meu contrato de locação, o prédio começaria a ter problemas. Liguei para o zelador do prédio e não fiquei surpresa quando deu direto na caixa de mensagem.

      — Micah? É Kasey Lane do 304. Estou no meu apartamento e não tenho aquecimento ou água quente… Espere. — Eu olhei para o meu despertador. O pequeno ícone da bateria estava aceso. — Eu também não tenho eletricidade. O que exatamente está acontecendo aqui? Por favor, me liga.

      Enrolei meu edredom verde-musgo em volta de mim, feliz por não ter doado ele ou minha cama, embora ela não “combinasse” com o apartamento de Jason, e me dirigi para a minha porta da frente.

      O corredor do prédio estava agradável e quentinho e… iluminado. Isso não era um bom sinal.

      Beth, a garota que mora do outro lado, abriu a porta e me pegou em pé no meio do corredor, o edredom puxado para cima em volta do meu nariz enquanto eu tentava me aquecer.

      — Sem aquecimento ou água quente. — Olhe para mim. A garota do óbvio.

      Ela se inclinou para olhar para o meu apartamento, como se o ar frio pudesse parecer diferente. — Sério? Está tudo bem aqui.

      É claro.

      Beth me deu um sorriso do tipo o-que-se-pode-fazer-quanto-a-isso e desceu as escadas. O que também não foi uma surpresa. Ela era o tipo de vizinha que passava para avisar que ela estava dando uma grande festa, só para que você soubesse do que se tratava o barulho, mas nunca para te convidar.

      Apertei para rediscar e esperei pelo correio de voz de Micah.

      — Sério, Micah. Por que meu apartamento é o único que parece uma geladeira? Favor ligar de volta. Estou apenas, você sabe, passando um tempo no corredor de pijama.

      Uma porta no andar de cima se abriu e passos pesados cruzaram sobre minha cabeça em direção à escada. O cara, por quem Beth chamava a polícia o tempo todo por fazer o treino P90X depois das sete da manhã de um sábado, dobrou a esquina e parou no patamar.

      — Trancada do lado de fora? — Ocorreu-me o quão ruim eu devia parecer antes de tomar meu banho, ou antes da dose de cafeína.

      — Não.

      — Só passando o tempo? — Ele abriu um sorriso.

      E por que não deveria. Devo parecer ridícula. — Sem aquecimento, água quente ou eletricidade.

      — Sério? — Ele olhou para a minha porta como se pudesse ver o problema através do painel frágil. — Escute, eu só estou correndo para pegar um café e bagels, mas minha namorada está aqui para passar o fim de semana. Por que você não pega suas coisas e vem tomar banho na minha casa. Ela não vai se importar.

      Dan, que aparentemente era o nome do cara P90X, me acompanhou até o apartamento dele, me apresentou a sua namorada e se dirigiu para a porta.

      Isso mostrou o quão baixo eu tinha afundado, que eu nem me importava se estava tomando banho no apartamento de um cara estranho. A namorada de Dan pegou uma toalha para mim e certificou-se de que eu tinha tudo de que precisava.

      — Para sua sorte, ele sempre contrata uma diarista na semana anterior à minha visita. Tenho um medo mortal do que você poderia encontrar aqui caso contrário.

      — Obrigada. — Tentei imaginar Dan, que sempre parecia incrivelmente arrumado, tendo um banheiro imundo. Simplesmente não fazia sentido.

      Mas, quem era eu para tentar decifrar o namorado de outra pessoa quando nem mesmo consegui decifrar o meu?

      Corri para o meu banho, não querendo interromper o tempo da Namorada do Dan. Além disso, eu tinha um encontro com o dono de uma cafeteria que esperava encontrar um teto para eu morar. Eu estava disposta até a implorar naquela altura.

      Sequei o meu cabelo o mais rápido possível e o enrolei em um coque desleixado antes de agradecer a ambos, um pouco triste por só conhecer o vizinho simpático um dia antes de me mudar.

      De volta ao apartamento geladeira, abri minhas cortinas para deixar a luz do sol entrar antes de enrolar um lenço em volta do pescoço, puxar meu casaco e erguer minha bolsa. Como eu nunca percebi como ela ficava tão pesada assim com o notebook e o carregador nas minhas caminhadas de apenas uma quadra da minha casa até o ponto de ônibus?

      Posso não receber um pagamento pelo dia hoje, mas ainda era um dia útil. Eu tinha muito trabalho a fazer e ainda mais coisas para pensar. Então era melhor já começar a arregaçar as mangas.

      O ar estava úmido, o tipo de clima pré-outono que fazia tudo parecer um pouco mais fresco. Foi uma caminhada mais curta do que o esperado. Um pouco mais de um quilômetro. Isso é o que acontece quando você nunca não vai além do que a própria vizinhança, você perde a oportunidade de encontrar jóias escondidas.

      Entrei na cafeteria e inspirei o aroma inebriante de café. Estar lá novamente foi a primeira coisa que me fez sentir bem, algo que parecia certo, nos últimos dois dias.

      Aproximei-me do balcão, feliz por poder pedir outro daquele mocha delicioso e estranhamente não me surpreendi ao encontrar Abby no balcão novamente.

      Ela olhou para mim e balançou a cabeça. — É assim que você sai de casa?

      Eu olhei para minhas calças de ioga e jaqueta esportiva.

      — Sim. É assim que saio de casa quando preciso caminhar dois quilômetros para sentar e tomar um café enquanto trabalho.

      Ela balançou a cabeça novamente, desgosto emanando dela como se ela tivesse acabado de descobrir que eu chutava gatinhos como passatempo.

      — Se você insiste em sair assim, vai continuar solteira.

      — Eu só estou solteira desde a noite passada, você sabe, quando você me acusou de sair por aí traindo.

      — Então. Bem-vinda à Terra dos Solteiros. — Abby me entregou meu mocha como se ele fosse algo muito bom para alguém como eu. — Você vai ficar nessa Terra por um bom tempo.

      — Talvez eu queira ficar solteira por um tempo.

      Ela olhou para mim por cima da