Rastro de Morte . Блейк Пирс. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Серия: Um Mistério de Keri Locke
Жанр произведения: Современные детективы
Год издания: 0
isbn: 9781640290891
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aparecer".

      Elas desceram. Keri olhou ao redor.

      "Onde está seu marido?"

      "Ele foi chamado de volta ao trabalho".

      Keri se conteve para não dizer nada e se dirigiu à porta da frente.

      "Aonde você está indo?" Mia gritou atrás dela.

      Sobre o ombro, Keri gritou de volta:

      "Vou achar sua filha".

      CAPÍTULO TRÊS

      Segunda-feira

      Entardecer

      Do lado de fora, enquanto andava apressadamente até o carro, Keri tentou ignorar o calor refletido pela calçada. Gotas de suor se formaram em sua sobrancelha após um minuto, apenas. Quando ligou para o número de Ray, ela resmungava baixinho.

      Estou a apenas seis malditas ruas do Oceano Pacífico, no meio de setembro. Quando vai esfriar um pouco?

      Após chamar sete vezes, Ray finalmente atendeu.

      "O que foi?" ele perguntou, parecendo ofegante e irritado.

      "Preciso que me encontre na Main Street, em frente ao colégio West Venice High".

      "Quando?"

      "Agora, Raymond".

      Espere um segundo". Ela podia ouvi-lo se movimentando e resmungando em voz baixa. Parecia estar acompanhado. Quando voltou ao telefone, ela notou que ele havia saído do quarto.

      "Eu estava meio enganchado aqui, Keri".

      "Bem, desenganche-se, detetive. Temos um caso".

      "É aquele negócio de Venice?" ele perguntou, claramente exasperado.

      "É. E por favor, pode ir baixando a voz. Quer dizer, a menos que você pense que a filha de um senador dos EUA desaparecendo numa van preta não vale a pena ser checado".

      "Jesus. Por que a mãe não mencionou o negócio do senador pelo telefone?"

      "Por que ele pediu para ela não fazer isso. Ele estava tão despreocupado quanto você, talvez até mais. Espere um segundo".

      Keri chegou ao seu carro. Ela pôs o telefone no viva-voz, colocou-o no banco do passageiro e entrou. Enquanto manobrava, ela contou a ele sobre todo o resto — a habilitação falsa, a cápsula de bala, a garota que viu Ashley entrando na van, possivelmente contra a sua vontade, o plano para coordenar os interrogatórios. Quando estava terminando, seu celular emitiu um bipe e ela olhou para a tela.

      "É Suarez ligando. Quero passar alguns detalhes para ele. Estamos acertados? Você já se desenganchou?"

      "Estou entrando no carro agora", ele respondeu, sem se importar com a provocação. "Posso chegar em 15 minutos".

      "Espero que tenha oferecido minhas desculpas a ela, seja lá quem for", Keri disse, incapaz de ocultar o sarcasmo em sua voz.

      "Ela não é o tipo de garota que precisa de desculpas", Ray replicou.

      "Por que não estou surpresa?"

      Ela trocou as chamadas sem se despedir.

      *

      Quinze minutos depois, Keri e Ray caminharam pelo trecho da Main Street onde Ashley Penn pode ou não ter sido raptada. Não havia nada que fosse obviamente fora do comum. O parque de cães ao lado da rua vibrava com latidos felizes e donos gritando para pets com nomes como Hoover, Speck, Conrad e Delilah.

      Cães com donos ricos e desocupados. Ah, Venice.

      Keri tentou afastar esses pensamentos alheios e retomar o foco. Não parecia haver nada de mais acontecendo. Ray claramente sentia o mesmo.

      "Seria possível que ela apenas tenha ido para algum lugar ou fugido?" ele brincou.

      "Não estou eliminando essa possibilidade", Keri replicou. "Definitivamente, Ashley não é a princesinha inocente que sua mãe pensa que ela é".

      "Elas nunca são".

      "Seja o que for que aconteceu, é possível que ela tenha um papel nisso. Quanto mais conhecermos sua vida, mais saberemos. Precisamos falar com algumas pessoas que não vão nos dar o discurso oficial. Como aquele senador... não sei o que se passa na cabeça do cara. Definitivamente, ele não estava confortável comigo investigando a vida deles".

      "Tem alguma ideia do por que disso?"

      "Ainda não, a não ser a intuição de que ele esconde alguma coisa. Nunca conheci um pai tão blasé sobre sua filha desaparecida. Ele estava contando histórias sobre tomar um porre de cerveja aos 15 anos. Ele estava forçando a barra".

      Ray estremeceu.

      "Fico feliz por não ter chamado a atenção dele para isso", ele falou. "A última coisa de que você precisa é de um inimigo que tenha a palavra senador na frente do nome".

      "Eu não ligo".

      "Bem, você deveria", ele disse. "Algumas palavras dele para Beecher ou Hillman, e você já era".

      "Eu já era cinco anos atrás".

      "Ah, qual é..."

      "Você sabe que é verdade".

      "Não comece”, Ray disse.

      Keri hesitou, olhou para ele, e então voltou sua atenção novamente para o parque de cães. A alguns metros dali, um filhotinho de pelo marrom estava rolando de costas, feliz, na terra.

      "Quer saber algo que nunca lhe contei?" ela perguntou.

      "Não tenho certeza".

      "Após, o que aconteceu, você sabe..."

      "Evie?"

      Keri sentiu o coração apertar ao ouvir o nome da filha.

      "Isso. Houve uma época, depois do que aconteceu, em que eu estava tentando desesperadamente engravidar. Durou uns dois ou três meses. Stephen nem conseguia acompanhar”.

      Ray não disse nada. Ela continuou.

      "Então, acordei uma manhã e me odiei. Senti como alguém que tivesse perdido um cão e fosse direto para um abrigo conseguir um substituto. Senti-me como uma covarde, como se estivesse sendo egoísta, ao invés de manter o foco onde deveria. Eu estava abandonando Evie, ao invés de lutar por ela".

      "Keri, você precisa parar de fazer isso consigo mesma. Realmente, você é seu pior inimigo ".

      "Ray, eu ainda posso senti-la. Ela está viva. Eu não sei onde ou como, mas está".

      Ele apertou a mão dela.

      "Eu sei".

      "Ela tem 13 anos agora".

      "Eu sei".

      Eles caminharam pelo resto da rua em silêncio. Quando chegaram no cruzamento da Westminster Avenue, Ray finalmente falou.

      "Ouça", ele disse, num tom que indicava que estava focando no caso novamente, "podemos seguir cada pista que aparecer. Mas esta é a filha de um senador. E se ela não partiu simplesmente para uma pequena aventura, as garras vão aparecer neste caso. Logo, os Federais vão se envolver. O FBI também vai querer entrar. Até as nove da manhã de amanhã, você e eu seremos escanteados".

      Provavelmente era verdade, mas Keri não ligava. Ela lidaria com isso amanhã. No momento, eles tinham um caso em que trabalhar.

      Ela deu um profundo suspiro e fechou os olhos. Após ser seu parceiro por um ano, Ray havia finalmente aprendido a não interrompê-la quando ela estava tentando se concentrar.

      Após cerca de 30 segundos, ela abriu os olhos e olhou em volta. Após um momento, apontou para uma loja do outro lado do cruzamento.

      "Ali", ela falou, e começou a caminhar.

      Aquele