Rastro de Morte . Блейк Пирс. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Серия: Um Mistério de Keri Locke
Жанр произведения: Современные детективы
Год издания: 0
isbn: 9781640290891
Скачать книгу
tempo de se entediar. Esta é a segunda semana desde a volta às aulas".

      "Algum drama por lá?"

      "Não. Ashley gosta dos seus professores. Ela se dá bem com todos os outros jovens. Também vai entrar no time de basquete feminino".

      Keri encarou a mulher e perguntou, "Então, o que você acha que está acontecendo?"

      A confusão tomou conta do rosto da mulher. Seus lábios tremeram.

      "Eu não sei". Ela levou os olhos para a porta da frente, e então, de volta para Keri, e disse, "Só quero que ela volte para casa. Onde diabos está Stafford?"

      Como se aproveitando a deixa, um homem entrou na sala. Era o senador Stafford Penn. Keri o havia visto dezenas de vezes na TV. Mas, em pessoa, passava uma impressão que não era transmitida pela tela. Com cerca de 45 anos, ele era alto e musculoso, facilmente com 1,80 m, com os cabelos loiros, como os de Ashley, um maxilar bem definido e olhos verdes penetrantes. Ele tinha um magnetismo que quase parecia vibrar. Keri engoliu em seco quando ele estirou a mão para apertar a dela.

      "Stafford Penn", ele falou, apesar de notar que ela já sabia disso.

      Keri sorriu.

      "Keri Locke", ela disse. "Unidade de Pessoas Desaparecidas da LAPD, Pacific Division”.

      Stafford deu um rápido beijo na bochecha da esposa e se sentou ao seu lado. Ele não perdeu tempo com cortesias.

      "Agradecemos por ter vindo. Mas, pessoalmente, acho que podemos esperar até amanhã de manhã".

      Mia olhou para ele, sem acreditar.

      "Stafford..."

      "Jovens escapam de seus pais", ele continuou. "Eles se desligam. Faz parte do processo de crescer. É por isso que pedi a Mia para ser discreta ao ligar para você. Duvido que esta seja a última vez que vamos lidar com esse tipo de coisa e eu não quero ser acusado de ser um pai chorão e superprotetor".

      Keri perguntou: "Então, o senhor acha que não há nada de errado?"

      Ele balançou a cabeça.

      "Não. Acho que ela é uma adolescente fazendo o que adolescentes fazem. Para ser honesto, estou quase feliz por este dia ter chegado. Isso mostra que ela está ficando mais independente. Grave minhas palavras, ela vai aparecer esta noite. No pior dos casos, amanhã de manhã, provavelmente, de ressaca".

      Mia o encarava, incrédula.

      "Primeiro que tudo", ela disse, "é uma tarde de segunda-feira durante o ano letivo, não as férias de verão em Daytona. E, em segundo lugar, ela não faria isso".

      Stafford balançou a cabeça.

      "Todos nós enlouquecemos um pouco algumas vezes, Mia", ele falou. "Diabos, quando eu fiz 15 anos, bebi dez cervejas em duas horas. Literalmente, botei os bofes para fora por três dias. Lembro que meu pai deu uma boa risada ao saber disso. Acho que ele estava orgulhoso de mim, na verdade".

      Keri assentiu, fingindo que aquilo era completamente normal. Não havia razão para irritar um senador dos EUA se pudesse evitar.

      "Obrigada, senador. Provavelmente, o senhor está certo. Mas, já que estou aqui, se importaria se eu desse uma rápida olhada no quarto de Ashley?"

      Ele deu de ombros e apontou para a escada.

      "Pode ir".

      No andar de cima, no final do corredor, Keri entrou no quarto de Ashley e fechou a porta. A decoração era como ela esperava — uma cama chique, guarda-roupas combinando, pôsteres de Adele e da lenda do surfe de um braço só, Bethany Hamilton. Ela tinha um abajur de lava retrô no criado-mudo. Sobre um de seus travesseiros, estava um bicho de pelúcia. Era tão velho e surrado que Keri não sabia dizer se era um cachorro ou uma ovelha.

      Ela ligou o MacBook na mesa de Ashley e ficou surpresa ao ver que não era protegido por senha.

      Que adolescente deixa seu laptop desprotegido sobre a mesa para qualquer adulto intrometido dar uma olhada?

      O histórico da internet mostrava as buscas apenas dos últimos dois dias; as anteriores haviam sido limpas. O que restava parecia, principalmente, se relacionar a um trabalho de biologia que ela estava pesquisando. Havia ainda algumas visitas a sites de agências de modelos locais, assim como algumas em Nova York e Las Vegas. Outro era o site para um campeonato de surfe próximo em Malibu. Ela também havia visitado o site de uma banda local, chamada Rave.

      Ou esta garota é a santinha mais chata de todos os tempos, ou ela está deixando essas coisas à vista de propósito para apresentar uma imagem que ela quer que seus pais engulam.

      O instinto de Keri a avisou que era o último caso.

      Ela se sentou no pé da cama de Ashley e fechou os olhos, tentando canalizar o modo de pensar de uma garota de 15 anos. Ela já teve essa idade. Ainda tinha a esperança de ter uma em casa. Após dois minutos, abriu os olhos e tentou olhar para o quarto como pela primeira vez. Escaneou as prateleiras, procurando por qualquer coisa fora do comum.

      Keri já estava quase desistindo quando seu olhar caiu sobre um livro de matemática no final da prateleira de Ashley. O título era Álgebra para a 9ª série.

      Mia não havia dito que Ashley estava na 10ª série? Sua amiga Thelma a viu na aula de geometria. Então, por que ela estava mantendo um velho livro didático? Apenas para o caso de precisar relembrar alguma coisa?

      Keri pegou o livro, abriu e começou a folheá-lo. Após dois terços do volume, fácil de passar batido, ela encontrou duas páginas cuidadosamente coladas com fita adesiva. Havia algo duro entre elas.

      Keri abriu parte da fita e algo caiu no chão. Ela o pegou. Era uma carteira de motorista falsa, mas extremamente parecida com uma autêntica, com o rosto de Ashley nela. Mas o nome que se lia no documento era Ashlynn Penner. A data de nascimento indicava que ela tinha 22 anos.

      Mais confiante de que agora estava na pista certa, Keri se moveu rapidamente pelo quarto. Ela não sabia quanto tempo tinha antes dos Penn desconfiarem de algo. Após cinco minutos, encontrou mais alguma coisa. Escondida num tênis, nos fundos do armário, estava uma cápsula de uma bala 9mm usada.

      Ela puxou um saco de evidências, embalou a cápsula junto com o documento falso e saiu do quarto. Mia Penn estava andando pelo corredor na sua direção quando ela fechou a porta. Keri podia ver que algo havia acontecido.

      "Acabo de receber uma ligação da amiga de Ashley, Thelma. Ela tem falado com algumas pessoas sobre ela ainda não ter chegado em casa. Disse que outra amiga, chamada Miranda Sanchez, viu Ashley entrar numa van preta na Main Street, ao lado do parque para cães perto da escola. Ela disse que não podia dizer ao certo se Ashley entrou no veículo por conta própria ou se foi puxada para dentro. Não pareceu tão estranho para ela até ouvir que Ashley estava desaparecida".

      Kery manteve uma expressão neutra, apesar do súbito aumento na pressão sanguínea.

      "Você conhece alguém que tenha uma van preta?"

      "Ninguém".

      Keri começou a andar depressa pelo corredor, na direção da escada. Mia Penn tentou desesperadamente acompanhar seu ritmo.

      "Mia, quero que você ligue para a seção de investigação da delegacia, no mesmo número em que ligou para mim. Diga para quem quer que atenda — provavelmente, será um cara chamado Suarez — que eu pedi para você ligar. Dê a ele a descrição física de Ashley e o que ela estava vestindo. Dê também a ele os nomes e informações de contato de todos que você mencionou: Thelma, Miranda, o namorado, Denton Rivers, todos. Então, diga a ele para me ligar".

      "Por que vocês precisam de todas essas informações?"

      "Vamos interrogar todo mundo".

      "Você está começando a me assustar. Isto é ruim, não é?" Mia perguntou.

      "Provavelmente não, mas é melhor prevenir do que remediar".

      "O