História Dos Lombardos. Paolo Diacono – Paulus Diaconus. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Paolo Diacono – Paulus Diaconus
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Серия:
Жанр произведения: Историческая литература
Год издания: 0
isbn: 9788873043164
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que lhe mancha a pele venenosas serpentes; obtém a pele intacta como antes, oh digno de compaixão. Fazem alternar as ásperas rochas de vidro, nem sabem parti-las; servem intactas as ásperas rochas de vidro. Por que camareiro, hesitas em oferecer uma gota do vaso? Veja: as jarras esborram. Por que hesitas camareiro? Como podes ter remédio tu que não tens qualquer esperança de salvação; Tu que sempre dás morte, como podes ter remédios? Ah, velho miserável, tu cais com os golpes do inimigo; mas com um golpe voltas a ti, velho miserável. As cordas do bárbaro apertam as mãos inocentes; Sozinhas se desfazem das mãos as cordas do bárbaro. Aquele soberbo a cavalo berra, grita ameaças, prostrado ao chão jaz aquele soberbo a cavalo. Nos ombros, o pai leva o corpo do amado filho extinto; o pai leva nos ombros o filho vivo. Tudo vence o amor: com a chuva ligou a irmã ao beato; fica afastado das pálpebras o sono, tudo vence o amor. Aceito pela sua simplicidade, voa no alto dos céus como uma colomba; Alcança o reino do céu, pela sua simplicidade. O abraçado a Deus, cujo todo o universo se revela, tu que os arcanjos manifestas ou abraçado a Deus. Em uma esfera de fogo com o justo se levanta no etéreo; o qual ardia um sagrado amor ou fecha uma esfera de fogo. Três vezes chamado alcança quem deveria ser testemunha do prodígio; precioso pelo amor do pai, três vezes chamado chega. O bom líder, que incentiva combater reforços com os exemplos o anima

      te lanço primeiro entre as armas, oh bom líder, incentiva combater. Sinais congruentes compila deixando a vida comum;

       apressando-se na vida, sinais congruentes cumpre. Salmista assíduo, nunca concedia repouso à sua pena;

      cantando a Deus se reprime o assíduo salmista.

       Aqueles que só um coração tiveram, envolve um mesmo sepulcro; Igual glória envolve aqueles que tiveram um só coração. Um esplêndido caminho surge, aceso com tochas cintilantes; um caminho pelo qual o Santo ascendeu esplêndido apareceu. Ao alcançar o recinto rochoso, no seu devaneio obtém a salvação; foge do seu devaneio, alcança o recinto rochoso. Pobres versos compôs o suplicante servo em oferta; exilado, pobre, fraco, pobres versos compões. Aceitos te sejam, te rogo, oh guia do percurso do céu; Oh pai Benedetto, te rogamos, te sejam aceitos.

      

      

      Nós compomos também um hino em “metro iâmbico Arquilóquio”, que contém os únicos milagres do mesmo Pai Benedetto:

      

      

      Com ânimo espontâneo, Irmãos, Venham; em Coro unem-se no canto; vivamos as alegrias desta

       radiosa festividade.

      Neste dia Benedetto

       que nos mostra o árduo caminho, o nosso pai subiu ao áureo reino, colhendo o prêmio de seu trabalho. Como estrela nova brilhava, que disperde as névoas do mundo. Ainda à margem da vida voltou a fugir dos prados floridos do século. Poderoso ao operar milagres, do sopro de Deus inspirado, resplandeceu para prodígios e previu o que guardava o futuro. Destinado a dar alimentos a tantos, recompôs o exame do grão; escolhendo para si um angustiante cárcere, o fogo se extingue com fogo. Com a arma da Cruz parte a taça que traz o veneno; disciplina a mente que vagueia com o suave flagelo do corpo. Jorram riachos das rochas;

      o ferro retorna do fundo da água; obedecendo corre nas ondas;

       com um manto o menino escapa da morte. É revelado o veneno escondido; o alado realiza os comandos. Um desmoronamento esmaga o inimigo; volta atrás o rugente leão. Torna-se leve a pedra imóvel; o pedido imaginário se dissipa. Torna saudável quem estava despedaçado; o abuso cometido em outro lugar se revela. Astuto, está mascarado; indevido que oprime, está em fuga. Já são conhecidos, eventos do futuro; os teus mistérios mais escondidos, no coração. No sonho se põem as fundações a terra rejeita os cadáveres. Pelo dragão é formado o fugitivo; moedas fazem chover o éter. Resiste o cristal à rocha; esborram de óleo os jarros. A sua vista desmancha as correntes; os mortos retornam à vida. O poder de tão grande luz é vencido pelo desejo da irmã quanto mais um ama, tanto maior a força que decifra para voar no céu. Reluz na noite um esplendor desconhecido antes das pessoas; percebe-se nele todo o globo, e entre as chamas o Santo em cruz. Entre estas coisas, com a sua palheta tornou claras admiráveis realidades, semelhantes ao néctar; traçou, de fato, uma linha precisa de vida consagrada para os seguidores. Mas você, afinal guia poderoso para seus filhos, seja propício aos suspiros do rebanho; desencadeie ele no bem e se guarde da serpente para seguir no seu caminho.

      

      

      Gostaria de referir aqui um fato que o beato Gregorio não menciona na vida de San Benedetto, nosso pai fundador. Quando, por inspiração divina, vem de Subiaco nestes locais onde agora repousa, foi seguido por três corvos que ele costumava nutrir, eles voaram em torno por cinquenta milhas. Ao chegar a uma encruzilhada, lhe apareceram dois anjos em forma de jovens para indicar-lhe o caminho a tomar.

      Sempre aqui vivia um Servo de Deus em uma humilde casinha ao qual o céu tinha dito: «Tenha cuidado destes lugares, um outro amigo está aqui». Ao chegar aqui, na Rocca di Cassino, Benedetto se mortificou em uma severa e contínua abstinência, sobretudo, no tempo de quaresma fazia retiro, afastado dos problemas do mundo. Estas notícias as encontrei no canto do poeta Marco, que vindo em visita a Benedetto compôs alguns versos em seu louvor, não os mostro aqui em seguida porque não quero alongar-me demais na narrativa. Foi com certeza o Céu a conduzir Benedetto neste local fértil sob o qual se estende um vale exuberante: queria que aqui se reunisse uma congregação de muitos monges, assim como acontece realmente, graças à orientação de Deus.

      A terminar de narrar estas coisas, que não podia ignorar, volto à nossa história.

      

      

      27. Audoino, Rei dos Longobardos, teve como esposa Rodelinda, ela gerou-lhe um filho, Alboino, adequada à guerra e valoroso na ação. Morto Audoino, o décimo Rei foi assim Alboino que se torna com os votos de todos. As muitas ações de Alboino o tornaram famoso e Clotario, Rei dos Francos, quis unir-se a ele dando-lhe como mulher a própria filha Clotsuinda, desta união nasceu só uma filha, Albsuinda.

      No entanto, morreu Turisindo, Rei dos Gepidi, ao qual seguiu Cunimondo. Este, querendo se vingar das velhas rusgas sofridas, rompeu o tratado de paz com os Longobardos e preparou a guerra. Alboino tinha firmado um pacto perpétuo com os Avaros, aqueles que um tempo eram chamados Unos e só em seguida Avaros, do nome de um seu Rei. Alboino partiu para a guerra provocada pelos Gepidi e enquanto estes últimos, de várias direções, se moviam contra ele, como por acordos tidos com o Rei Longobardo, os Avaros invadiram o território dos Gepidos. Um triste mensageiro chegou à Cunimondo com a notícia que os Avaros tinham entrado nas suas terras. Abatido no moral, disposto em frente a uma escolha angustiantes, Cunimondo decidiu enfrentar antes os Longobardos e encorajando-os à batalha adicionou que depois de tê-los vencido teria expulsado da sua pátria os Unos.

      A inevitável batalha foi conduzida com todas as forças, os Longobardos resultaram vencedores e cruelmente se lançaram contra os Gepidi com tanta fúria que os massacraram quase que completamente, tanto que a duras penas salvou-se quem levou a notícia do extermínio. Naquela batalha, Alboino matou Cunimondo e, retirando-lhe a cabeça, a fez de copo para beber, do tipo daqueles que junto deles são chamados “scala” e em latim “patera”. Fez também prisioneira a filha do Rei Gepide de nome Rosmunda e uma grande multidão de homens e mulheres de todas as idades. Alboino, dado que Clotsunda estava morta, tomou Rosmunda como mulher e sua futura desgraça, como depois ficou claro. Com aquela vitória, os Longobardos recolheram uma grande riqueza. A estirpe dos