12. Os Assipittos, todavia, tinham entre si um guerreiro considerado fortÃssimo e com este fortÃssimo campeão queriam obter a vitória. Proporam então aos Longobardos escolher um verdadeiro campeão para medir-se em duelo com eles. O pacto firmado era que se tivesse vencido o guerreiro Assopitto, os Longobardos, teriam voltado sobre os seus passos renunciando a passar por aquelas terras; se vencesse, o Longobardo teria o caminho livre. Os Longobardos estavam incertos sobre o qual escolher entre eles para mandar contra aquele fortÃssimo guerreiro. Assim, uma tal condição servil, se ofereceu para combater por conta dos Longobardos contanto que a ele e a todos os seus descendentes fosse retirada a mancha da escravidão. O que dizer mais? Os Longobardos, reconhecidos aceitaram e prometeram conceder-lhes o que ele solicitava. Ele, ao sair das filas longobardas, enfrentou o inimigo, obteve o direito de passagem para os Longobardos e por si e os seus caros, a liberdade.
13. Ao chegarem finalmente em Mauringa, os Longobardos decidiram retirar a escravidão a muitos para aumentar o número de combatentes. A elevação destes ao estado de homens livres previa uma cerimônia com o presente de uma flecha e o murmuram de uma antiga fórmula na lÃngua de seus pais. Depois deste ato, saÃram da Mauringa e entraram em Golanda onde pararam por algum tempo, diz-se aliás que pararam por algum tempo, alguns anos. Ocuparam Anthab, Banthaib e Vurgundaib, podemos considerar que são vilas ou locais de pouca importância.
14. IV (quarto) século. Mortos no meio tempo Ibore e Aione, que tinham guiado os Longobardos fora da Escandinávia e governado até este ponto, não querendo ser submetidos só aos Duques imitando as outras estirpes germânicas, elegeram um seu Rei. Reinou primeiro Agelmondo, filho de Aione, traÃa a sua dignidade dos Gugingos, uma estirpe que entre eles era a mais nobre. Os avos persistiram pois ele reinou por trinta e três anos.
15. Naquele tempo, uma meretriz, que tinha dado à luz sete crianças, mãe cruel mais que uma fera, jogou-os em uma lagoa para deixá-los morrer. Se isto parece estranho e alguém acredita ser impossÃvel, releia os escritos dos antigos onde encontrará que não só sete, mas também nove crianças foram geradas de uma só vez, isto foi tÃpico principalmente entre os EgÃpcios. O Rei Agelmondo, passando por aquela lagoa, vendo as pobres crianças, parou o cavalo e com a lança tentou removê-los, um deles alongou a mão e segurou a haste do Rei. Agelmondo, profundamente atingido, declarou que se tornaria um grande e depois de tirá-lo da água o confiou aos cuidados de uma ama, deu também a ordem que fosse criado com todos os cuidados e visto que tinha sido retirado de uma lagoa, que na sua lÃngua se diz âlamaâ, deu-lhe o nome de Lamissione. Crescido, Lamissione tornou-se corajoso e também o mais valoroso na guerra, tanto que se torna regente com a morte de Agelmondo. Conta-se que um dia, enquanto os Longobardos estavam em marcha com o seu Rei, chegando nas margens de um rio, ali encontraram o passo bloqueado pelas Amazonas. Lamissione se jogou no rio e foi combater com a mais forte delas, a matou e conquistou glória para si e a passagem para os Longobardos. Tinha, de fato, sido estabelecido um pacto entre os dois exércitos, se as amazonas tivessem vencido Lamissione, os Longobardos teriam se retirado do rio, se em vez disso, tivesse vencido Lamissione, os Longobardos teriam tido o direito de atravessar o rio. Todavia, a cronologia desta narrativa parece pouco crÃvel, quem conhece as histórias dos antigos sabe que a estirpe das Amazonas foi exterminada tanto tempo antes e que era colocada em locais diferentes destes. Considerando porém que as antigas histórias foram conservadas com dificuldade e de modo vago e impreciso, pode-se supor que uma parte delas continuou a existir naquelas remotas terras selvagens da Alemanha. Do resto também eu ouvi dizer que nas remotas regiões internas da Alemanha ainda hoje vive uma tribo destas mulheres.
16. Atravessado o rio, os Longobardos alcançaram novas terras e ali moraram por algum tempo. Como aqueles locais eram tranquilos e sem suspeita de más surpresas, se tornaram menos atentos e negligenciaram a segurança, coisa que é sempre mãe de calamidades e que trouxe-lhe uma desventura não pequena. De fato, à noite, enquanto todos repousavam relaxados e sem nenhuma precaução, inesperadamente caÃram sobre eles os Burgúndios. Muitos foram feridos e muitos outros abatidos, como também o Rei Agelmondo, além disso arrastaram em escravidão a única filha.
17. Depois desta desfeita, pensaram em recuperar as forças, pois os Longobardos deramse como Rei aquele Lamissione de quem tÃnhamos falado. Este último, com o ardor da idade juvenil, estava pronto a medir-se em guerra para vingar a morte de Agelmondo, aquele que o tinha criado. Voltou assim as armas contra os Burgúndios, mas no primeiro confronto os Longobardos voltaram as costas ao inimigo e se refugiaram no acampamento. Vendo isso, o Rei Lamissione, encobrindo tudo com a voz, gritou aos seus guerreiros que se lembrassem do ultraje sofrido, revendo a vergonha, como os inimigos degolaram o seu rei, de que modo tinham conduzido em escravidão sua filha, ela que eles tinham esperado ver sua rainha. Incitou-os a defender com as armas a si mesmos e os próprios caros, dizendo que é melhor morrer em batalha que suportar o escárnio dos inimigos como escravos sem valor. Gritando estas coisas, ameaçando e fazendo promessas, encorajou os ânimos para enfrentar a batalha, disse também que se tivesse visto alguém combater em condição servil, lhe teria dado além dos prêmios também a liberdade. Inflamados pelas incitações e pelo exemplo de seu chefe, que em frente a todos tinha se lançado na batalha, Longobardos irromperam fazendo massacres, assim colheram a vitória sobre os seus vencedores, vingando a morte do próprio rei e os males sofridos. Dos despojos dos inimigos mortos, recolheram também um grande saque e isto os tornou mais audazes para enfrentar os riscos da guerra.
18. Morto Lamissione que tinha sido o segundo Rei dos Longobardos, subiu ao trono Lethu. Ele reinou por aproximadamente quarenta anos e deixou ou trono para Hildehoc que foi o quarto Rei e à sua morte, o quinto foi Godehoc.
19. Naquele tempo, entre Odoacre, que há alguns anos reinava na Itália e Feleteo, chamado Feba, Rei dos Rugios, teve origem uma grande inimizade. Na época, Feleteo habitava as terras além do Danúbio, aquele que exatamente o Danúbio divide-se de Norico. Sempre naquele território, havia o mosteiro do beato Severino, que ali vivia em santa abstinência e, no tempo, já era digno de grande estima pelas suas muitas virtudes. E apesar de ter vivido naquele lugar até à morte, agora Nápoles é que conserva os seus mÃseros e pequenos despojos. O beato Severino tinha com frequência tinha advertido Feleteo e a sua mulher Gisa de abster-se da iniquidade, mas eles, desprezando as suas palavras, não o ouviram assim o beato previu a eles aquelas desventuras que depois os atingiram. Odoacre assim, recolhidos os povos sob o seu comando, Turcilingios, Erulos, parte dos Rugios a ele já submetidos e também outros da Illiria, entrou em Rugiland, derrotou os Rugios, realizou um massacre quase total e matou também o Rei Feleteo. Voltando para a Itália, depois de ter devastado toda a região, levou consigo muitÃssimos prisioneiros, deixando aquelas terras quase desabitadas. Então, os Longobardos, aproveitando do momento, deixaram a sua região para ocupar o Rugiland. Em latim Rugiland significa "a terra avita dos Rugiosâ, esta era uma terra muito fértil e aqui os Longobardos moraram por muitos anos.
20. No curso destes eventos, morreu Godehoc a quem