“O oráculo do ímpio é o pecado que está no fundo de seu coração; não há temor de Deus diante de seus olhos. Ele se vê a si próprio com olho por demais enganador para detectar e detestar seu pecado. As palavras de sua boca são maldade e mentira; desistiu de proceder sabiamente e de fazer o bem. Ele premedita o crime, mesmo quando está em seu leito; persiste no caminho que não é bom e nunca rejeita o mal. Tua bondade, Senhor, chega até os céus e tua fidelidade atinge as nuvens. Tua justiça é como as montanhas de Deus, teus julgamentos como o grande abismo. Senhor, tu proteges os homens e os animais. Quão preciosa é, ó Deus, tua bondade! Por esta razão, os filhos dos homens se abrigam a sombra de tuas asas. Eles se saciam com a fartura de tua casa, tu os embriagas com um rio de delícias, pois em ti está o manancial da vida, e com tua luz nós vemos a luz. Conserva teu amor por aqueles que te conhecem e tua justiça por aqueles de coração reto. Que os pés do soberbo não me esmaguem e a mão dos ímpios não me leve a fugir. Eis que os malfeitores tombaram, lá estão, prostrados, e não mais poderão se erguer”. (Salmo 36, bíblia sagrada, edição no Brasil pela editora escala)
Introdução
As vozes da luz é primeiro livro da série filhos da luz cuja temática principal é a religiosa e as relações entre as pessoas. Tem o objetivo de informar, refletir, questionar valores e nos colocar diante de fatos históricos.
Eu faço um convite ao leitor para que mergulhe fundo nesta aventura cheia de entretenimento, mistério e informação que certamente contribuirá para uma nova visão de vida e de futuro. Com meus cumprimentos, fiquem à vontade. Um grande abraço e boa leitura.
Pernambuco,30 de outubro de 2014
Após uma noite mal dormida, recheada de ansiedade, crises e problemas a resolver o filho de Deus finalmente acorda. Como de costume, levanta-se, espreguiça-se, pega toalha, sabonete e xampu e a passos regulares dirige-se ao banheiro. Ultrapassa a porta do seu quarto, tem acesso à sala, passa pelo corredor, vai à cozinha, encontra seus familiares e pega o balde de água que sua irmã prestativa preparara, agradece a mesma e finalmente entra no pequeno repartimento da sua humilde casa. Chegando lá, tira a roupa, começa a ensaboar-se, joga um pouco de água, esfrega-se e esforça-se para ficar limpo e puro para mais um dia de labuta.
Durante o banho, um monte de ideias açoita sua mente sobre as questões gerais de sua vida incluindo sua carreira de escritor. No momento atual, tudo se resumia há uma grande esperança cujos trabalhos esperava surtir efeito no futuro em todos os campos. Era em que acreditava.
Com a sequência de enxaguamentos, tudo passa muito rápido em sua mente como se fosse um filme: A inveja dos outros, a ambição humana, as dificuldades de relacionamento e a insistente força dos seus familiares contra seus sonhos. O conjunto disso era uma carga pesada que se via obrigado a carregar.
Mas mesmo diante de tantas dificuldades, nada nem ninguém o faria desistir. Isto estava certo e com isto em mente conclui o banho em dois tempos esperando dias melhores. Veste a toalha, sai do banheiro, passando pelos mesmos locais de antes até chegar ao seu quarto.
No seu reduto, veste roupa e sapatos novos, penteia o cabelo, usa perfume e arruma sua mochila rapidamente. Ao aprontá-la, sai do quarto carregando-a a tiracolo, chega à sala, avisa que vai sair, ultrapassa o obstáculo e finalmente tem acesso a estradinha que o levaria a rua em pouco tempo.
Da estradinha tem acesso à rua e com alguns passos encontra com seus colegas que faziam o mesmo trajeto que ele. Cada qual lutava pelos seus objetivos e eram exemplos a serem seguidos na comunidade.
Com a companhia dos mesmos, o filho de Deus percorre o centro e tem acesso a pista. Seriam cerca de cento e cinquenta metros a percorrer até a beira da movimentada rodovia BR 232.
Este pequeno trajeto é cumprido sem maiores surpresas numa total interação entre os amigos tornado a rotina menos monótona. Agora era só esperar a condução que os levariam a seus respectivos trabalhos.
Não esperam muito. Com quinze minutos o carro passa, todos embarcam na van cor cinza e quando estão acomodados é retomada a viagem. Aproveitam o percurso de 18,5 km para continuar conversando com os outros passageiros e o motorista que já consideravam seus amigos pela convivência diária. Tudo é muito bom.
Como estavam em alta velocidade não demoram mais do que quinze minutos no trajeto e já adentram na entrada da cidade, a querida Arcoverde. Passam pelo bairro Boa Vista, chegam ao centro e os passageiros aos poucos vão ficando em suas respectivas paradas. Chega a vez do Filho de Deus. Ele agradece a atenção de todos, despede-se, atravessa a rua e então adentra no trabalho do qual tanto gosta.
Cumprimenta os seguranças, passa pelo portão eletrônico, atravessa um corredor, ultrapassa outra porta, cumprimenta os colegas que já estão presentes e senta no seu guichê de atendimento. Abre a mochila, tira as ferramentas de trabalho que incluem carimbos, extrator de grampo, grampeador, calculadora e furador além da sua garrafa d’água e copo. Toma um gole do precioso líquido, dirige-se ao banheiro e para isso tem que ultrapassar mais duas portas. Chegando ao recinto satisfaz suas necessidades fisiológicas, lava as mãos e o rosto, enxuga-se e finalmente sai do mesmo. Ultrapassa os mesmos obstáculos e volta ao seu guichê. Agora estava pronto para iniciar o seu trabalho de atendimento ao público com duração total de seis horas.
Iniciam-se os atendimentos e entre os serviços do dia incluem-se atualizações de dados, orientações gerais, entradas em processos administrativos. Tudo é muito dinâmico e requer muita responsabilidade por parte dos servidores. Exatamente ás 09:00 Hs da manhã o filho de Deus sente fome e então promove sua primeira parada técnica. Abre novamente a mochila, retira seu lanche e dirige-se a copa. São mais dois obstáculos a serem ultrapassados e chegando ao recinto o filho de Deus faz questão de lavar as mãos, pegar seu lanche e sentar na pequena mesinha do recinto. O ambiente é ainda composto por balcão da cozinha, armário duplo, geladeira, micro-ondas e fogão. Sozinho na ocasião, a primeira coisa que o filho de Deus faz é servir-se de chá e começar a comer seu lanche (pão com ovos e queijo). Demora apenas dez minutos nesta tarefa, lava novamente as mãos e dirige-se novamente ao seu guichê pois era responsável e não queria deixar ninguém esperando.
Ao chegar a seu posto, reinicia os seus atendimentos por mais quatro longas horas. Por ser um dia normal, conseguem concluir os atendimentos no tempo previsto e então aproximadamente ás 13:00 Hs o filho de Deus dá baixa em seu ponto, despede-se gentilmente dos seus colegas e vai embora saindo pelos mesmos locais de entrada.
Ao ter acesso ás ruas, em ritmo forte, dirige-se agora ao ponto de lotação com o objetivo de chegar o mais rápido possível em casa pois tinha trabalho a fazer. Neste sentido, passa pelo beco do Buíque, dobra a direita, segue a avenida principal até um local de cruzamento, o local mais perigoso da cidade.
Ao chegar à esquina, o sinal está fechado para os pedestres. Para um pouco e observa o movimento e quando o mesmo diminui resolve atravessar pois em sua visão não havia nenhum perigo.
No entanto, ao chegar à metade da travessia, um caminhão escondido dobra em sua direção e parece desenfreado. O filho de Deus fica sem reação ante o perigo, houve um grito, alguém o agarrando e o caminhão passar bem perto. O baque da queda o faz ficar sem sentidos por um bom tempo.
Ao acordar, está amparado por um jovem rosado e circundado por curiosos. Sem entender bem o que está acontecendo, entra em contato com o jovem.
—O que houve e quem é você?
—Eu me chamo Emanuel MelKin Escapuleto e fui a pessoa que conseguiu salvar sua vida. Por favor, preste mais atenção quando for atravessar uma rua. (Aconselhou ele)
O jovem continuou preocupado com Aldivan que ainda se mostrava abatido. Com o intuito de desfazer a confusão, dirige a palavra ás pessoas ao seu redor.
—Muito obrigado pessoal. Podem ir agora. Eu cuidarei dele.
Um a um, os curiosos foram