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A virilha de Kyran se retesou quando ele colocou um grampo de metal no mamilo da mulher. A bela ninfa mordeu a tira de couro que mantinha na boca e choramingou. Ele amava o medo e a excitação nos olhos azul-prateados dela.
E odiava como o gemido dela alimentava seus desejos pervertidos.
Perdido na luxúria, apertou o outro mamilo e deu um passo para trás para admirar a imagem diante dele. As botas pretas de cano alto dela brilhavam enquanto ele examinava seu corpo, da cabeça aos pés.
Enquanto seu olhar subia pelo corpo dela, ele notou sangue escorrendo de um dos seios. Era a razão pela qual ele usava grampos de metal em vez de plástico. Dor e prazer. A visão do sangue enrijeceu ainda mais o seu membro. Ele se inclinou e lambeu o sangue da pele úmida, sentindo o gosto de sal misturado com cobre. Gemeu quando a pré-ejaculação vazou de seu pênis.
O sangue dela o remeteu ao limite do controle. Rudemente, ele agarrou-lhe as mãos e puxou-a para um banco. Ela tropeçou e caiu sobre a madeira, de bruços. Posição perfeita. Ele prendeu os pulsos dela nas algemas de couro sob o banco. A parte superior do corpo dela estava imóvel e seu delicioso traseiro, no alto. De novo, perfeito. Ele passou a mão pelas esferas brilhantes e bateu em uma delas. Ela gemeu, mas não foi o suficiente. Ele precisava de mais força do que sua mão permitia e Kyran virou-se para ver as opções.
Pulando a enorme cama de dossel, ele pensou em prendê-la ao X de madeira ou colocá-la no balanço pendurado no teto, mas decidiu que já se encontrava no limite. Estava sobre o fio da navalha e precisava fazer sua seleção antes de perder ainda mais controle. Ao longo da parede oposta havia uma variedade de chicotes. Ele caminhou rapidamente pelo quarto, as botas com bico de aço ecoando no chão de cimento. Percorreu os dedos pelas várias bengalas de madeira. Ele as pulou e decidiu que o chicote de nove pontas se encaixaria em seu humor atual.
Com a arma na mão, caminhou de volta para a mulher que esperava. Assim que ela estava dentro do seu alcance, sua mão arqueou para trás e as cordas bateram nas costas dela, provocando-lhe um profundo gemido, assim como um dele. Ele nem mesmo havia ordenado que sua mão atacasse. Estava mais tenso do que havia percebido.
Ele se abaixou e passou a mão nos pelos entre as pernas dela e encontrou a pele feminina molhada. Afrouxou a tensão nas tiras de couro e a virou. Bateu com o couro nos seios dela, apreciando os vergões vermelhos que imediatamente se formaram. Voltando para a cômoda, ele passou pelos brinquedos e outros apetrechos para pegar uma vela preta ali em cima.
A riscada de um fósforo a fez arregalar os olhos. Ela sabia o que estava por vir e ansiava por isso. Ele se aproximou dela e acariciou os seios inchados e vermelhos enquanto pingava cera negra em seu clitóris. Ela arqueou, em um movimento para trás e gritou.
Ele afastou a tira de couro de sua boca e abaixou-se para sussurrar em seu ouvido:
— O que foi?
— Mais, me chicoteie mais. Por favor, senhor – choramingou.
Ele se levantou e sorriu. Foi por isso que havia ido até aquele clube abandonado pela Deusa. O chicote atacou a carne dela repetidas vezes, ampliando sua excitação. Suas calças de couro já estavam na altura dos joelhos e o membro nas mãos antes mesmo que ele piscasse. Ele o estimulou com movimentos rápidos e, em seguida, a virou de costas. O traseiro dela era tão macio e carnudo… O chicote atingiu as esferas aveludadas, tornando-as vermelhas de um modo muito atraente. Ele empurrou o pênis para dentro do traseiro dela e parou.
Agarrando um punhado de cabelo, ele puxou a cabeça dela em sua direção e resmungou em seu ouvido:
— Diga-me, vadia. Diga-me agora.
— Hmmm… – gemeu ela de prazer, e ele sentiu o orgasmo dela começar. Ele puxou o cabelo dela mais uma vez e agarrou-o com força quando a raiva o percorreu. Ela deixou escapar: – Por favor, não me mate…
Ouvir essas palavras foi a deixa e ele entrou em um insensato e brutal ritmo punitivo de sexo, buscando um breve alívio das vozes que ecoavam de seu passado.
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— Isso pode ser a coisa mais desagradável que já vi. Acho que minhas retinas estão queimando – comentou Jace, enquanto ele e Zander seguiam pela North 36th Street, em direção à casa de Elvis sob a ponte Fremont.
Ele não fazia ideia de que ogros faziam sexo e gostaria de ainda ignorar esse fato. O corpo do ogro feminino era grotesco, o traseiro grande como uma casa. Elvis estava usando um carro pequeno como brinquedo sexual, empurrando-o para lugares onde nenhum carro deveria ir.
— Och, concordo. A Rainha vai ficar irritada porque seu portal está sendo usado como vibrador. Não creio que lhe diria que ela está rastejando por um dispositivo que foi enfiado no traseiro de um ogro – estremeceu Zander.
— Nunca tinha visto um ogro feminino antes – observou Jace, enquanto virava a cabeça para dar uma olhada, os olhos dirigindo-se das partes íntimas para o rosto –, e eu teria pago dois pedágios para evitar de ver essa maldita cena.
Zander riu e o olhou.
— Sim, eu também. Acho que ela é nova na ponte Montlake. Ouvi um boato de que houve uma nova transferência. Elvis parece ser um grande jogador.
— Isso é errado de muitas maneiras, amo. Devemos esperar que eles terminem ou devemos interromper? Não tenho certeza sobre os hábitos de acasalamento dos ogros e não temos a noite toda, mas também não quero acabar com a diversão dele. Ele poderia nos esmagar com um golpe de seu punho.
— Também não conheço os hábitos dos ogros, mas pelos sons frenéticos, acho que estão perto de terminar – observou Zander. – Vou estacionar aqui e iremos com calma até lá. Dessa forma, podemos detê-los antes que comecem outra rodada.
Jace pisou na calçada úmida, grato por ainda não estar muito frio naquele final de verão, e olhou de novo para Zander.
— Odeio que sua “Véspera da União Eterna” tenha sido interrompida. Sei que não está de castigo com Elsie, já que estão ocupados salvando a amada irmã dela, mas vocês deveriam ficar na cama por semanas. Estávamos fazendo uma aposta sobre quanto tempo vocês dois ficariam enfurnados nos seus aposentos. Perdi uma fortuna na minha aposta.
Um sorriso secreto surgiu no rosto de Zander, dizendo exatamente onde estavam seus pensamentos. Trancado em um quarto com sua bela companheira. Pela primeira vez, Jace ficou ciúmes do que Zander tinha com Elsie.
— Vou arrancar membro por membro daquele maldito demônio e retalhar suas entranhas por interromper o tempo que eu e ela deveríamos ficar juntos. Deveria estar dentro da minha Rainha agora, em vez de assistir esses ogros em atividade. Mas não, aquele maldito demônio teve que chegar e aumentar a aposta — vociferou Zander.
— Você se sente diferente agora que está acasalado? – perguntou Jace, olhando para Zander.
Quase que de imediato, Jace quis engolir essas palavras, mas não conseguira conter a curiosidade. Sabia que era algo que nunca experimentaria. Por que a Deusa daria a um homem arruinado como ele um presente como uma Companheira Predestinada?
— Sim, eu me sinto muito diferente. Como se pudesse derrubar os arquidemônios e suas escaramuças com uma flexão do dedo mínimo, então enfrentar os demônios no inferno sem derramar uma gota de suor. Essa nova força é revigorante. Nunca soube o que estava perdendo antes, mas ter nossas almas entrelaçadas é algo indescritível. Qualquer descrição que você recebeu sobre as mudanças sexuais pelas quais vai passar é deploravelmente inadequada – murmurou Zander.
Jace se perguntou como seria ejacular quando tivesse um orgasmo. Não que ele soubesse o que era ter um orgasmo. No ponto em que estava, ele se contentaria em ficar excitado sem vomitar. Infelizmente, estava condenado a desconhecer tudo isso.
Um berro, como o de um T-Rex, interrompeu a conversa.
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