Toya franziu a testa enquanto ele se movia alguns centímetros de distância dela e levantou- se. O seu coração começou o seu ritmo quando ele perguntou:
- Que tipo de feitiço é um feitiço de amor e por que Hyakuhei iria querer Kyoko sob ele?
Então ele percebeu quais eram as intenções de Hyakuhei. As suas mãos fechadas em punho quando os seus olhos se abriram, e em seguida, instantaneamente semicerrados:
- Caramba, esse bastardo! Eu vou matá- lo!
Ele sentou- se duro no chão ao lado de Kyoko.
- Bem, o que vai acontecer quando ela acordar agora que Hyakuhei não está aqui? - disse Toya que tentou esconder a fúria que sentia com o pensamento de Hyakuhei querendo Kyoko.
Shinbe inclinou- se sobre ela.
- Vamos descobrir.
Ele bateu na bochecha de Kyoko suavemente.
- Kyoko, querida. Acorda.
Ele sorriu quando os seus olhos começaram a vibrar. Suki sentou- se ao lado dele esperando Kyoko se concentrar, esperando para ver se ela estava bem.
A visão de Kyoko estava embaçada quando ela abriu os olhos. O peito dela doía. Ela levantou a mão, colocando- a sobre seu coração e apertou os olhos fechados por um segundo. Então ela ouviu Shinbe.
- Kyoko, estás bem? - disse Shinbe e inclinou- se sobre ela, agora entrando em foco quando ela olhou para ele.
Kyoko olhou para ele por um momento, sentindo cada nervo no seu corpo ganhar vida. Deus, Shinbe era linda com o seu longo cabelo azul da meia- noite pendurado em torno do seu rosto perfeito. Os seus olhos pareciam cristais ametistas enquanto a observava.
- Estou bem.
Kyoko levantou- se numa posição sentada e enrolou os braços em volta do pescoço querendo mais perto dele.
- Oh, Shinbe. Eu amo- te muito.
Os olhos de Shinbe mostraram pura alegria enquanto Kyoko se pressionava contra ele. Esquecendo que todos estavam a ver, ele sorriu de volta para ela e perguntou:
- Kyoko, querida. Terás o meu filho?
Kyoko sorriu:
- Eu adoraria.
Ela esperou quando Shinbe começou a avançar com o seu olhar ametista nos seus lábios. Naquela altura, a arma de Suki caiu na cabeça de Shinbe deixando- o tonto. Ele engasgou- se de dor quando desmaiou. Kyoko franziu a testa quando Shinbe pousou num monte ao lado dela. Em leve confusão, ela virou- se para olhar para Suki que estava a colocar a sua arma de volta no chão com um olhar presunçoso.
- Aaah, Suki. - disse Kyoko e rastejou na sua direção, sorrindo sensualmente o tempo todo. Estendendo a mão, ela tocou na bochecha de Suki com a palma da mão. - És tão bonita.
Os olhos de Suki tornaram- se enormes quando ela rastejou para trás tentando fugir, mas Kyoko rastejou para a frente seguindo- a, ainda sorrindo. Toya sentou- se lá, muito atordoado para fazer qualquer coisa. Ele acabou de ver Kyoko perseguir Suki com paixão.
- Toya, por favor, pare- a! - disse Suki que parecia ter mais medo de Kyoko do que qualquer demónio que a tinha assustado, mesmo em batalha.
Toya sorriu quando ele estendeu a mão e agarrou Kyoko por trás, enrolando as suas mãos em torno da sua cintura e puxando- a para fora Suki, colocando-a bem no seu colo. Ele estava a sorrir para Suki até Kyoko se virar no seu colo, acariciando-o.
O seu mundo parou quando Kyoko segurou o seu olhar. O amor a brilhar nos seus olhos de esmeralda para ele fez os seus pulmões doerem e o seu coração sentiu como se alguém o tivesse pontapeado. Toya não conseguia respirar. Era o olhar que ele desejava e tinha sonhado com muitas vezes. Agora aqui estava ela, olhando na cara dele. Kyoko... estava apaixonada por ele.
- Toya... - sussurrou baixinho. - Por favor, beija- me. - Antes mesmo de poder atender ao seu pedido docemente falado, Kyoko inclinou- se para ele, envolvendo os seus braços em volta do pescoço. Ela murmurou as palavras “Eu amo- te" assim que os seus lábios desceram sobre o dele.
Toya sentiu um choque de prazer passar pelo seu corpo como se tivesse acabado de morrer e voltado à vida. Quando ela abriu os lábios para ele, ele não podia deixar de enfiar a língua nela, cedendo ao beijo de uma vida, procurando todos os lugares escondidos que ele desejava encontrar.
Ele sentiu o seu hálito quente quando o seu beijo tentou dominar o dele. Os seus braços chegando em torno dela trouxe- os mais perto ainda como uma onda de possessividade correu em suas veias. A sua mão pequena tinha acabado seu caminho até seu cabelo, onde ela agarrou- o, mantendo- o em cativeiro.
Shinbe recuperou a consciência. Sentado, seus olhos seguiram os olhares atordoados de Kamui e Suki. Virando- se para olhar, sua mandíbula caiu. Eles pareciam dois amantes totalmente em um ao outro e sem saber que estavam sendo observados. Shinbe estendeu a mão e agarrou o braço de Suki, sacudindo- o para chamar sua atenção, embora seus olhos ainda estivessem trancados no casal.
Suki virou o rosto ligeiramente para que ele soubesse que ela reconheceu seu tremor de braço, mas seus olhos ainda estavam transfixados em Toya e Kyoko. Nenhum deles podia acreditar no que estavam testemunhando. Shinbe tentou sair dela balançando a cabeça para limpar os pensamentos sujos que ameaçavam assumir o exemplo. Usando seu melhor julgamento, ele inclinou- se para Suki.
- Não achas que devemos pará- lo antes que vá longe demais? - sussurrou honestamente se sentindo como um voyeur. - Quero dizer, uma vez que o feitiço passa e Kyoko volta ao normal, ela vai ficar com raiva se ela ainda não estiver inteira. - Shinbe sabia que Suki entenderia o duplo significado. Suki corou como ela olhou para ele.
- Sim, estou feliz que ele a parou antes que ela fizesse isso comigo. - sorriu.
Shinbe engatilhou uma sobrancelha, imaginando o que diabos ele tinha perdido.
Kamui, que tinha sido silenciosamente assistindo com espanto, ouviu o comentário de Suki. Ele não pôde evitar... o pensamento de Kyoko recebendo Suki com um batom como esse. Isso fê-lo rir que ele tentou ficar quieto, mas não conseguiu. Shinbe e Suki sorriam enquanto Kamui ria como uma tola, mas então Suki olhou para Toya vendo como o seu corpo já estava começando a se mover num ritmo sedutor contra Kyoko.
Ela sabia que eles tinham que intervir de alguma forma. Toya estava no céu, tirando tudo do beijo que podia. Ele levou o beijo ainda mais fundo como sua paixão começou a inflamar. A necessidade de fazer Kyoko fervilhar dentro do seu sangue guardião. Ele deu um rosnado baixo quando a sua mão agarrou a parte de trás da sua cabeça. Os seus dedos passaram através do seu cabelo quando ele puxou- a mais para o beijo agora exigente.
A maneira como ela estava sentada sobre ele com as pernas em cada lado dele, ele podia sentir o seu calor contra a sua necessidade crescente. Toya colocou o seu outro braço mais baixo nas suas costas quando se aproximou ainda mais dela. A sensação estava fazendo ele perder o controlo. Ele estava alheio a tudo, exceto à sua necessidade de tê- la. O cheiro estimulante de desejo que ela estava dando deixou- o saber que ela estava pronta para se tornar sua... Sempre.
Tudo o que ele precisava era estar dentro dela... no fundo dela. Shinbe e Suki perceberam que tinha ido longe o suficiente e eles podiam dizer que nenhum dos dois estava mais no controlo. Shinbe levantou- se e Suki levantou- se ao lado dele, seus sorrisos agora se foram. Ambos com medo de se aproximar. Não tinha mais graça.
- Toya, por favor, pára com isso de uma vez. Lembra- te... Kyoko está sob um feitiço e não sabe o que está a fazer.
- Toya! - gritou Shinbe, esperando que não fosse tarde demais. Ele deu um passo rápido para trás quando a cabeça de Toya quebrou.
Os