Conta-me os teus segredos - Contrato nupcial. Susan Fox P.. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Susan Fox P.
Издательство: Bookwire
Серия: Omnibus Bianca
Жанр произведения: Языкознание
Год издания: 0
isbn: 9788413752709
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Sim – concordou ele, sorrindo timidamente.

      Aquilo era uma das coisas que mais gostava nele. Parecia muito masculino e forte, mas depois mostrava-se muito amável.

      – E queres que eu te ajude.

      – Eu não sei muito sobre esse tipo de coisas. E Connor está com Alex e não pode ajudar.

      – Posso fazer um jantar especial – ofereceu ela. – Posso arranjar Maren, preparar uma recepção simples com a família.

      – Obrigado, Grace. É perfeito!

      Grace recordou que tinha a sua própria casa muito suja. Mas não importava. Ninguém ia ver a casa dela. Suspirou e pensou que passar a tarde com os Madsen seria muito bom.

      Mike ouviu o suspiro e interpretou-o mal.

      – Lamento muito. Não devia ter perguntado. Tens muito para fazer e estás ocupada. Posso pedir que tragam algo de um restaurante.

      – Não. Não é isso. Eu gostaria…

      Mike mudou de humor tão depressa que a impressionou. Fez uma careta dura. Parecia zangado com ela e Grace não sabia porque seria.

      – És sempre assim, Grace. Queres sempre ajudar. Cada vez que alguém te pede um favor, lá estás tu. Estás a matar-te a trabalhar e para quê? É óbvio que estás cansada. Seria melhor encomendar comida… assim tu descansas um pouco. Devia ter pensado nisso antes.

      Novamente, estava a dizer-lhe que parecia cansada. Grace enfureceu-se. Ele não sabia nada da sua vida e não era ninguém para lhe dizer o que devia fazer.

      – Sabes uma coisa, Mike? Sou uma rapariga crescida e acho que conheço os meus limites.

      – Acho que não os conheces – contradisse ele, com dureza. – Trabalharias sem parar se te deixasse. Não te preocupes com o jantar. Esquece que o mencionei.

      – Sabes? Estás a começar a zangar-me – respondeu Grace.

      Para alguém que não fosse Mike, aquilo teria parecido uma ameaça.

      – Se tu me deixasses? Não me lembro de te ter pedido permissão, Mike Gardner. Se não tivesse tempo para o fazer, dir-te-ia. Quando foi um problema para mim passar tempo com Connor e Alex? Não tenho nada para fazer à tarde.

      Óptimo! Devido ao seu aborrecimento, ia parecer que ela não tinha vida social.

      – Podias dormir – continuou Mike. – Vejo como trabalhas arduamente, Grace. Limpas metade da vila e geres a contabilidade da outra metade. Um dia destes, vais ficar doente!

      Grace levantou-se da cadeira, prestes a chorar devido à raiva que sentia.

      – Quem achas que és para me criticar? És o meu anjo da guarda?

      Grace sentiu-se contente por ver que ele desistia.

      – Bom, se tu não vais cuidar de ti própria, alguém tem de o fazer!

      – No caso de não teres percebido, sou uma mulher adulta!

      – Oh, claro que percebi! – exclamou ele.

      Então, criou-se um silêncio tenso.

      – Ainda bem, fico contente por termos esclarecido este assunto. Agora afasta-te do meu caminho. Se vou fazer o jantar, tenho de acabar isto – Grace dirigiu-lhe um olhar fulminante. – Sem a tua interferência.

      Mike virou-se. Afastar-se do caminho de Grace não era nenhum problema, sobretudo quando ela o atacava daquela maneira. Podia ir esquecendo que ele voltasse a preocupar-se com o seu bem-estar.

      Saiu de casa e dirigiu-se para o lugar onde a sua própria casa ia ser construída.

      Ela não entendia nada. Sempre a vira como uma irmã mais nova, mas quando crescera, ele apercebera-se disso. Ela fora a imagem da beleza inocente. Durante algum tempo, permitira-se preocupar-se com ela e deixara que ela fizesse o mesmo com ele. Durante um curto período de tempo, deixara que fosse o seu coração a mandar e não a sua cabeça. Abraçara-a e beijara-a. Mas apaixonara-se demasiado depressa e soubera que, quando ela visse como era ele na verdade, fugiria. Por isso, assim que começara a temporada de rodeos, ele pegara no carro e fora-se embora sem olhar para trás.

      Quando ela regressara à vila depois de se ter divorciado, ele estivera por lá durante algumas semanas e ficara impressionado ao vê-la. Transformara-se numa mulher linda. Era mais do que bonita, era exactamente o que uma mulher devia ser.

      Ao aproximar-se dos alicerces da sua futura casa, brincou com os operários, o que o ajudou, mas ela permanecia na sua mente.

      Naquele mesmo Verão, na festa de aniversário dos Riley, Grace bebera demasiado e tinham dançado juntos. Velhos amigos…

      – Mike, és tão bonito! – exclamara ela, sorrindo abertamente.

      Ele brincara com isso, mas ela permanecera imperturbável.

      – Aposto que também és bom na cama. Estivemos a especular sobre isso.

      Aquilo impressionara Mike, para o dizer suavemente, e envergonhara-o. Não soubera como responder. Pensara que ela deixara a sua aventura amorosa no passado, sobretudo depois de se ter mudado para Edmonton e de se ter casado. Ele só regressara para ficar a viver na vila na Primavera.

      Enquanto tinham estado a dançar, sentira as curvas sexys dela.

      – Pensas sobre isso? – perguntara-lhe claramente.

      Parecera que ela percebia, de repente, o que dissera, já que se endireitara e corara.

      – Cala-te! – ordenara ela. – Esquece o que disse.

      A mudança de tom de voz dela tranquilizara Mike. Mas o problema era que ele não conseguira esquecê-lo. Não fizera outra coisa senão pensar nisso, perguntando-se como ficariam juntos. Queria beijá-la, abraçá-la…

      Mas Grace merecia uma pessoa que fosse melhor do que um ex-cavaleiro com um passado turvo. E de alguma forma ia demonstrar-lhe que ele era muito mais do que isso. Simplesmente, precisava de tempo.

      Mike parou à porta, respirando fundo. Fora demasiado duro com ela. Fizera-o porque odiava vê-la a trabalhar tanto, mas não expressara bem a sua preocupação e ela zangara-se com ele. Esperava que já não estivesse zangada.

      Não bateu à porta, simplesmente entrou. Ao passar pela cozinha, parou à porta ao ver Grace a levar os pratos para a mesa.

      – Falta algo à mesa.

      Ela levantou a cabeça, surpreendida.

      – Quando entraste?

      – Há um segundo. O jantar cheira muito bem.

      – É só frango e salada. Vesti Maren e Johanna levou-a com ela para o hospital. Regressarão todos juntos.

      – Pensei que podia usar alguns enfeites – indicou ele, entrando na cozinha e mostrando-lhe o que tinha nas mãos.

      – Flores. Cortaste flores do jardim?

      – Pensei que talvez fizessem com que as coisas parecessem um pouco mais especiais – esclareceu, entregando-lhas.

      Não oferecia flores a uma mulher desde que estivera na escola e quisera impressionar uma das mães adoptivas que tivera.

      – Também pensei que te suavizariam um pouco e que me desculparias.

      – Desculpar-te?

      – Lamento que tenhamos discutido – desculpou-se, sem ser capaz de dizer que lamentava tudo o que se passara. Lamentava tê-la aborrecido.

      – Eu também lamento.

      Então, os seus olhares encontraram-se. Ela estava linda e ele perguntou-se o que ela faria se se aproximasse e a beijasse, como estivera a pensar fazer há semanas…

      – Simplesmente, estava preocupado, é só isso. Conheço-te há