Editado por Harlequin Ibérica.
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© 2021 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
O filho inesperado do xeque, n.º 1853 - março 2021
Título original: Claimed for the Sheikh’s Shock Son
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial.
Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1375-480-2
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
– Vai intervir no funeral, Alteza?
As perguntas dos paparazzi começaram ainda antes de o príncipe Khalid de Al-Zahan ter saído do seu carro.
O funeral de Jobe Devereux iria decorrer no dia seguinte e os jornalistas e a televisão tinham-se aglomerado muito perto da sua casa na Quinta Avenida para captarem as imagens de quem chegava para apresentar as condolências. Khalid tinha voado para Nova Iorque desde Al-Zahan e, a pedido da família, fora diretamente do seu avião privado para a casa de Jobe.
Ele iria ao funeral com a barba bem feita, bem penteado e de fato, mas naquela noite, acabado de chegar de um longínquo lugar do deserto, vinha com a barba por fazer e vestido com umas roupas escuras. Khalid era um homem impactante: alto e magro, mas forte. Contudo, apesar do impressionante físico, dirigia-se de um modo elegante e calmo para a casa que tão bem conhecia, sem se dignar a responder a todas aquelas perguntas, já que tinha a mente noutra coisa. Não só acabava de perder um sócio nos negócios, como também uma pessoa que valorizava e respeitava.
– A Chantelle ficará sentada com a família?
– Haverá algum convidado inesperado?
– Alteza, é verdade que o rei de Al-Zahan vai anunciar em breve o seu casamento?
A última pergunta conseguiu perturbá-lo, embora ele tivesse conseguido disfarçar. A pressão que sofria no seu país para que casasse era imensa. Mas o facto de essa mesma pressão se repetir ali, em Nova Iorque, o lugar que ele considerava o seu refúgio, era-lhe insuportável.
A governanta abriu a porta e ao entrar constatou que, ainda antes do funeral, a morte de Jobe tinha já tinha juntado muita gente. Havia grupos espalhados pela casa, em conversas em pé com um copo na mão, quase como se o funeral já tivesse acontecido.
Mas ele não estava ali para conversar, por isso foi conduzido diretamente ao escritório de Jobe.
– Vou dizer ao Ethan que o senhor já chegou – disse a governanta. – Está a falar com o senador.
– Diz-lhe que não há pressa.
– Posso oferecer-lhe algo?
– Estou bem – respondeu ele, mas, quando a governanta já estava para sair da sala, chamou-a. – Barb, lamento muito a tua perda.
A mulher respondeu-lhe com um sorriso triste.
– Obrigada, Khalid.
Era um alívio estar ali, longe das hordas. Não estava com espírito para conversa fiada.
Era curioso que um aposento que pertencia a uma casa que ficava tão longe da sua pudesse conter tantas memórias. O globo terrestre de Jobe sempre exercera nele uma poderosa atração. Já era uma antiguidade quando o comprou e gostava de contemplar os países desaparecidos enquanto a sua ilha, longe do continente, permanecia.
E também ali, naquele mesmo bar caseiro, experimentara álcool pela primeira vez. Naquela mesa tinha sido feito o primeiro desenho do hotel Royal Al-Zahan e agora só faltava um ano para a inauguração.
Um sonho impossível que, porém, nasceu naquele escritório.
Agarrou um pesado pisa-papéis e recordou Jobe, estranhamente desconfortável, a passá-lo de uma mão para a outra quando ele abriu a porta do escritório. Voltou a recordar esse momento:
– Queria ver-me, senhor?
–