8. Os Mortais Fusionados ao Filho
40:8.1 (449.4) Ainda que praticamente todos os mortais sobreviventes sejam fusionados aos seus Ajustadores, em um dos mundos das mansões, ou imediatamente após a sua chegada nas esferas moronciais mais elevadas, há certos casos de fusão retardada; alguns só passam por essa certeza final de sobrevivência ao alcançarem os últimos mundos educacionais da sede-central do universo; e uns poucos, dentre esses candidatos mortais à vida sem fim, fracassam completamente em alcançar a identidade de fusão com os seus fiéis Ajustadores.
40:8.2 (449.5) Esses mortais foram considerados dignos de sobreviver pelas autoridades de julgamento e até mesmo pelos seus Ajustadores, que retornaram de Divínington, e concorreram para a sua ascensão aos mundos das mansões. E tais seres ascenderam através de um sistema, de uma constelação e dos mundos educacionais do circuito de Sálvington; embora hajam desfrutado das “setenta vezes sete” oportunidades para a fusão, ainda assim, foram incapazes de atingir a unicidade com os seus Ajustadores.
40:8.3 (449.6) Quando se torna visível que alguma dificuldade sincronizada está inibindo a fusão com o Pai, os árbitros do Filho Criador, para a sobrevivência, reúnem-se. E, quando essa corte de investigação, sancionada por um representante pessoal dos Anciães dos Dias, finalmente determina que o mortal ascendente não é culpado de nenhum modo detectável, pelo fracasso ao tentar a fusão, eles certificam isso no registro do universo local e transmitem devidamente essa conclusão aos Anciães dos Dias. Então, o Ajustador residente retorna imediatamente a Divínington para a confirmação dos Monitores Personalizados e, uma vez feita essa despedida, o mortal moroncial é imediatamente fusionado a uma dádiva individualizada do espírito do Filho Criador.
40:8.4 (450.1) Do mesmo modo que as esferas moronciais de Nébadon são compartilhadas entre os mortais fusionados ao Espírito, essas criaturas fusionadas ao Filho compartilham dos serviços de Orvônton com os seus irmãos fusionados aos Ajustadores, que estão viajando internamente até a longínqua Ilha do Paraíso. Eles são verdadeiramente irmãos vossos; e ireis apreciar sobremodo essa ligação com eles quando passardes pelos mundos de aperfeiçoamento do superuniverso.
40:8.5 (450.2) Os mortais fusionados ao Filho não formam um grupo numeroso, havendo menos de um milhão deles no superuniverso de Orvônton. Exceto pelo destino residencial no Paraíso, eles são, sob todos os pontos de vista, iguais aos seus companheiros, fusionados ao Ajustador. Com freqüência, eles viajam ao Paraíso em missões superuniversais, mas raramente residem de modo permanente ali, ficando, enquanto classe, confinados aos superuniversos do seu nascimento.
9. Os Mortais Fusionados ao Espírito
40:9.1 (450.3) Os mortais ascendentes fusionados ao Espírito não são personalidades da Terceira Fonte; eles estão incluídos nas personalidades do circuito do Pai, mas se fundiram com individualizações do espírito da pré-mente da Terceira Fonte e Centro. Essa fusão ao Espírito nunca acontece durante o curto período da vida natural; ocorre apenas na época do redespertar do mortal, na existência moroncial, nos mundos das mansões. Na experiência da fusão, não há nenhuma superposição; ou a criatura de vontade fusiona-se ao Espírito, ou fusiona-se ao Filho ou ao Pai. Aqueles que são fusionados ao Ajustador, ou ao Pai, nunca se fusionam ao Espírito, nem ao Filho.
40:9.2 (450.4) O fato de esses tipos de criaturas mortais não serem candidatos ao fusionamento com o Ajustador não impede que os Ajustadores residam neles durante a vida na carne. Os Ajustadores trabalham nas mentes desses seres durante a curta duração da sua vida material, mas nunca se tornam eternamente unidos à alma dos seus alunos. Durante essa permanência temporária, os Ajustadores constroem efetivamente a mesma contraparte espiritual da natureza mortal — a alma — que eles desenvolvem nos candidatos à fusão com o Ajustador. Até o momento da morte física, o trabalho dos Ajustadores é totalmente semelhante ao seu funcionamento nas vossas próprias raças, mas, depois da dissolução mortal, os Ajustadores despedem-se eternamente desses candidatos à fusão com o Espírito e, prosseguindo diretamente até Divínington, sede-central de todos os Monitores divinos, esperam lá pelos novos compromissos da sua ordem.
40:9.3 (450.5) Quando esses sobreviventes adormecidos são repersonalizados nos mundos das mansões, o lugar do Ajustador que partiu é preenchido por uma individualização do espírito da Divina Ministra, representante do Espírito Infinito no universo local envolvido. Essa infusão do espírito transforma essas criaturas sobreviventes em mortais fusionados ao Espírito. Tais seres são, de todos os modos, iguais a vós em mente e em espírito; e eles são, de fato, os vossos contemporâneos, partilhando das esferas das mansões, e tendo as esferas moronciais em comum, com os candidatos da vossa ordem de fusão e com aqueles que estão para ser fusionados ao Filho.
40:9.4 (450.6) Há, contudo, um particular, pelo qual os mortais fusionados ao Espírito diferem dos seus irmãos ascendentes: a memória mortal, da experiência humana nos mundos materiais de origem, sobrevive após a morte na carne, porque o Ajustador residente adquiriu uma contraparte espiritual, ou transcrição, daqueles eventos da vida humana que tiveram significado espiritual. Todavia, com os mortais fusionados ao Espírito, não existe um mecanismo como esse, pelo qual a memória humana possa perdurar. As transcrições de memória que o Ajustador faz são completas e intactas, mas essas aquisições são posses experienciais do Ajustador que partiu e não estão disponíveis para as criaturas da sua residência anterior, as quais, portanto, despertam nas salas de ressurreição das esferas moronciais de Nébadon como se fossem seres recém-criados, criaturas sem a consciência de uma existência anterior.
40:9.5 (451.1) Esses filhos do universo local ficam capacitados a possuir de novo, por si próprios, grande parte das suas memórias humanas anteriores, ao tê-las recontadas pelos serafins e querubins solidários e por meio das consultas aos registros, da própria carreira mortal, preenchidos pelos anjos dos registros. Isso eles podem fazer com certeza assegurada, porque a alma sobrevivente, de origem experiencial na vida material e mortal, conquanto não possua memória alguma de eventos mortais, apresenta uma sensibilidade de reconhecimento experiencial residual para esses eventos não lembrados da experiência passada.
40:9.6 (451.2) Quando, a um mortal fusionado ao Espírito, é dito algo sobre os eventos não lembrados da existência passada, há uma imediata resposta de reconhecimento experiencial dentro da alma (identidade) desse sobrevivente, que, instantaneamente, investe o evento narrado com a cor emocional da realidade e a qualidade intelectual do fato; e essa resposta dual constitui a reconstrução, o reconhecimento e a validação de uma faceta não lembrada da experiência mortal.
40:9.7 (451.3) Mesmo para os candidatos à fusão com o Ajustador, apenas aquelas experiências humanas que foram de valor espiritual são da posse comum do mortal sobrevivente e do Ajustador que retorna e, portanto, são lembradas logo, subseqüentemente à sobrevivência mortal. A respeito daqueles acontecimentos que não foram de significação espiritual, até mesmo os mortais fusionados aos Ajustadores devem depender da característica de reação de reconhecimento da alma sobrevivente. E, já que um evento qualquer pode ter uma conotação espiritual para um mortal, mas não para outro, torna-se possível a um grupo de ascendentes contemporâneos do mesmo planeta colocar à disposição, uns aos outros, o estoque de eventos lembrados pelos Ajustadores e, assim, reconstruir qualquer experiência que tiverem tido em comum e que tenha sido de valor espiritual na vida de qualquer um deles.
40:9.8 (451.4) Ao mesmo tempo em que entendemos bastante bem essas técnicas de reconstrução da memória, nós não compreendemos a técnica de reconhecimento da personalidade.