39:5.4 (437.3) 2. Os Espíritos da Fraternidade. Quando um Adão e uma Eva chegam a um mundo evolucionário, deveria ficar claro que a tarefa de efetivar a harmonia racial e a cooperação social entre as diversas raças devesse assumir proporções consideráveis. Raramente as raças de cores diferentes e naturezas variadas aceitam, com simpatia, o plano de irmandade humana. Esses homens primitivos somente chegam a compreender a sabedoria da interassociação pacífica por meio de uma experiência humana amadurecida e com a ministração fiel dos espíritos seráficos da fraternidade. Sem o trabalho desses serafins, os esforços dos Filhos Materiais de harmonizar e fazer as raças avançarem, em um mundo em evolução, teriam os seus resultados grandemente retardados. E, caso o vosso Adão houvesse aderido ao plano original do avanço de Urântia, a essa altura esses espíritos da irmandade já haveriam realizado transformações inacreditáveis na raça humana. Considerando a falta Adâmica, de fato é notável que essas ordens seráficas tenham sido capazes de fomentar e trazer à realização até mesmo o nível atual de irmandade existente em Urântia.
39:5.5 (437.4) 3. As Almas da Paz. Os primeiros milênios de esforços para a ascensão evolucionária dos homens foram marcados por muitas lutas. A paz não é o estado natural dos reinos materiais. Os mundos compreendem a “paz na terra e boa vontade entre os homens”, inicialmente, por meio da ministração das almas seráficas da paz. Ainda que esses anjos tenham sido obstados amplamente nos seus primeiros esforços em Urântia, Vevona, o comandante das almas da paz nos dias de Adão, foi deixado em Urântia e agora está agregado à assessoria do governador-geral residente. E foi esse mesmo Vevona que, quando Michael nasceu, anunciou aos mundos, como líder das hostes angélicas: “Glória a Deus em Havona e, na Terra, paz e boa vontade entre os homens”.
39:5.6 (437.5) Nas épocas mais avançadas da evolução planetária esses serafins constituem-se em instrumentos para suplantar a idéia da expiação, substituindo-a pelo conceito da harmonização divina como uma filosofia para a sobrevivência dos mortais.
39:5.7 (437.6) 4. Os Espíritos da Confiança. A suspeita é a reação inerente dos homens primitivos; as lutas pela sobrevivência nas primeiras idades não geram naturalmente a confiança. A confiança é uma aquisição humana nova, trazida que tem sido pela ministração desses serafins planetários do regime Adâmico. A missão deles é inculcar a confiança nas mentes dos homens em evolução. Os Deuses são muito confiantes; o Pai Universal quis confiar a Si próprio, livremente — por meio do Ajustador — , na Sua ligação com o homem.
39:5.8 (438.1) Todo esse grupo de serafins foi transferido para o novo regime, depois do malogro Adâmico e, desde então, têm continuado os seus trabalhos em Urântia. E não fracassaram inteiramente, pois uma civilização está agora evoluindo, na qual estão incorporados muitos dos seus ideais de confiança e credibilidade.
39:5.9 (438.2) Nas idades planetárias mais avançadas esses serafins dão ênfase à valoração que o homem atribui à verdade de que a incerteza é o segredo para uma continuidade satisfatória. Eles ajudam os filósofos mortais a compreenderem que, para a criatura, seria um erro colossal conhecer o futuro; a ignorância, pois, passando a ser essencial ao êxito. Eles aumentam o gosto do homem pela doçura da incerteza, pelo romanticismo e o encanto de um futuro indefinido e desconhecido.
39:5.10 (438.3) 5. Os Transportadores. Os transportadores planetários servem aos mundos individuais. A maioria dos seres enserafinados trazida a este planeta está em trânsito, parando aqui meramente de passagem; eles são custodiados pelos seus próprios transportadores seráficos especiais; e um grande número desses serafins está estacionado em Urântia. Essas são as personalidades de transporte que operam desde os planetas locais, como Urântia, até Jerusém.
39:5.11 (438.4) A idéia convencional que vós possuís dos anjos surgiu do seguinte modo: durante os momentos imediatamente anteriores à morte física, um fenômeno refletivo ocorre, algumas vezes, na mente humana, e essa consciência que se apaga parece visualizar algo da forma do anjo da guarda, e isso é imediatamente traduzido nos termos do conceito habitual de anjo, já existente na mente daquele indivíduo.
39:5.12 (438.5) A idéia errônea de que os anjos possuem asas não é de todo em decorrência das noções antigas de que eles deviam ter asas para voar pelo ar. Aos seres humanos algumas vezes foi permitido observar os serafins sendo preparados para o serviço de transporte, e as tradições dessas experiências determinaram amplamente o conceito urantiano de anjos. Ao observar um serafim de transporte aprontar-se a fim de receber um passageiro para o trânsito interplanetário, pode ter sido avistado o que aparentemente é um duplo conjunto de asas que se estende da cabeça aos pés do anjo. Na realidade, essas asas são os isoladores de energia — os escudos de fricção.
39:5.13 (438.6) Quando os seres celestes estão para ser enserafinados, para a transferência de um mundo a outro, eles são trazidos até a sede-central da esfera e, depois do devido registro, induzidos ao sono de trânsito. Nesse meio tempo, o serafim de transporte move-se até uma posição horizontal diretamente sobre um pólo da energia universal no planeta. Enquanto os escudos de energia estão completamente abertos, a personalidade adormecida é habilmente depositada, pelos assistentes seráficos que operam diretamente em cima do anjo de transporte. Então, ambos os pares de escudos, os superiores e os inferiores, são cuidadosamente fechados e ajustados.
39:5.14 (438.7) E, agora, sob a influência dos transformadores e transmissores, tem início uma estranha metamorfose, à medida que o serafim se apronta para flutuar na direção das correntes de energia dos circuitos do universo. Visto de fora, o serafim torna-se pontiagudo nas extremidades e fica envolvido em uma estranha luz de tonalidade âmbar, de tal forma que, logo se torna impossível distinguir a personalidade enserafinada. Quando tudo está pronto para a partida, o diretor dos transportes faz a inspeção própria do veículo da vida, procede aos testes de rotina, para certificar-se de que o anjo esteja adequadamente dentro do circuito e, então, anuncia que o viajante está enserafinado da maneira adequada, que as energias estão ajustadas, que o anjo está isolado e tudo se acha preparado para o clarão da partida. Os controladores mecânicos, dois deles, em seguida, ocupam as suas posições. Nesse momento, o serafim de transporte torna-se quase transparente, vibrante, de uma silhueta luminosa com o formato de torpedo. Agora o despachador do transporte do reino reúne as baterias auxiliares dos transmissores das energias vivas, usualmente em número de mil; e, quando anuncia o destino do transporte, ele toca no ponto próximo do veículo seráfico, o qual o dispara para frente à velocidade de um relâmpago, deixando uma trilha de luminosidade celeste até onde se estende a vestimenta atmosférica planetária. Em menos de dez minutos, o espetáculo maravilhoso terá desaparecido, mesmo para a reforçada visão seráfica.
39:5.15 (439.1) Enquanto os informes espaciais planetários são recebidos ao meio-dia, no meridiano da sede-central espiritual designada, os transportadores são despachados desse mesmo lugar à meia-noite. Essa é a hora mais favorável para a partida e é a hora-padrão, quando não é especificado de outro modo.
39:5.16 (439.2) 6. Os Registradores. Estes são os custódios dos assuntos maiores do planeta, para tudo aquilo que funciona como uma parte do sistema, e no que se relaciona ao governo do universo e dele se ocupa. Eles trabalham no registro de assuntos planetários, mas não se ocupam das questões ligadas à vida e existência individual.
39:5.17 (439.3) 7. As Reservas. O corpo de reservas dos serafins planetários de Satânia é mantido, em Jerusém, em íntima associação com