– Não. Na verdade, se conseguisse levantar-se da cama recuperaria mais rapidamente. Continuaria com o seu tratamento para a asma e para a osteoporose e com os analgésicos para as dores durante mais algumas semanas. Creio que as condições em que vive estão a provocar uma recuperação mais lenta. As pessoas nestas condições deixam de ter razões para melhorarem.
– Sobretudo se o único familiar que têm as abandona, não é?
– Isso não ajuda, óbvio – disse Dan ao olhá-la nos olhos. – Desculpa se te magoa, mas é a verdade.
Nesse momento, chegou a comida e Molly teve de esperar uns segundos, até que a empregada se afastasse, para poder contestá-lo.
– Não tenho de dar-te explicação alguma, mas se tivesse tido conhecimento do acidente, quando o mesmo aconteceu e não meses depois, teria vindo antes.
– A Hilda não quis.
– Sim, mas sou sua filha. Tinhas a obrigação de comunicar-me o sucedido.
– A minha primeira obrigação era com a minha paciente. Para que saibas, quando deixei que os serviços sociais entrassem em contacto contigo, agi contra sua vontade – explicou. – Mas alegro-me por tê-lo feito.
Sem saber como interpretar aquela frase, Molly devorou a salada de espinafres.
– Teria de continuar a ver-te?
– À medida que a tua mãe for melhorando, cada vez menos. Não tentes modificar radicalmente a vida da Hilda. Primeiro, vamos ver como reage. Se houver progressos, as visitas podem passar a ser feitas semanalmente e podemos espaçá-las progressivamente.
– Para que tu não precises de ir lá a casa, posso levá-la à clínica?
– Se conseguires levá-la, não vejo problema algum.
– Não te preocupes, que não vou deixar que a cadeira de rodas caia ladeira abaixo. Trocarei de carro, vou adquirir um monovolume. Não sou médica, mas sei que sair de casa, mesmo que seja para ir a uma consulta lhe fará bem.
– Estou de acordo, mas deixa-a na cama durante uns dias.
– Já te ouvi da primeira vez. Já sei que terá uma longa recuperação pela frente.
Dan encolheu os ombros.
– Bem. Mais alguma questão?
– Por agora, não.
– Então, importas-te que te faça algumas perguntas?
– Claro que não – respondeu ao limpar-se ao guardanapo. – Dispara.
– Não perguntaste nada sobre o teu pai, porquê?
– Porque não me interessa. Estou feliz que tenha morrido. Se soubesse da sua morte tinha ido ao funeral. Teria feito das tripas coração, mas ia pela minha mãe.
O homem suspirou.
– Não achas que está na hora de baixares as armas?
– Não acredito na salvação da alma.
– Nesse caso, poderias responder-me a outra questão? Se és casada, porquê é que continuas a assinar com o teu nome de solteira, Paget, e não usas aliança?
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