"Quase três," disse Clarke.
"Exatamente", disse Mackenzie. "Sabe, eu até imaginei por um momento que pudesse ter sido outro residente, mas eu fui informado com boa autoridade por Randall Jones que ninguém a seguiu ontem. Aparentemente, há provas em vídeo sobre isso, as quais nós ainda não vimos graças à interferência de Langston Ridgeway. E a respeito dos residentes ou funcionários deixarem o lar quando Sra. Ridgeway estava ausente, não há evidência para embasar outra pessoa saindo durante esse tempo─nem residentes, nem empregados, ninguém."
"E então, voltando para aquele primeiro assassinato," disse Ellington, "nós precisaremos ir conversar com os membros da família em breve. O que você pode nos dizer sobre a primeira vítima, Xerife?"
"Bem, foi em outro lar para cegos," ele disse. "E tudo o que eu sei sobre isso está naquele arquivo que você tem, tenho certeza. Como eu disse, fica há quase três horas daqui, quase em West Virgínia. Um lugar precário pelo que pude reunir. Não é realmente um lar, mais similar a uma escola, eu acho."
Ele deslizou uma folha de papel para ela e ela viu o breve relatório policial da primeira cena. Foi em uma cidade chamada Treston, a cerca de vinte e cinco milhas de Bluefield, West Virgínia. Kenneth Able de trinta e oito anos foi estrangulado até a morte. Havia sinais de abrasão ao redor dos olhos. O corpo foi descoberto escondido no armário do quarto no qual ele ficava a maior parte do tempo dentro do lar.
Os fatos eram muito robóticos, sem detalhes. Mesmo havendo observações sobre a investigação estar em andamento, Mackenzie duvidou que fosse algo sério.
Aposto que agora está, no entanto, ela pensou.
Essa nova morte foi muito explícita para negar. As vítimas eram muito semelhantes, bem como eram os sinais de agressão nos corpos.
"Eu pedi a Randall Jones para compilar uma lista de empregados ou de outros associados com o lar que pudessem ser, mesmo levemente, possíveis suspeitos," disse Mackenzie. "Eu acho que nossa próxima melhor aposta é falar com esse lugar em Treston para ver se há alguma ligação."
"A desvantagem aqui é que Treston fica longe para caramba," apontou Ellington. "Mesmo se isto acabar por ser moleza, vai haver algumas viagens envolvidas. Parece que nós não conseguiremos ter tudo ajeitado tão rapidamente quanto o ilustre Sr. Ridgeway gostaria."
"Quando o trabalho de perícia completa será feito na Sra. Ridgeway?" perguntou Mackenzie.
"Estou esperando ouvir algo em poucas horas," disse Clarke. "Porém, uma investigação preliminar mostrou nada óbvio. Sem digitais, sem cabelos visíveis ou outros materiais deixados para trás.”
Mackenzie assentiu e olhou de volta para os arquivos do caso. Quando ela havia acabado de começar a explorá-los propriamente, seu telefone tocou. Ela o abriu e respondeu: "Agente White."
“Randall Jones falando. Eu tenho uma lista de nomes para vocês, como você pediu. É curta e eu estou bem certo de que todos eles estão limpos."
"Quem são eles?"
"Há um cara da equipe de manutenção que não é muito confiável. Ele trabalhou o dia todo ontem, saindo logo depois das cinco. Eu perguntei por aí e ninguém o viu retornar. Há outro cara que trabalha para uma loja especial de serviços sociais. Ele vem e joga jogos de tabuleiro às vezes. Meio que vem e brinca com eles. Ele faz algumas coisas voluntariamente como serviços de limpeza ou mudar os móveis de lugar de tempos em tempos."
"Você pode me enviar por mensagem os nomes e qualquer informação de contato que você tenha?"
"Certo," disse Jones, claramente infeliz por considerar algum dos homens como suspeitos.
Mackenzie terminou a chamada e olhou de volta para os três homens na sala. "Era Jones com dois possíveis candidatos. Um trabalhador de manutenção e alguém que vai como voluntário e passa um tempo com os residentes. Xerife, ele vai me enviar os nomes por mensagem a qualquer momento. Você poderia dar uma olhada neles e─"
O telefone dela tocou ao receber a mensagem em questão. Ela mostrou os nomes ao Xerife Clarke e ele deu de ombros, derrotado.
"O primeiro nome, Mike Crews, é o cara da manutenção," ele disse. “Eu sei como fato que ele não estava matando ninguém depois do serviço na noite passada, porque eu tomei uma cerveja com ele no Rock's Bar. Isso foi depois que ele foi até a casa da Mildred Cann para consertar o ar condicionado dela de graça; Eu já posso dizer a vocês que Mike Crews não é o seu cara."
"E sobre o segundo nome?" perguntou Ellington.
"Robbie Huston," ele disse. "Eu só o vi de passagem. Estou bem certo que ele é enviado por algum tipo de loja de serviços sociais fora de Lynchburg. Mas pelo que eu entendo, ele é como um santo no lar. Lê para os residentes, é bem amigável. Como eu disse, ele está fora de Lynchburg. Fica a cerca de uma hora e meia de distância daqui─bem no caminho para Treston, de fato."
Mackenzie olhou de volta para a mensagem de Jones e salvou o número que ele havia fornecido para Robbie Huston. No melhor dos casos era uma pista frágil, mas pelo menos era alguma coisa.
Ela olhou para seu relógio e viu que era perto das seis horas. "Quando seu delegado e outros policiais vão reportar?" ela perguntou.
“Muito em breve. Mas ainda ninguém ligou com qualquer coisa. Eu os manterei atualizados se vocês quiserem sair e recolher seus pertences."
"Parece bom para mim," disse Mackenzie.
Ela pegou os arquivos do caso enquanto ficou de pé. "Obrigado por sua ajuda esta tarde," disse Mackenzie.
"É claro. Eu só queria oferecer mais assistência. Se vocês quiserem, posso chamar a Polícia Estadual até aqui para ajudar. Eles estiveram aqui nessa manhã, mas se espalharam bem rápido. Eu acho que pode haver alguns deles ficando aqui na cidade por um dia ou dois."
"Se chegar a esse ponto, eu te aviso" disse Mackenzie. "Boa noite, senhores."
Com isso, ela e Ellington saíram. O saguão da frente estava vazio agora, Frances tendo terminado o dia.
No estacionamento, Ellington hesitou por um momento ao tirar as chaves. "Hotel ou uma viagem a Lynchburg?" ele perguntou.
Ela pensou sobre isso e, apesar da forte tentação em continuar a investigação mesmo tarde da noite, sentiu que tentar entrar em contato com Robbie Huston pelo telefone produziria os mesmos resultados que uma viagem até Lynchburg. Mais do que isso, ela já estava começando a acreditar que o Xerife Clarke sabia o que ele estava fazendo─e se ele não possuía ressalvas sobre Huston, então ela confiaria nisso por enquanto. Era uma das melhores coisas em trabalhar em um caso em uma cidade pequena─quando todos se conheciam quase intimamente, as opiniões e instintos da polícia local podiam frequentemente ser bem confiáveis.
Ainda continuará válido ligar para ele quando acomodarmos, ela pensou.
“Hotel," ela disse. "Se eu não puder conseguir o que quero ligando para ele essa noite, nós paramos em Lynchburg amanhã."
"No caminho para Treston? Parece ser uma longa viagem."
Ela assentiu. Iria ser um monte de idas e vindas. Eles poderiam ter mais sucesso se eles se separassem amanhã. Mas eles poderiam discutir estratégia depois de dar entrada em um quarto com os arquivos dos casos em frente a eles e um ar condicionado explodindo ao lado deles.
Nem uma vez, pela atração da luxúria, a ideia de um condicionado nesse calor opressivo era muito boa para resistir. Eles entraram no carro ardendo em chamas, Ellington desceu as janelas e eles foram para oeste, para o que servia como o coração de Stateton.
O único motel de Stateton era um surpreendentemente bem cuidado quadradinho de construção chamado Pousada do Condado de Staunton. Continha doze quartos, nove dos quais estavam vagos quando Mackenzie entrou no saguão e solicitou um quarto para a noite. Agora que McGrath sabia