Confiante de que estava com o endereço certo—o que foi reforçado pela placa em ruínas que ficava na frente da propriedade—Mackenzie saiu do seu carro e caminhou pela calçada rachada. A porta da frente era separada da calçada por apenas três degraus de concreto que pareciam não ser varridos em anos.
Ela entrou, pisando no que servia como saguão e área de espera. Uma mulher estava sentada atrás de um balcão ao longo da parede frontal, falando ao telefone. A parede atrás dela era pintada por um surpreendente tom de branco. Um quadro branco à esquerda dela continha um punhado de anotações. Fora isso, a parede era nua e inexpressiva.
Mackenzie teve que caminhar até o balcão e ficar ali, pressionada contra ele e fazendo seu melhor para sugerir que ela precisava de assistência. A mulher atrás do balcão parecia terrivelmente irritada com isso e terminou a chamada relutantemente. Ela finalmente olhou acima para Mackenzie e perguntou: "Posso ajudá-la?"
"Estou aqui para falar com o gerente," ela disse.
"E você é?"
“Agente Mackenzie White, do FBI.”
A mulher parou por um momento, como se não acreditasse em Mackenzie. Dessa vez foi a vez de Mackenzie de dar um olhar irritado. Ela mostrou seu distintivo e assistiu enquanto a mulher entrou em ação repentinamente. Ela pegou o telefone, pressionou uma extensão e falou brevemente com alguém. Ela evitou contato visual com Mackenzie o tempo inteiro.
Quando a mulher terminou, ela finalmente olhou acima de volta para Mackenzie. Estava claro que ela estava envergonhada, mas Mackenzie fez o seu melhor para não gozar muito disso.
"A Sra. Talbot a verá em um instante," a moça disse. “Se dirija para trás. O escritório dela é o primeiro que aparecerá."
Mackenzie andou pela única outra porta no lobby e entrou em um corredor. O corredor era bem curto, contendo apenas três portas. No final dele, um conjunto de portas duplas estava fechado. Ela assumiu que as acomodações ficavam atrás dessas portas e esperou que os quartos estivessem em melhor condição que o restante da construção.
Ela se aproximou do primeiro cômodo ao longo do corredor. A placa com nome ficava juntamente ao lado do portal e se lia Gloria Talbot. A porta estava parcialmente aberta, mas mesmo assim Mackenzie bateu. A porta foi atendida imediatamente por uma mulher com sobrepeso que vestia um grosso par de óculos bifocais.
“Agente White, por favor, entre,” disse Talbot.
Mackenzie fez como lhe foi solicitado, tomando o único assento que ficava do lado oposto da pequena e bagunçada mesa.
"Eu vou assumir que isso se trata do assassinato de Kenneth Able?" perguntou Talbot.
"Sim senhora," disse Mackenzie. "Nós temos outro assassinato em uma cidade a cerca de duas horas e meia ao sul daqui. Outra pessoa cega—um membro de um lar para cegos."
“Duas horas e meia de distância?" perguntou Talbot. “Deve ser o Lar para Cegos Wakeman, certo?”
“É. E a maneiro pela qual a vítima foi morta parece ser idêntica a Kenneth Able. Eu estava esperando que você pudesse me mostrar o lar, incluindo o closet onde o corpo dele foi encontrado."
"Absolutamente," disse Talbot. "Venha comigo."
Talbot a levou de volta para fora no corredor e então através das portas duplas que Mackenzie havia visto no seu caminho até o escritório de Talbot. Elas adentraram um amplo espaço aberto que se esgotava no que parecia ser um tipo de sala comum. Dentro desse espaço aberto, Mackenzie contou oito quartos.
"Estes," disse Talbot, "são os quartos nos quais os residentes ficam. Diferentemente do Wakeman, nós não temos acomodações modernas estilosas."
Ela não dizia isso se desculpando. De fato, Mackenzie pensou ter ouvido certo veneno na voz de Talbot.
"Este aqui," disse Talbot, levando Mackenzie até a segunda porta na direita, "era o quarto de Kenneth."
Talbot destrancou a porta e elas entraram. O quarto cheirava a poeira e algum tipo de limpador químico que parecia forte demais. Mackenzie fez seu melhor para não parecer surpresa pelo estado do quarto em comparação com o que ela havia visto no Wakeman. Ela observou a cama, a pequena escrivaninha, a cômoda e a porta do closet. Tudo parecia envelhecido, embotado e de outra época.
Ela caminhou até o closet e o abriu. Ao olhar para o espaço vazio dentro, Mackenzie perguntou: "Você pode me contar como o corpo foi descoberto?"
"Havia outra residente aqui, Margaret Dunwoody," disse Talbot. "Ela e Kenneth brincavam que estavam namorando─o que é hilário, porque Kenneth tinha trinta e oito e Margaret tem, forçando, sessenta. Eles sempre estavam juntos, conversando na área comum, comendo as refeições juntos e coisas do tipo. De qualquer forma, ela veio até esse quarto a tarde para ver se ele queria sair para comer um lanche no McDonald's. Quando ele não respondeu a porta, ela entrou. Ela disse que sabia que havia algo errado logo de cara. Ela disse que o quarto parecia muito quieto. Ela estava apavorada, então foi até o guarda que estava aqui aquela noite─um jovem rapaz chamado Tyrell Price. Tyrell encontrou Kenneth no closet, morto."
"Enforcado, com contusões ao redor do olhos, correto?" perguntou Mackenzie.
"Isso mesmo," disse Talbot.
Mackenzie olhou dentro do closet, pegando a pequena Maglite do seu cinto e iluminando o interior. Ela tateou ao redor do carpete e do portal, mas não encontrou qualquer sinal de que o assassino tenha deixado vestígios não intencionais. A única coisa que foi encontrada no closet foi um cabide de casaco perdido, pendendo da barra de tensão próxima ao topo da estrutura.
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