Parábolas Do Reino E De Sabedoria. Aldivan Teixeira Torres. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Aldivan Teixeira Torres
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Серия:
Жанр произведения: Современная зарубежная литература
Год издания: 0
isbn: 9788873047964
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fruto.O patrão chamou Lamuel e o repreendeu por sua conduta e o aconselhou a seguir o exemplo de Daniel.Se sentido humilhado e despeitado para com seu companheiro Daniel,resolveu vingar-se.

      A primeira atitude que tomou foi a de aliar-se ao principal inimigo do patrão:O chefe dos servos que tinham se rebelado contra ele.Ele serviria como instrumento de ódio desse mal com o objetivo de destruir tudo o que Daniel tinha construído e conquistado além de prejudicar a plantação do patrão.O inimigo entregou para ele uma praga que de pronto introduziu no campo do seu companheiro.Enquanto isso,Daniel continuava com o seu trabalho sem desconfiar de nada.Pouco tempo depois,o belo verde do seu campo foi desaparecendo o que lhe provocou certa surpresa e desapontamento.Com isso,apresentou-se diante do chefe para prestar esclarecimentos.

      —Senhor, continuo cultivando o terreno da mesma forma. Entretanto, o que antes produzia inúmeros frutos agora não produz praticamente nenhum. Acho que estou ficando imprestável. Se desejares, darei o meu lugar a outro servo mais competente.

      —Não é necessário, bom servo. Não foi sua culpa. Eu bem sei o que está acontecendo: O seu campo está sendo atacado por uma poderosa praga. Um inimigo o semeou. Porém, ele não vai vencer. Eu te darei o meu melhor inseticida e o seu campo vai novamente dar bons e belos frutos.

      O inseticida foi aplicado e a praga foi contida.Porém,Lamuel não desistiu da sua vingança.Consultou o seu mestre e ele prometeu destruir a vida e a carreira de Daniel.A fim disso,o mal se encarnou e tomou forma humana:A de um comprador.Daniel continuava obediente e em seu trabalho honrava o seu patrão.O comprador aproximou-se e perguntou:Você é Daniel?Eu ouvi falar muito bem da sua pessoa.Dizem que é o melhor empregado do patrão.Eu quero adquirir alguns dos seus produtos.Poderia mostrar o seu campo?Daniel educadamente respondeu:-Sou apenas um humilde servo e igual a todos.Desde que cheguei aqui,meu único objetivo é cumprir a minha função.O meu patrão põe toda confiança em mim e por isso não posso decepcioná-lo.Venha,eu lhe mostrarei o que cultivei até agora.

      O comprador foi conduzido por entre as belas videiras do campo de Daniel. O comprador exclamou: -Muito bom! Você fez um ótimo trabalho. Diga-me rapaz, não queria trabalhar para mim? Eu te daria uma generosa remuneração. Daniel respondeu:

      —Não, obrigado. Eu não faço isso pelo dinheiro. Minha recompensa são todos os frutos que colho.

      O comprador olhou-o com puro ódio e decidiu aproveitar que Daniel estava sozinho para tentar destruir a sua plantação. Modificou sua aparência e ninguém sabe de onde retirou uma foice. Gritou:-Olha o que eu faço com o seu trabalho, olha! (Pôs-se a ceifar as plantas de Daniel). Quando terminou de devastar o campo, começou a espancá-lo. O patrão observava tudo e resolveu agir: Chamou o seu servo mais forte (Ninguém é tão valente a ponto de desafiá-lo) e ordenou:

      —Miguel, vá libertar o meu Servo Daniel pois ele está sendo espancado pela serpente. Quanto à outra praga, deixe que eu resolva.

      O anjo voou apressadamente em direção ao campo e estava armado até os dentes. Agarrou a antiga serpente, a acorrentou e a lançou no abismo donde não poderia mais sair (a não ser com autorização). Daniel estava machucado, mas iria recuperar-se dos ferimentos. O patrão convocou Lamuel e ele se apresentou diante dele.

      O senhor pronunciou-se:

      —Cobra venenosa! Quem lhe ensinou a agir desta forma? Você pensava que ia destruir o meu filho? Nem você nem o inimigo podem com ele. Eu sou está sempre do lado dos injustiçados. Em vez de invejá-lo porque não trabalha feito ele? Eu também o teria abençoado. Por você ter se rebelado e pelos seus crimes, eu não o quero mais em minha plantação. Será amarrado e jogado nas trevas exteriores feito joio que não serve para nada. Aí haverá choro e ranger de dentes.

      O senhor de terras é o próprio Deus.A parábola apresenta dois servos:um obediente e outro desobediente.Daniel age da forma que Deus espera de um servo:Semeia a palavra do reino,aduba as plantas recém-nascidas de modo que elas cresçam e dêem fruto.Lamuel é o servo insensato pois só segue seus próprios instintos.No acerto de contas,o patrão elogia as atitudes de Daniel mas desaprova as de Lamuel que em vez de seguir o exemplo do companheiro,prefere prejudicá-lo.Essa atitude é muito comum:As pessoas que adotam esse estilo de vida sentem-se injustiçadas por Deus e pelo mundo e não reconhecem quando estão erradas.No entanto,Deus protege os oprimidos e não permite que os servos dedicados á ele sejam destruídos.No final,Deus realiza a justiça e liberta de todo o mal.

      Num jardim repleto de árvores frutíferas existia uma grande macieira.Era a árvore mais frondosa e bonita do pomar.A cada ano,a safra aumentava e os lucros senhor do jardim também.O jardineiro a regava duas vezes por dia:Uma com água doce e outra com água salobra.A safra continuava farta mas gradativamente os lucros foram diminuindo porque algumas frutas estavam estragando antes de serem colhidas.Com o passar do tempo,a renda proveniente da extração dos frutos já não compensava mantê-la.Então o jardineiro resolveu falar com o senhor do jardim a respeito da macieira.

      —Patrão, estou pensando em cortar a macieira pois a safra está estragando. O que o senhor me diz?

      —Antes de qualquer decisão, eu tenho que a ver. Pode ser que o problema tenha solução.

      Ao analisá-la, o patrão verificou que todos os frutos estavam estragando menos um do meio. Apalpou o seu tronco e emocionado declarou:

      —Não a corte. Esta é uma boa árvore que já me proporcionou muita alegria. As maçãs estão estragando porque estão absorvendo água salobra em vez da doce. Veja aquele fruto do meio: está perfeito. Isto é um sinal pois ela o protegeu fazendo que ele absorvesse apenas água doce. Por este fruto, que se conserva íntegro, eu não a derrubarei.

      A macieira representa a vida expressa concretamente na criação.A safra é tudo aquilo de bom produz a vida.A água doce é a palavra de Deus e os modos de cumpri-la.A água salobra são todas as orientações contrárias á palavra.As frutas podres são todos aqueles que se desviam do verdadeiro caminho de Deus:amar e servir ao próximo.O fruto do meio é o pequeno contingente que acredita e segue os preceitos do bem sem olhar para trás.Ainda que só exista um único fiel Deus abençoará a terra por conta dele.

      Num grande campo,repleto de árvores frutíferas e plantações,havia dois empregados:Josué e Jeroboão.Eles cultivavam o campo e cuidavam do rebanho de ovelhas do patrão.Josué era tenente e obediente a Deus,reservando-se a apenas cumprir o seu trabalho.Jeroboão,ao contrário,gabava-se pelos seus inúmeros talentos e procurava seduzir as ovelhas de modo que elas o seguissem.Gradativamente,o orgulho de Jeroboão foi crescendo a tal ponto que ele declarou-se filho do patrão.Ele queria,com isso,assumir o trono e o poder que não lhe pertenciam.Então o patrão resolveu convocá-lo para apresentar-se.Disse o senhor:

      —Eu ouvi dizer que você se autodenomina “meu filho”. Quem te deu semelhante autoridade? Quer igualar-se a mim?

      —Revesti-te o meu ser de tão esplendorosa glória que concluí ser teu amado filho. Eu sei que escondeste de todos este segredo. Agora, quero a minha parte que me cabe na herança.

      —Está louco. Não és o meu filho.Eu apenas tenho um único filho:o primogênito.È a ele que darei o trono e o poder.Se fôsseis o meu filho,não seria tão orgulhoso.Apesar de ter criado tudo e a todos e ter o universo na palma das minhas mãos,eu não fico contando vantagens.As minhas obras é quem fala por mim.Além do meu pupilo,adotei vários empregados meus por serem fiéis.Um exemplo vivo é Josué.Ele reconhece minha autoridade e realiza a obra que lhe mandei perfeitamente.Por isto,eu hoje declaro:“Ele também é meu filho.Eu o gerei”.E mais:“Quem se humilha será exaltado e quem se exalta será humilhado”.