O Guarda Florestal. Jack Benton. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Jack Benton
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Серия:
Жанр произведения: Зарубежные детективы
Год издания: 0
isbn: 9788835427834
Скачать книгу
rodas."

      Slim ficou maravilhado demais com a transição perfeita de um conto de quase-heroísmo para um sobre rios transbordando para mencionar que ele não tinha carteira de motorista atualmente.

      "Weaton ainda faz parte da terra de Ozgood, mas eles têm um contrato fixo de longo prazo, então ele tem que manter o nariz fora."

      "Que tipo de homem é o Sr. Ozgood?"

      Croad deu de ombros. "Isso vai ficar entre nós?"

      "É claro," disse Slim, sabendo muito bem que qualquer coisa que ele dissesse provavelmente chegaria em seu novo patrão de um jeito ou de outro. "Quero dizer, ele é o tipo de homem que merece ser chantageado?"

      "Depende da pessoa a quem você pergunta. Regra geral, não é, que quanto mais grana você tem, maior a fila de pessoas querendo roubá-la."

      Slim sorriu. "É por isso que tenho tantos amigos."

      Croad emitiu uma risada tossida. "Nós dois."

      "Tenho certeza que sabe por que estou aqui. O Sr. Ozgood quer saber por que ele está sendo chantageado por um homem morto." Slim fez uma pausa, lembrando o aviso de Ozgood para não dizer nada sobre a verdadeira natureza da morte de Dennis Sharp.

      "Sim. Dennis Sharp, nunca imaginei isso. Tipo de cara tranquilo, trabalhava, era pago, ia para casa ou para o pub, o tipo calmo."

      "Ouvi dizer que ele morreu em um acidente de carro."

      Croad assentiu. "É."

      Slim esperou por mais informações, mas quando nenhuma veio, ele disse: "Foi por aqui?"

      Croad assentiu. Seu movimento incessante parou por um momento e ele se virou. "Vou te levar lá agora. Pedido do mestre. Melhor começar do início, não é?"

      5

      "Não tem tantos retornos como em Gunhill Hollow por aqui," disse Croad, acenando para a estrada mergulhando abruptamente fora de vista sobre a encosta da colina enquanto árvores se fechavam em torno dela como mãos protetoras. "Quero dizer, você não esperaria que esse tipo de curva aparecesse se você estivesse perdido, dirigindo nesta estrada pela primeira vez." Croad sorriu, revelando dentes danificados e escurecidos. "Você pegaria leve, não é?"

      "Claro," Slim respondeu, não tendo certeza se, depois de uma bebida ou duas, ele o faria ou não.

      Eles caminharam entre as árvores, atravessadas pelas sombras, a temperatura caía rapidamente, o ar seco do sol da tarde ficava úmido contra a pele de Slim.

      A estrada se estreitava e angulava íngreme, sua superfície era esburacada e irregular, pedaços de asfalto quebrado eram triturados quando seus pés os esmagavam. Slim tinha a sensação inquietante de que ele estava andando através do rosto com acne de um gigante morto e enterrado.

      Croad parou onde a estrada abruptamente dava a volta em si mesma, virando acentuadamente para baixo em direção ao verde-musgo do vale. Ele pisou na beirada e inclinou-se para a frente, com as mãos no rosto.

      "Sim, ela ainda está lá."

      "Ela?"

      "O velho Ford. A carroça de Sharp."

      Slim se adiantou. "O carro ainda está lá?"

      "O que sobrou dele. Sharp bateu nesta curva em alta velocidade. Errou as árvores maiores e caiu algumas centenas de metros na floresta. Eles tentaram rebocar, mas o que eu ouvi foi que a corda quebrou duas vezes e na terceira vez eles não quiseram se dar o trabalho. As equipes policiais investigaram em busca de evidências, fizeram seu trabalho no local, e depois deixaram aí para qualquer um ver."

      Slim olhou para baixo na escuridão sob as árvores. "Não consigo ver nada."

      "Não sobrou muito, além de uma carcaça enferrujada invadida por amoreiras, mas ela está lá. Venha, eu vou te mostrar."

      Croad saiu da beirada, imediatamente descendo colina abaixo. Dentro de alguns passos ele estava fora de vista. O treino militar de Slim voltou para ele, e ele se agachou, procurando na vegetação rasteira por qualquer coisa que pudesse estar fora do lugar, qualquer coisa sintética ou alterada por mãos humanas.

      Uma gargalhada o fez olhar para cima.

      "Quem é você, o Schwarzenegger? Não há nada com que se preocupar por aqui. Aqui não é o Vietnã, soldado."

      Slim se perguntou quanto de seu passado Croad sabia, mas ele ignorou e sorriu. "Sempre amei a floresta quando criança," disse ele, algo que, embora antes verdadeiro, tinha se invertido desde então. Ele também não gostava de espaços abertos, mas pelo menos você tinha mais chances de ver seu inimigo.

      "Acho que todos nós," disse Croad, virando e se afastando. "Nada para se preocupar, exceto alguns fantasmas. Eles deixaram o carro, mas levaram o corpo de Den."

      Slim correu atrás de Croad, alcançando quando o velho parou ao lado de um emaranhado de vegetação rasteira que sugeria algo escondido por baixo. Um pouco mais adiante, um afloramento rochoso saía da terra e além dele a margem caía em um córrego.

      "O eixo dianteiro ficou alojado naquela rocha," disse Croad, tropeçando na vegetação rasteira e atingindo o afloramento com um chute surpreendentemente ágil. "Os porcos fizeram a investigação e deixaram o carro aqui para apodrecer. As crianças costumavam vir aqui fumar maconha, chamavam o velho Den, para ver se ele ainda estava por aqui."

      "Elas ainda vêm aqui?"

      "Cansaram da erva, eu acho." Croad sorriu. "Ou foram assombrados. Mais do que algumas crianças se sentaram no banco quente e não querem mais voltar para essa floresta."

      "O banco quente?"

      Croad estendeu a mão e agarrou uma moita de amoreiras com as próprias mãos, rasgando-as para revelar uma janela lateral suja e rachada. "O banco do motorista. Onde o velho Den partiu dessa para melhor."

      6

      Ozgood disse a ele que, durante sua investigação, nenhuma pergunta era proibida sobre ninguém que morasse em sua propriedade.

      Com uma xícara de café que ele deixara parado no filtro durante a noite, Slim se debruçou sobre grandes fotos aéreas da área que Ozgood havia lhe fornecido, comparando os edifícios e estradas com aqueles em um mapa anotado.

      As fotos remontavam a trinta anos atrás e, desde então, alguns terrenos tinham surgido e desaparecido. Outros, antes expostos ao ar livre, ficaram obscurecidos por árvores que haviam crescido, enquanto outros antes escondidos agora encontravam-se solitários e abandonados entre áreas desmatadas ou jardins abertos.

      A mansão ficava bem no centro como uma abelha-rainha, cercada por extensos jardins. Estes então seguiam para a floresta que gradualmente descia em dois vales de rio adjacentes, transformando a propriedade de Ozgood em um diamante, embora eles nunca voltassem a convergir.

      Do outro lado do rio, a noroeste, ficava a vila de Scuttleworth, um agrupamento apertado de chalés em torno de uma igreja e cercado por duas lojas em uma das extremidades e uma vegetação local — na verdade, pouco mais do que um pedaço de cerrado que Slim tinha visto durante o passeio de carro com Croad. O pátio da igreja era o maior pedaço de terra individual, estendendo-se por alguns prados separados por uma fila de árvores, embora ao norte de Scuttleworth houvesse um par de propriedades industriais: um bloco cinza que parecia uma fábrica empoleirada na borda de um vale, e outro, um espaço aberto e cinzento cheio de carros estacionados e alguns veículos de construção: o pátio de um mecânico.

      Ao lado de um grupo de árvores a um quilômetro e meio ao sul de Scuttleworth, a velha cabana de Dennis Sharp estava marcada com um círculo