Alvo Zero . Джек Марс. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Джек Марс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Серия: Uma Série de Suspenses do Espião Agente Zero
Жанр произведения: Современные детективы
Год издания: 0
isbn: 9781094303659
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cara da pizza não precisou ser avisado duas vezes. Correu de volta para o carro que o estava esperando, pulou lá para dentro e cantou pneus. O Sr. Thompson observou-o ir embora, com os olhos estreitados.

      —Obrigado, senhor Thompson, disse Reid. Mas é apenas pizza.

      –Eu não gostei da aparência daquele cara, seu vizinho da porta ao lado rosnou. Reid gostava muito daquele homem mais velho – embora pensasse que Thompson levou seu novo papel de ficar atento em relação à família Lawson a sério demais. Mesmo assim, Reid decididamente preferia ter alguém um pouco mais zeloso do que alguém que não gostasse de fazer aquilo.

      —Nunca é demais, acrescentou Thompson. Como estão as meninas?

      –Elas estão bem. Reid sorriu agradavelmente. Mas, é… você tem que carregar isso na cintura, assim, o tempo todo? Ele gesticulou para a Smith & Wesson no quadril de Thompson.

      O homem mais velho parecia confuso.

      –Bem, sim. Meu CHP expirou e a Virginia é um estado de porte legalizado.

      –…Certo. Reid forçou outro sorriso. Claro. Mais uma vez obrigado, senhor Thompson. Eu vou deixar você saber se precisar de alguma coisa.

      Thompson assentiu e depois saiu pelo gramado até a casa dele. O Subdiretor Cartwright assegurou a Reid aquele senhor era estava em boa forma; Thompson era um Agente aposentado da CIA e, embora estivesse fora de campo por mais de duas décadas, estava claramente feliz – se não um pouco ansioso – por ser útil novamente.

      Reid suspirou e fechou a porta atrás dele. Trancou e ativou o alarme de segurança novamente (que estava se tornando um ritual toda vez que abria ou fechava a porta), e então se virou para encontrar Maya em pé atrás dele no foyer.

      –O que foi aquilo? Ela perguntou.

      –Ah nada. O Sr. Thompson só queria dizer —oi—.

      Maya cruzou os braços novamente.

      –E eu que pensei que estávamos fazendo um progresso bom.

      –Não seja ridícula. Reid zombou dela. Thompson é apenas um idoso inofensivo…

      –Inofensivo? Ele carrega uma arma aonde quer que vá – protestou Maya. E não pense que eu não o vejo nos observando de sua janela. É como se ele estivesse espionando…  Sua boca se abriu um pouco. Ah meu deus, ele sabe sobre você? O Sr. Thompson é um espião também?

      —Chhh, Maya, eu não sou um espião.

      –Na verdade, pensou, é exatamente o que você é

      –Eu não acredito nisso! Ela exclamou. É por isso que ele é nossa babá quando você sai?

      –Sim, ele admitiu em voz baixa. Não tinha que dizer a ela as verdades não solicitadas, mas não havia muito sentido em esconder as coisas dela já que faria estimativas tão precisas, de qualquer maneira.

      Esperava que ficasse irritada e começasse a lançar acusações novamente, mas em vez disso ela balançou a cabeça e murmurou:

      – Irreal. Meu pai é espião e nosso maluco da porta ao lado é o guarda-costas. Então, para sua surpresa, ela o abraçou pelo pescoço, quase derrubando as caixas de pizza da mão dele:

      –Eu sei que você não pode me dizer tudo. Tudo que eu queria era alguma verdade.

      –Sim, sim, ele murmurou. Arriscando a segurança internacional para ser um bom pai. Agora vá acordar sua irmã antes que a pizza fique fria. E Maya? Nem uma palavra disso para Sara.

      Foi até a cozinha e pegou alguns pratos e guardanapos e serviu três copos de refrigerante. Alguns momentos depois, Sara se arrastou para a cozinha, esfregando seus olhos de sono.

      —Oi, papai, ela murmurou.

      –Ei, querida. Sente-se. Você tem dormindo bem?

      –Mm, ela murmurou vagamente. Sara pegou um pedaço de pizza e mordeu a ponta, mastigando em círculos lentos e preguiçosos.

      Estava preocupado com ela, mas tentou não deixar transparecer. Em vez disso, pegou uma fatia da pizza de linguiça e pimenta. Estava a meio caminho de sua boca quando Maya interveio, arrancando-a de sua mão.

      —O que você acha que está fazendo? Ela exigiu.

      –…Comendo? Ou tentando.

      –Hum, não. Você tem um encontro, lembra?

      –O que? Não, isso é amanhã… Parou, incerto. Ah, Deus, é hoje à noite, não é? Quase bateu na própria testa.

      —Claro que sim, disse Maya com uma boca cheia de pizza.

      –Além disso, não é um encontro. É jantar com um amigo.

      Maya encolheu os ombros. Bem. Mas se você não se preparar, você vai se atrasar para o —jantar com um amigo.

      Olhou para o relógio. Estava certa; ele deveria encontrar Maria às cinco.

      –Vá, sh. Se troque. Ela o conduziu para fora da cozinha e correu para o andar de cima.

      Com tudo acontecendo e suas contínuas tentativas de iludir seus próprios pensamentos, quase esqueceu a promessa de se encontrar com Maria. Houve várias tentativas malucas nas últimas quatro semanas, sempre com algo atrapalhando de um lado ou de outro – embora, se ele estivesse sendo honesto consigo mesmo, geralmente, ele dava desculpas. Maria parecia finalmente cansar-se disso e não só planejara o passeio, como também escolhera um lugar entre Alexandria e Baltimore, onde ela morava, se ele prometesse vê-la.

      Ele sentia falta dela. Sentia falta de estar perto dela. Eles não eram apenas parceiros na Agência; havia uma história, mas Reid não conseguia se lembrar da maior parte. De quase nada, na verdade. Tudo o que sabia era que, quando estava perto dela, havia um sentimento distinto de que estava na companhia de alguém que se importava com ele – uma amiga, alguém em quem ele podia confiar, e talvez até mais do que isso.

      Entrou em seu closet e tirou um conjunto que achava que iria funcionar bem para a ocasião. Era fã de um estilo clássico, embora soubesse que seu guarda-roupa, provavelmente, era de pelo menos uma década atrás. Vestiu um par de calças cáqui plissadas, uma camisa xadreza e uma jaqueta de tweed com remendos de couro nos cotovelos.

      —É isso que você vai vestir? Maya perguntou, assustando-o. Estava encostada no batente da porta do quarto dele, mastigando casualmente uma borda de pizza.

      –O que há de errado?

      –O que há de errado é que você parece que acabou de sair de uma sala de aula. Venha. Ela o levou pelo braço de volta para o closet e começou a revirar as roupas dele. Nossa, papai, você se veste como se tivesse oitenta anos…

      —O que foi?

      –Nada! Ela o chamou de volta. Ah. Aqui. Ela tirou um casaco esportivo preto – o único que ele possuía. Use isso, com algo cinza embaixo. Ou branco. Uma camiseta ou uma polo. Livre-se das calças de papai e coloque um jeans. Escuros. Justinhos.

      A pedido de sua filha, mudou de roupa enquanto ela o esperava no corredor. Ele supunha que deveria se acostumar com essa estranha inversão de papéis, pensou. Um momento era o pai superprotetor; no outro estava desmoronando diante de sua desafiadora e astuta filha.

      —Muito melhor, disse Maya quando ele se apresentou novamente. Você quase parece estar pronto para um encontro.

      –Obrigado, ele disse, —e isso não é um encontro.

      –Você continua dizendo isso. Mas você vai jantar e beber com uma mulher misteriosa que você diz ser uma velha amiga, mesmo que você nunca tenha mencionado ela e nunca a tenhamos conhecido…

      –Ela é uma velha amiga…

      –E, devo acrescentar, Maya disse atropelando-o, ela é bastante atraente. Nós a vimos sair do avião em Dulles.