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A Angélica e o Zachary entraram no castelo, completamente exaustos. O Ren tinha-lhes dito para irem para casa descansar. O PIT ia começar a aceitar o trabalho de erradicar demónios fugitivos, em turnos, para que ninguém fosse sobrecarregado. Nenhum deles queria sair, mas sabiam que o Ren tinha razão... Este não era o tipo de trabalho onde se podia adormecer. Não te faria ser despedido... apenas morto.
"Lar doce lar", a Angelica bocejou.
Os membros do PIT que tinham voltado com eles concordaram com Angélica e dividiram-se em direção a diferentes áreas do castelo, para descansar ou comer alguma coisa. A Angélica optou por voltar ao laboratório para ver o Jason, uma vez que o tinham deixado lá inconsciente. Ela sorriu, quando viu que alguém o tinha movido para o sofá contra a parede.
"Ele provavelmente vai continuar a dormir por mais um tempo", disse Zachary por trás dela.
Ela traçou os dedos através do cabelo louro macio do Jason, como o faria a uma criança. Salvar pessoas como ele tinha sido a razão pela qual começou a lutar contra demónios. Ela só desejava que ele tivesse ficado inocente em vez de descobrir que os monstros debaixo da cama dele eram reais. Ela sabia que eram reais mesmo quando era criança. Na sua opinião... sabê-lo, era lixado.
Os seus lábios curvaram-se num sorriso grato, quando se lembrou da morte do demónio que tinha marcado o Jason para a morte. Ela tinha de admitir que o Syn viria a ser útil... Pena que também fosse psicopata.
"Vai dormir um pouco", disse o Zachary suavemente. "Temos muito trabalho pela frente e precisamos de todos no seu melhor."
A Angélica assentiu e entrou no quarto dela, ao fundo do corredor. Olhando para a cama enorme e depois para si mesma, decidiu que um chuveiro era o melhor, para tirar o fedor demoníaco do seu corpo.
Movendo-se silenciosamente para a sua casa de banho pessoal, ligou a água quente e despiu-se antes de se virar para o espelho para verificar se havia feridas. Não encontrar nenhuma, depois de todas as lutas que ela tinha tido nas últimas horas, era um pouco surpreendente. Mais uma vez, a imagem do homem que a tinha seguido toda a noite, provocou-a... O Syn.
Sempre que um dos demónios a tentavam atingir... ele estava lá para interferir. O que mais a perturbava era que nas vezes em que não o tinha visto... Ela via-se a procurar por ele.
Virando-se, ela entrou no chuveiro quente e tentou limpar da sua mente o homem que tinha decidido tornar-se o seu escudo contra demónios. Ela tinha aprendido há muito tempo a contar só consigo mesma para não ficar desapontada. Ela não ia mudar essa teoria agora.
Esfregou o corpo até que a pele ficou cor-de-rosa e depois passou para o cabelo. A Angélica não conseguiu conter o gemido de prazer, quando as unhas esfregaram suavemente ao longo do couro cabeludo e fechou os olhos em êxtase. Se ela estivesse a prestar atenção, tinha visto a sombra da figura negra de pé, do outro lado das portas embaciadas do duche.
O Syn ficou perfeitamente imóvel no vapor da casa de banho, a ver a Angélica a fazer algo tão simples e a ter prazer com isso. Lembrava-lhe as vezes que lhe tinha lavado o cabelo e ela tinha acolhido o seu toque.
Colocou uma mão contra o vidro que os separava, enquanto sentia dentro dele uma necessidade crescente de a tocar. Para um deus sol, o conceito de tempo não tinha o mesmo significado que para os humanos; portanto, eram normalmente uma raça paciente..., mas até os deuses tinham as suas fraquezas. A dele estava a uma mão de distância e nua.
A Angélica sentiu um calor repentino a arder-lhe entre as coxas e fechou os olhos, amando a sensação familiar, mas rara. Rapidamente ensaboando a sua esponja novamente, ela passou-a sobre os seus seios e sentiu-os inchar sob o seu toque.
Deixando a esponja cair no chão do chuveiro, ensaboou as mãos com uma espuma boa e cremosa e passou-as por cima dos seios. Deixando os dedos deslizarem pelos mamilos um de cada vez para uma sensação extra, os seus lábios abriram-se e a sua respiração acelerou.
O Syn viu uma das suas mãos descer dos seios e deslizar por entre as coxas, numa tentativa de aliviar o calor que ele tinha criado nela. O seu olhar viajou lentamente até onde ela estava a morder o lábio inferior para evitar gritar e ele inalou com forca. O Syn moveu a mão acariciando contra o vidro e sorriu, quando a mão dela entre as pernas imitou os seus movimentos.
A Angélica recostou-se contra o vidro do chuveiro, quando os dedos encontraram o seu ponto favorito de prazer e trabalhou-os em movimentos circulares. Esta não era a primeira vez que ela o fazia, mas já lá ia muito tempo, mas era provavelmente o melhor que já tinha sentido.
Ela pensou novamente sobre um dia encontrar alguém com quem o fazer e a imagem do Syn passou-lhe pelo olho da mente. A visão dos seus olhos escuros e cabelo escuro comprido fez o ventre soltar-se e ela abriu a boca num grito silencioso, enquanto se vinha. Foi preciso toda a sua força de vontade para se manter de pé, quando sentiu o calor líquido a deslizar sobre os dedos e o corpo contrair-se agradavelmente com os choques posteriores.
Após vários minutos, a Angélica desligou a água e o Syn desapareceu, no momento em que ela abriu a porta do chuveiro. Agarrando a toalha, ela embrulhou-se nela e apanhou o seu reflexo no espelho. No entanto, não foi o seu corpo que lhe chamou a atenção... era a impressão duma mão na porta embaciada do chuveiro atrás dela.
Girando nos calcanhares, franziu a testa e levantou a mão para colocá-la sobre a impressão na porta. O franzir aprofundou-se quando viu quanto maior era em comparação com a dela. Este lugar estava protegido contra o mal.… ou assim Storm lhes tinha assegurado. Isso não faria o seu mirone do lado dos anjos?
Afastando-se do chuveiro, decidiu preocupar-se com isso mais tarde. Apesar de se sentir muito melhor, só o sono lhe recarregaria completamente as baterias.
Depois de secar e escovar o cabelo, ela voltou para o quarto e retirou a sua t-shirt preta de tamanho enorme da cómoda, sorrindo para o nome da sua banda de rock favorita na frente. Ir àquele concerto de rock tinha sido uma das únicas coisas normais que ela tinha feito na adolescência e ela acarinhava a memória.
Ela vestiu-a e lentamente e dirigiu-se para a cama, sorrindo enquanto puxava as cobertas e desligava o candeeiro. Procurando pelo seu iPod, ela ligou o volume em baixo, deixando a canção Evil Angel preencher o silêncio. Aconchegando-se no colchão macio, ela fechou os olhos e deixou-se adormecer.
O Syn saiu das sombras do quarto e aproximou-se da cama enquanto escutava a canção. Ela sabia que ele estava lá e confiou nele o suficiente para não fazer nada. Este era mais um sinal de que a sua verdadeira alma estava a acordar.
Ele tinha-a ouvido dizer "lar doce lar"... ecoando quase exatamente os pensamentos de Damon. Damon precisava de uma casa para a sua nova companheira Alicia e a Angélica ia precisar do mesmo quando finalmente a reclamasse. Kane e Tabatha... novamente, a mesma situação... as mulheres tinham de ser protegidas e acarinhadas acima de todas as outras.
'Damon', Syn chamou mentalmente, enquanto se afastava da cama e se aproximava da janela. É hora de encontrar uma nova casa para a família... A nossa família está a começar a crescer.’ A contemplação de Damon foi sentida através do elo mental deles, antes de Syn senti-lo chegar a uma decisão.
"Tenho o lugar perfeito em mente", respondeu o Damon enquanto encostava a Alicia contra ele. Vou investigar amanhã.
O corpo do Syn pareceu dissolver-se na brisa suave que entrava pela janela, apenas para reaparecer no telhado. Caminhava ao longo da ameia que contornava o pátio interior do castelo, parando ocasionalmente para olhar para o céu ou para o oceano além da propriedade.
Sentindo uma presença antiga e familiar atrás dele, Syn virou a cabeça para olhar por cima do ombro.
"Há muito tempo que não nos vemos", disse Storm em silêncio. "Ainda bem que encontraste a tua alma gémea." Ele sabia que o Syn viria para ela, por isso tinha