Ashley deixou escapar um grito, levada pelo efeito daquele simples toque. O prazer invadia-a e estremeceu violentamente, cravando-lhe as unhas.
Não satisfeito com a intensidade da sua reação, voltou a chupar-lhe um mamilo com força.
Ashley sentiu o olhar turvar-se. Respirou fundo, mas não parecia capaz de levar ar aos pulmões. Aquilo era o paraíso. Nem sequer encontrava as palavras para descrever aquela incrível sensação que lhe provocava a boca dele a lamber-lhe o peito.
Então, Devon deslizou uma mão entre eles, pelo seu umbigo e mais abaixo.
Ashley conteve a respiração enquanto os seus dedos lhe acariciavam as dobras até encontrar o centro do seu prazer. Sabia melhor que ela como satisfazê-la, onde e como tocar-lhe. Cada carícia elevava-a a novas alturas. Então, Devon fechou os olhos e empurrou com as ancas, afundando-se nela centímetro a centímetro. A dado momento, deteve-se e ela agitou-se, protestando.
– Chiu – murmurou, beijando-o no canto dos lábios. – Dá-me um momento. Não quero magoar-te. É melhor acabar com isto quanto antes.
Ashley assentiu, enquanto ele se separava para voltar a afundar-se novamente.
Arregalou os olhos e um grito afogado soltou-se da sua garganta. Estava a tentar controlar os sentimentos contraditórios que a embargavam.
Conseguia senti-lo dentro de si. Tinha-o preso. Não conseguia distinguir se a sensação ardente do seu interior era de prazer ou de dor. Queria mais, precisava de mais.
Gemeu suavemente e agitou-se. Queria algo que não sabia descrever.
– Devagar.
Beijou-a, acariciando-lhe a língua com a sua, e o beijo tornou-se mais apaixonado. Ergueu o corpo separando-o do dela e arqueou as ancas antes de penetrá-la novamente.
Depois voltou a descer, apoiando-se nos cotovelos, sem afastar o olhar do dela.
– Estás bem?
– Muito bem – respondeu ela, sorrindo.
– És linda, inocente, perfeita… Toda minha.
O tom possessivo da sua voz fazia-a estremecer e outro abalo de prazer percorreu-lhe o corpo.
– Sim, toda tua – sussurrou.
– Diz-me se te falta muito. Quero que atinjamos o orgasmo ao mesmo tempo. Não posso esperar muito mais.
– Então não o faças.
A sua voz tremeu. Mal conseguia pensar, muito menos falar. Tinha o corpo rígido. Os seus sentidos estavam alterados e prestes a deixarem-se levar. Um só toque, uma carícia mais e…
Abraçou-a e voltou a afundar-se nela. Obrigou-a a afastar as coxas um pouco mais, afundou-se mais profundamente e Ashley perdeu o controlo. Era a sensação mais bonita e espetacular que podia ter imaginado. Superava em muito as suas fantasias eróticas.
Quando voltou a recuperar a sensatez, estava rodeada pelos braços de Devon, que a beijava suavemente no pescoço. Estava em cima dele. Tinha o cabelo para um lado enquanto ele lhe acariciava a curva do ombro.
Ashley levantou a cabeça para olhá-lo, sentindo-se algo aturdida.
– Como acabei aqui?
Ele sorriu e deslizou as mãos pelo corpo nu de Ashley, até deter-se no seu traseiro.
– Eu pus-te aí. Gosto de ter-te em cima. Acho que poderia habituar-me.
– Oh!
– Ficaste sem palavras? Tu?
Olhou-o contrariada, mas não conseguiu ripostar nada. Era por demais evidente que tinha ficado muda.
Devon sorriu e puxou-a. Ashley colocou-se sobre ele e desfrutou das suas carícias nas costas.
– Magoei-te?
Ela sorriu ao notar preocupação no seu tom de voz.
– Não, foi perfeito, Devon, tão perfeito que não encontro palavras para descrevê-lo. Obrigada.
Afastou-lhe uma madeixa de cabelo e brincou com ela entre os dedos.
– Obrigada? Acho que nunca uma mulher me agradeceu após o sexo.
– Fizeste com que a minha primeira vez fosse especial.
– Fico contente – disse, beijando-a na cabeça.
Ela bocejou e aninhou-se ao seu lado.
– Dorme – sussurrou ele. – Quero que durmas aqui esta noite.
Pesavam-lhe os olhos e estava a adormecer quando pensou no que ele lhe acabava de dizer.
– Eu também quero dormir aqui.
Os seus dedos ficaram quietos entre o seu cabelo e depois começou a acariciar-lhe o corpo de um modo possessivo.
– Ótimo, Ashley, porque daqui em diante dormirás todas as noites na minha cama.
Capítulo Dois
Devon acordou com a estranha sensação de ter o corpo de uma mulher junto ao seu. Não só ao seu lado, mas a rodeá-lo por completo.
Ashley estava agarrada a ele, com as pernas entrelaçadas nas suas. Os seios descansavam sobre o seu peito, tinha um braço sobre o seu corpo e o rosto afundado no seu pescoço.
Gostava.
Permaneceu deitado enquanto observava o subir e descer do seu corpo, ao compasso da respiração. A sua beleza baseava-se na simplicidade. Poderia distingui-la entre uma multidão. Era extremamente natural. Talvez demasiado exuberante e atrevida, mas com tempo e a orientação adequada, podia tornar-se numa excelente esposa e mãe.
Acariciou-lhe um braço com a ponta dos dedos. Estava pálida, mas não tanto que parecesse doente. Era evidente que não se expunha ao sol e que usava maquilhagem quando saíam, embora não tanto que se transformasse em alguém diferente. Um pouco de batom e um toque de rímel para alongar as pestanas parecia ser tudo o que usava mas, claro, ele não era perito em assuntos femininos.
Gostava que não fosse cúmplice do ridículo plano do seu pai, embora ele achasse que o melhor para todas as partes envolvidas era conhecer a história completa desde o princípio.
A sua parte canalha gostava que sentisse afeto por ele, que os seus sentimentos estivessem livres de maquinações. Se a palavra que Ashley tinha dito na noite anterior não resultava do facto de sentir-se levada pela situação, «afeto» era um termo errado. Ela dissera que o amava. Isso complicava o assunto e dava-lhe uma certa dose de satisfação.
Enquanto para ele o casamento era um caso de necessidade e conveniência, além de uma oportunidade de conseguir uma excelente fusão empresarial, a ideia de que ela concordasse casar-se por essas mesmas razões incomodava-o muito. Embora isso o tornasse um hipócrita, gostava que quisesse casar com ele porque o desejava e até porque o amava.
Antes, tinha que terminar os preliminares. Um deles era tornar oficial o compromisso. Ela ainda não sabia, mas em breve tornar-se-ia mulher de Devon Carter.
Com cuidado, soltou-se dos seus braços e pernas. Estava profundamente adormecida, por isso não precisava de preocupar-se.
Levantou-se, vestiu o roupão e olhou para a cama. Por uns segundos, ficou paralisado perante a sua imagem. O sol entrava pela janela e banhava-a com os seus raios. Tinha o cabelo loiro desalinhado e estendido sobre a almofada. Um dos seus braços impedia a visão completa dos seus seios, mas sob o cotovelo assomava-se um mamilo.