8:1.8 (91.5) Esses são os tempos magnos e assombrosos da expansão criativa do Pai e do Filho, pela ação e na ação da representante conjunta e executiva exclusiva Deles, a Terceira Fonte e Centro. Não existe nenhum registro desses tempos agitados. Contamos apenas com essas escassas revelações do Espírito Infinito, para consubstanciar essas transações poderosas, e Ele meramente confirma o fato de que o universo central e tudo o que a ele pertence, eternizou-se simultaneamente com a realização da Sua personalidade e existência consciente.
8:1.9 (91.6) Em suma, o Espírito Infinito atesta que, sendo Ele eterno, assim também o universo central é eterno. E esse é o ponto de partida tradicional da história do universo dos universos. Absolutamente nada é conhecido e não existe nenhum registro, a respeito de qualquer evento ou transação, antes dessa erupção estupenda de energia criativa e de sabedoria administrativa, que cristalizou o vasto universo, o qual existe e funciona tão sutilmente, no centro de todas as coisas. Para além desse evento, repousam as inescrutáveis transações da eternidade e as profundezas da infinitude — o mistério absoluto.
8:1.10 (91.7) E assim, pois, retratamos a origem da Terceira Fonte e Centro, de modo seqüencial, em uma condescendência interpretativa às mentes das criaturas mortais atadas ao tempo e condicionadas pelo espaço. A mente do homem deve ter um ponto de partida para visualizar a história do universo, e eu fui instruído a proporcionar, nessa técnica de abordagem, o conceito histórico da eternidade. Na mente material, a coerência exige uma Causa Primeira; por isso é que postulamos o Pai Universal como a Primeira Fonte e o Centro Absoluto de toda a criação, ao mesmo tempo ensinando, às mentes de todas as criaturas, que o Filho e o Espírito são co-eternos com o Pai, em todas as fases da história do universo e em todos os reinos da atividade criadora. E fazemos isso sem estarmos sendo, em nada, desatenciosos para com a realidade e a eternidade da Ilha do Paraíso, nem para com o Absoluto Inqualificável, o Absoluto Universal ou o Absoluto da Deidade.
8:1.11 (92.1) Já é como ir longe o bastante, para a mente material dos filhos do tempo, conceber o Pai na eternidade. Sabemos que qualquer filho pode relacionar-se melhor com a realidade, se primeiro dominar os relacionamentos da situação pai-filho, e se depois, ampliando esse conceito, abranger a família como um todo. Subseqüentemente, a mente em crescimento do filho, tornar-se-á capaz de ajustar-se ao conceito das relações familiares, às relações com a comunidade, a raça e o mundo, para então se ajustar às relações com o universo, o superuniverso e até mesmo com o universo dos universos.
2. A Natureza do Espírito Infinito
8:2.1 (92.2) O Criador Conjunto vem da eternidade e é, plena e inqualificavelmente, Uno com o Pai Universal e com o Filho Eterno. O Espírito Infinito reflete, em perfeição, não apenas a natureza do Pai do Paraíso, mas também a natureza do Filho Original.
8:2.2 (92.3) A Terceira Fonte e Centro é conhecida por numerosos títulos: Espírito Universal, Guia Supremo, Criador Conjunto, Executivo Divino, Mente Infinita, Espírito dos Espíritos, Espírito Materno do Paraíso, Agente Conjunto, Coordenador Final, Espírito Onipresente, Inteligência Absoluta, Ação Divina; e, em Urântia, algumas vezes é confundida com a mente cósmica.
8:2.3 (92.4) É totalmente apropriado denominar de Espírito Infinito, a Terceira Pessoa da Deidade, pois Deus é espírito. Entretanto, as criaturas materiais, que tendem ao erro de encarar a matéria como a realidade básica e a mente, junto com o espírito, como postulados tendo as suas raízes na matéria, compreenderiam melhor a Terceira Fonte e Centro, se Esta fosse denominada Realidade Infinita, Organizador Universal ou Coordenador da Personalidade.
8:2.4 (92.5) O Espírito Infinito, como uma revelação da divindade no universo, é inescrutável e totalmente além da compreensão humana. Para captardes a absolutez do Espírito, necessitais apenas de contemplar a infinitude do Pai Universal e de vos assombrardes com a eternidade do Filho Original.
8:2.5 (92.6) De fato, há mistério na pessoa do Espírito Infinito, mas não tanto quanto na pessoa do Pai ou do Filho. De todos os aspectos da natureza do Pai, o Criador Conjunto revela a infinitude Dele do modo mais espetacular. Ainda que o universo-mestre se expanda finalmente até à infinitude, a presença do Espírito, o controle da energia e o potencial da mente do Agente Conjunto seriam adequados para enfrentar as demandas de uma criação ilimitada.
8:2.6 (92.7) Ainda que compartilhe, em todos os sentidos, da perfeição, retidão e amor do Pai Universal, o Espírito Infinito tem uma inclinação para os atributos de misericórdia do Filho Eterno, tornando-se assim o ministro da misericórdia das Deidades do Paraíso, para o grande universo. Para todo o sempre, — universal e eternamente — , o Espírito é um ministrador da misericórdia, pois, como os Filhos divinos revelam o amor de Deus, da mesma forma o Espírito Divino retrata a misericórdia de Deus.
8:2.7 (93.1) Não é possível que o Espírito possa ter mais bondade do que o Pai, pois toda bondade tem origem no Pai. Contudo, é nos atos do Espírito que melhor podemos compreender esta bondade. A fidelidade do Pai e a constância do Filho são tornadas reais, para os seres espirituais e para as criaturas materiais das esferas, por meio do ministério do amor e do serviço incessante das personalidades do Espírito Infinito.
8:2.8 (93.2) O Agente Conjunto herda toda a beleza de pensamento do Pai e todo o Seu caráter de Verdade. E estes traços sublimes da divindade estão coordenados Nele, em níveis quase supremos da mente cósmica e em subordinação à sabedoria infinita e eterna da mente incondicionada e ilimitada da Terceira Fonte e Centro.
3. A Relação do Espírito com o Pai e com o Filho
8:3.1 (93.3) Como o Filho Eterno é a expressão verbal do “primeiro” pensamento absoluto e infinito do Pai Universal, também o Agente Conjunto é a execução perfeita do “primeiro” conceito criativo completo, ou plano de ação combinada, da associação das personalidades de Pai-e-Filho, em união absoluta de pensamento-palavra. A Terceira Fonte e Centro eterniza-se concomitantemente com o “fiat” da criação central; e, dentre todos os universos, apenas essa criação central é eterna em existência.
8:3.2 (93.4) Desde a personalização da Terceira Fonte, a Primeira Fonte não mais participa pessoalmente da criação do universo. O Pai Universal delega tudo o que é possível ao Seu Filho Eterno e, do mesmo modo, o Filho Eterno outorga toda a autoridade e todo o poder possíveis ao Criador Conjunto.
8:3.3 (93.5) O Filho Eterno e o Criador Conjunto planejaram e idealizaram, em conjunto e por intermédio das Suas personalidades coordenadas, cada universo pós-Havona que foi trazido à existência. O Espírito mantém, com o Filho, em toda a criação subseqüente, a mesma relação pessoal que o Filho mantém com o Pai, quando da primeira criação central.
8:3.4 (93.6) Um Filho Criador, do Filho Eterno, e um Espírito Criativo Materno, do Espírito Infinito, criaram o vosso universo e vos criaram; e, enquanto o Pai mantiver fielmente aquilo que Eles organizaram, cabe a esse Filho do Universo e a esse Espírito Materno do Universo incentivar e sustentar o seu próprio trabalho, bem como ministrar às criaturas da própria criação deles.
8:3.5 (93.7) O Espírito Infinito é o agente efetivo do Pai, pleno de amor, e do Filho, pleno de misericórdia, na execução do projeto conjunto, que Eles mantêm, de atrair a Si todas as almas amantes da verdade de todos os mundos do tempo e do espaço. No exato instante em que o Filho Eterno aceitou o plano do Seu Pai, de perfeccionamento para as criaturas dos universos, no momento em que o projeto de ascensão tornou-se um plano do Pai-Filho, nesse instante, o Espírito Infinito tornou-se o administrador conjunto do Pai e do Filho, para a execução do propósito unificado e eterno Deles. E, assim fazendo, o Espírito Infinito devotou todos os Seus recursos, de divina presença e das Suas personalidades espirituais, ao Pai e ao Filho; ele dedicou tudo ao plano estupendo de elevar as criaturas volitivas sobreviventes até as alturas divinas da perfeição do Paraíso.