41:7.12 (463.12) Vós poderíeis tentar visualizar a temperatura de 19 400 000 graus (C), associando-a a algumas pressões de gravidade, como o ponto de ebulição eletrônico. Sob essa pressão, e em tais temperaturas, todos os átomos são degradados e fragmentam-se nos seus componentes eletrônicos e em outros componentes ancestrais; até mesmo os elétrons e outras associações de ultímatons podem ser fragmentadas, mas os sóis não são capazes de degradar os ultímatons.
41:7.13 (463.13) Essas temperaturas solares aceleram enormemente os ultímatons e os elétrons, ou, ao menos aqueles elétrons que continuam a manter sua existência sob tais condições. Vós compreendereis o que essa alta temperatura significa na aceleração das atividades dos ultímatons e dos elétrons, ao considerardes que uma gota de água comum contém mais de um bilhão de trilhões de átomos. Essa seria a energia de mais de cem cavalos-vapor exercida continuamente por dois anos. A quantidade total de calor irradiada agora pelo sol desse sistema solar, a cada segundo, é suficiente para ferver toda a água em todos os oceanos de Urântia no tempo de apenas um segundo.
41:7.14 (464.1) Somente os sóis que funcionam nos canais diretos das correntes principais da energia do universo podem brilhar para sempre. Esses fornos solares ardem indefinidamente, sendo capazes de repor as suas perdas materiais com a absorção da energia de força do espaço e energias circulantes análogas. Todavia, estrelas muito distantes desses canais principais de recarga estão destinadas a passar pelo esgotamento da energia — gradualmente resfriam-se e, finalmente, apagam-se.
41:7.15 (464.2) Tais sóis, mesmo mortos ou moribundos, podem ser rejuvenescidos por um impacto de colisão ou podem ser recarregados por certas ilhas de energias não luminosas do espaço, ou ainda mediante a tomada, por gravidade, de sóis vizinhos menores, ou sistemas. A maioria dos sóis mortos irá experienciar uma revivificação por meio dessas técnicas evolucionárias ou outras. Aqueles que não forem recarregados finalmente desse modo estão destinados a passar pela desintegração, com a explosão da massa, quando a condensação da gravidade atingir o nível crítico de condensação ultimatômica da pressão da energia. Esses sóis em desaparecimento convertem-se, assim, em energia da forma mais rara, admiravelmente adaptável para energizar outros sóis mais favoravelmente situados.
8. Reações da Energia Solar
41:8.1 (464.3) Naqueles sóis que se encontram encircuitados aos canais de energia-espacial, a energia solar é liberada por meio de várias correntes de reações nucleares complexas; a mais comum destas sendo a reação hidrogênio-carbono-hélio. Nessa metamorfose, o carbono age como um catalisador para a energia, já que não é de nenhum modo modificado, de fato, nesse processo de conversão do hidrogênio em hélio. Sob certas condições de temperatura elevada, o hidrogênio penetra nos núcleos do carbono. Já que o carbono não pode segurar mais do que quatro desses prótons, quando tal estado de saturação é atingido, ele começa a emitir prótons tão depressa quanto os novos chegam. As partículas de hidrogênio que entram nessa reação saem como átomos de hélio.
41:8.2 (464.4) A redução da quantidade de hidrogênio aumenta a luminosidade de um sol. Nos sóis destinados a apagar-se, o máximo de luminosidade se dá no ponto em que o hidrogênio se esgota. Depois desse ponto, o brilho é mantido por meio do processo resultante de contração da gravidade. Finalmente, essa estrela tornar-se-á uma esfera altamente condensada, a chamada anã branca.
41:8.3 (464.5) Nos grandes sóis — pequenas nebulosas circulares — , quando o hidrogênio se esgota e a contração da gravidade sobrevém, se esse corpo não for suficientemente opaco para reter a pressão interna de suporte para as regiões externas dos gases, então, um súbito colapso ocorre. As mudanças da gravidade elétrica dão origem a grandes quantidades de partículas mínimas desprovidas de potencial elétrico, e essas partículas prontamente escapam do interior solar causando assim, em poucos dias, o colapso de um sol gigantesco. Foi a emigração dessas “partículas fugitivas” que provocou o colapso do gigante Nova, da nebulosa de Andrômeda, há cerca de cinqüenta anos atrás. Esse imenso corpo estelar entrou em colapso em quarenta minutos do tempo de Urântia.
41:8.4 (464.6) Regra geral, continua uma farta expulsão de matéria em torno do sol residual, em resfriamento, na forma de nuvens extensas de gases de nebulosas. E tudo isso explica a origem de vários tipos de nebulosas irregulares, como a nebulosa de Câncer, que teve a sua origem há cerca de novecentos anos, e que ainda exibe a esfera-mãe como uma estrela solitária próxima do centro dessa massa nebulosa irregular.
9. A Estabilidade dos Sóis
41:9.1 (465.1) Um controle de gravidade, sobre os seus elétrons, é mantido de tal modo pelos sóis maiores, que a luz escapa apenas com a ajuda dos poderosos raios X. Esses raios colaboradores penetram em todo o espaço e servem para a manutenção das associações ultimatômicas fundamentais de energia. As grandes perdas de energia nos dias iniciais de um sol, depois de haver atingido a sua temperatura máxima — de mais de 19 400 000 graus (C) — , são devidas, não tanto ao escape da luz, quanto aos vazamentos ultimatômicos. Essas energias dos ultímatons se projetam na direção do espaço exterior, para participar da aventura da associação eletrônica e da materialização da energia, como uma verdadeira explosão de energia durante os tempos da adolescência solar.
41:9.2 (465.2) Os átomos e os elétrons estão sujeitos à gravidade. Os ultímatons não estão sujeitos à gravidade local, à interação da atração material, mas eles são totalmente obedientes à gravidade absoluta ou do Paraíso, à tendência, ao impulso, do círculo universal e eterno do universo dos universos. A energia ultimatômica não obedece à atração da gravidade linear, ou direta, das massas materiais próximas ou distantes, mas ela sempre gira de acordo com o circuito da grande elipse da enorme criação.
41:9.3 (465.3) O vosso próprio centro solar irradia quase cem bilhões de toneladas de matéria real, anualmente, enquanto os sóis gigantes perdem matéria em uma taxa prodigiosa durante o seu crescimento inicial, os primeiros bilhões de anos. A vida de um sol torna-se estável depois que a temperatura interna máxima é atingida, e depois que as energias subatômicas começam a ser liberadas. É nesse ponto crítico que os sóis maiores são dados a ter pulsações convulsivas.
41:9.4 (465.4) A estabilidade do sol é totalmente dependente do equilíbrio da disputa entre o aquecimento e a gravidade — pressões tremendas contrabalançadas por temperaturas inimagináveis. A elasticidade interior do gás dos sóis mantém as camadas sobrepostas de materiais variados e, quando a gravidade e o calor estão em equilíbrio, o peso dos materiais externos iguala-se exatamente à pressão da temperatura dos gases subjacentes e interiores. Em muitas estrelas mais jovens, a condensação contínua da gravidade produz temperaturas internas sempre crescentes e, à medida que o calor interno cresce, a pressão interna dos raios X, nos ventos dos supergases, torna-se tão grande que, ajudada pelos movimentos centrífugos, leva um sol a começar a atirar ao espaço a sua camada exterior, compensando, assim, o desequilíbrio entre a gravidade e o calor.
41:9.5 (465.5) O vosso próprio sol há muito atingiu um relativo equilíbrio entre os ciclos de sua expansão e sua contração, aquelas perturbações que produzem as pulsações gigantescas de muitas das estrelas mais jovens. O vosso sol tem atualmente cerca de seis bilhões de anos de idade. No momento presente, ele está passando pelo seu período de maior economia. Ele brilhará com a eficiência da fase presente por mais de vinte e cinco bilhões de anos. E, provavelmente, experimentará um período de declínio, parcialmente eficiente, tão longo quanto os períodos somados da sua juventude e do seu funcionamento estável.
10. A Origem dos Mundos Habitados
41:10.1 (465.6) Algumas das estrelas variáveis, no estado de pulsação máximo ou próximo dele, estão em processo de