19:5.11 (221.1) Não acredito que os Espíritos Inspirados da Trindade estejam brincando de esconde-esconde comigo. Eles estão tentando, muito provavelmente, revelar-se a mim, tanto quanto eu estou tentando comunicar-me com eles; as nossas dificuldades e limitações devem ser mútuas e inerentes. Sinto-me contente de não haver segredos arbitrários no universo e, por isso, nunca cessarei os meus esforços para resolver o mistério do isolamento desses Espíritos que pertencem à minha ordem de criação.
19:5.12 (221.2) E, de tudo isso, vós, mortais, que estais dando os primeiros passos na jornada eterna, podeis concluir que deveis avançar ainda por um longo caminho antes de conseguirdes progredir pela “vista” e pela certeza “material”. Por um longo tempo, ainda, usareis da fé e dependereis da revelação, se esperardes progredir rápida e seguramente.
6. Os Nativos de Havona
19:6.1 (221.3) Os nativos de Havona são uma criação direta da Trindade do Paraíso, e o seu número é maior do que as vossas mentes circunscritas podem conceber. Tampouco é possível, aos urantianos, conceber os dons inerentes a criaturas tão divinamente perfeitas quanto essas raças do universo eterno originárias da Trindade. Não podeis ainda visualizar verdadeiramente essas criaturas gloriosas; antes, deveis esperar a vossa chegada a Havona, quando então podereis saudá-las como espíritos companheiros.
19:6.2 (221.4) Durante a vossa longa permanência naquele bilhão de mundos da cultura de Havona, ireis desenvolver uma eterna amizade por esses seres magníficos. E quão profunda, e crescente, é tal amizade entre a mais baixa das criaturas pessoais do mundo do espaço e esses elevados seres pessoais, nativos das esferas perfeitas do universo central! Os mortais ascendentes, na sua ligação longa e amorosa comos nativos de Havona, realizam muito para compensar o empobrecimento espiritual dos estágios iniciais da sua progressão mortal. Ao mesmo tempo, por meio dos seus contatos com os peregrinos ascendentes, os havonianos adquirem uma experiência que compensa, de um modo considerável, as limitações experienciais de terem sempre vivido uma vida de perfeição divina. Os benefícios, tanto para o mortal ascendente quanto para o nativo de Havona, são grandes e mútuos.
19:6.3 (221.5) Os nativos de Havona, como todas as outras personalidades originárias da Trindade, são concebidos na perfeição divina e podem ter as suas reservas de dons experienciais ampliadas com o passar do tempo, tal como acontece às outras personalidades originárias da Trindade. Contudo, diferentemente dos Filhos Estacionários da Trindade, os havonianos podem evoluir em status, podem ter um futuro não-revelado de eternidade-destino. E isso é ilustrado por aqueles havonianos que, por meio do serviço, factualizam a sua capacidade de fusão com um fragmento (não-Ajustador) do Pai, qualificando-se, assim, para serem membros do Corpo Mortal de Finalidade. E há outros corpos de finalitores abertos para recepcionar esses nativos do universo central.
19:6.4 (221.6) A evolução, em status, dos nativos de Havona tem ocasionado muita especulação em Uversa. Posto que eles estejam constantemente infiltrando-se nos vários Corpos de Finalidade do Paraíso, e já que eles não mais têm sido criados, torna-se evidente que o número de nativos que permanece em Havona esteja constantemente diminuindo. As conseqüências últimas dessas transações nunca foram reveladas a nós, mas jamais acreditamos que Havona chegue a ser despojada inteiramente dos seus nativos. Temos alimentado a teoria de que os havonianos cessarão, em algum tempo, possivelmente, de integrar os corpos de finalitores, durante as idades das criações sucessivas nos níveis do espaço exterior. Também alimentamos o pensamento de que, nessas idades subseqüentes do universo, o universo central poderá ser povoado por um grupo misto de seres residentes, a cidadania consistindo, apenas em parte, de nativos originais de Havona. Não sabemos qual ordem ou tipo de criatura pode assim estar destinada ao status residencial, na Havona do futuro, mas pensamos:
19:6.5 (222.1) 1. Nos univitátias, que são presentemente os cidadãos permanentes das constelações dos universos locais.
19:6.6 (222.2) 2. Nos tipos futuros de mortais, que podem nascer nas esferas habitadas dos superuniversos, na florescência das idades de luz e vida.
19:6.7 (222.3) 3. Na aristocracia espiritual vindoura, dos espaços exteriores sucessivos.
19:6.8 (222.4) Sabemos que a Havona da idade anterior do universo era, de certo modo, diferente da Havona da idade presente. Consideramos que seja não mais do que razoável supor que estamos agora presenciando, no universo central, aquelas mudanças lentas que antecipam as idades que virão. Uma coisa é certa: o universo é não estático; apenas Deus é imutável.
7. Os Cidadãos do Paraíso
19:7.1 (222.5) Há numerosos grupos de seres magníficos residindo no Paraíso: os Cidadãos do Paraíso. Eles não estão diretamente ligados ao esquema de perfeccionamento das criaturas volitivas ascendentes; e, por isso, não são plenamente revelados aos mortais de Urântia. Há mais de três mil ordens dessas inteligências supernas; o último desses grupos foi personalizado simultaneamente com o mandado da Trindade, o qual promulgou o plano criador dos sete superuniversos no tempo e no espaço.
19:7.2 (222.6) Os Cidadãos do Paraíso e os nativos de Havona, algumas vezes, são designados coletivamente como as personalidades do Paraíso-Havona.
19:7.3 (222.7) Com isso, torna-se completa a história dos seres que foram trazidos à existência pela Trindade do Paraíso. Nenhum deles jamais se desviou. E, todavia, no sentido mais elevado, todos são dotados de livre-arbítrio.
19:7.4 (222.8) Os seres originários da Trindade possuem prerrogativas de trânsito, o que os torna independentes das personalidades de transporte, tais como os serafins. Todos possuímos o poder de movimentar-nos livre e rapidamente, no universo dos universos. Excetuando-se os Espíritos Inspirados da Trindade, não podemos atingir a quase inacreditável velocidade dos Mensageiros Solitários, mas somos capazes de utilizar a soma total dos meios de transporte disponíveis no espaço para chegar a qualquer ponto, dentro de um superuniverso, partindo da sua sede-central, em menos de um ano do tempo de Urântia. Foram necessários 109 dias do vosso tempo para que eu viajasse de Uversa a Urântia.
19:7.5 (222.9) Por meio das mesmas vias, somos capazes de intercomunicar-nos instantaneamente. Toda a nossa ordem de criação acha-se em contato com cada um dos indivíduos compreendidos por todas as divisões de filhos da Trindade do Paraíso, salvo apenas os Espíritos Inspirados.
19:7.6 (222.10) [Apresentado por um Conselheiro Divino de Uversa.]
O Livro de Urântia
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Documento 20
Os Filhos de Deus, do Paraíso
20:0.1 (223.1) OS FILHOS de Deus, pelo modo como funcionam no superuniverso de Orvônton, são classificados sob as seguintes três linhagens principais:
20:0.2 (223.2) 1. Os Filhos Descendentes de Deus
20:0.3 (223.3) 2. Os Filhos Ascendentes de Deus
20:0.4 (223.4) 3. Os Filhos Trinitarizados de Deus
20:0.5 (223.5) As ordens descendentes de filiação incluem personalidades que são de criação divina e direta. Os filhos ascendentes, tais como as criaturas