Unidos pela paixão. Caitlin Crews. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Caitlin Crews
Издательство: Bookwire
Серия: Sabrina
Жанр произведения: Языкознание
Год издания: 0
isbn: 9788413484921
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O que não entendo é como conseguiste manter a inocência durante todo este tempo.

      Ela abriu a boca para responder, mas estava distraída com o modo como lhe tocava. Aquelas mãos enormes mexiam-se por todo o seu corpo, espalhando o calor e as sensações onde tocava. Não se mexeu dentro dela. Não a penetrou nem fez nenhuma das coisas que Susannah esperava que fizesse. Só a acariciou, instalado em cima dela como se pudesse esperar para sempre. O nó que Susannah tinha no mais profundo da barriga começou a fechar-se. E, depois, transformou-se em algo muito maior e selvagem.

      – Não sei o que queres dizer – disse Susannah, finalmente, pestanejando. – Sou a tua viúva. É claro que sou virgem. Morreste antes de conseguires remediá-lo.

      Se restava alguma dúvida de que fingia não recordar, desapareceu por completo. Porque olhou para ela de um modo que era cem por cento de Leonidas Betancur. O homem duro e desumano que recordava perfeitamente. O homem que estava de branco quando ela entrara naquele sítio.

      Esquecera realmente quem era? E nesse caso, quando voltara a recordar?

      – É difícil de acreditar, conhecendo os meus primos – declarou ele, oferecendo-lhe mais provas. Inclinou a cabeça para um lado. Brilhavam-lhe os olhos. – Imaginava que se precipitariam sobre a minha viúva como um bando de abutres.

      – Fizeram-no, é claro.

      – Mas suponho que o teu amor por mim fosse tão grande que te impediu de aceitar uma oferta melhor quando apareceu – murmurou Leonidas, com sarcasmo e uma expressão cínica nos olhos.

      E o nó que Susannah tinha no estômago tornou-se mais duro.

      – Talvez te surpreenda saber que não gosto muito dos teus primos – replicou, agarrando-o pelos ombros como se tencionasse afastá-lo. Mas não o fez. Os dedos curvaram-se por vontade própria. – Pedi-lhes para respeitarem o meu processo de luto. Repetidamente.

      Dessa vez, quando Leonidas se riu, Susannah sentiu a sua gargalhada dentro dela, onde estavam ligados e, depois, por todo o resto do corpo.

      – Porque ficaste de luto, pequena? – perguntou, com sarcasmo. – Por mim? Mal me conheces. Deixa-me ser o primeiro a dizer-te que não sou melhor do que os meus primos.

      – Talvez sim ou talvez não – concedeu Susannah. – Mas estou casada contigo, não com eles.

      E algo mudou em Leonidas, pôde senti-lo. Uma espécie de terramoto que o atravessou e, depois, a ela. Porém, como se não quisesse que notasse, como se quisesse fingir que não acontecera, decidiu começar a mexer-se.

      Tudo voltou a mudar por completo. Porque ela estava muito húmida e ele, muito duro e muito profundo. Susannah nunca sentira algo igual. O movimento, o toque. A pressão, o calor. O prazer puro e selvagem que parecia correr-lhe pelas veias, transformando-se num líquido quente e brilhante.

      Indecisa, mas com uma confiança crescente, aprendeu a seguir o ritmo lento e constante. Apesar da sua total falta de experiência, atrever-se-ia a dizer que estava a ser cuidadoso de certo modo. Embora houvesse alguma coisa na sua lentidão que a abria completamente com cada movimento intenso.

      Sentiu que se aproximava do clímax outra vez, que se dirigia para aquele fogo impossível que nunca experimentara até àquele dia, e soube, pela intensidade do rosto de Leonidas por cima do dela, que ele sabia. Que estava a fazê-lo deliberadamente.

      E aquilo libertou-a. Não lutou contra isso. Não tentou afastar a resposta selvagem do seu corpo. Talvez, mais tarde, lamentasse ter-se rendido, mas agora, ali, parecia-lhe o natural. Necessário.

      Agarrou-se a ele e deixou que a levasse para qualquer lugar que fossem. Era o seu marido e regressara de entre os mortos. Aquilo fora o que mais desejara no mundo. Perdera-o durante todos aqueles anos e não soubera até àquele momento. Até Leonidas tocar nela e tudo mudar. Até estarem tão profundamente ligados que duvidava que pudesse voltar a ser a mesma de antes.

      Leonidas deslizou a mão entre eles e encontrou o centro do seu corpo com os dedos deliciosos e duros. Depois, piorou as coisas. Melhorou.

      – Agora! – ordenou, com cada centímetro do seu ser a controlar a situação. A controlá-la.

      E Susannah obedeceu. Desfez-se. Desfez-se e voou como um objeto brilhante e veloz.

      E pareceu-lhe ouvi-lo a dizer o seu nome quando a seguiu.

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