Normalmente, tinha vários compromissos e, com frequência, viajava para o estrangeiro, tanto para forjar novas relações como para tentar reparar as que o reinado do seu pai destruíra.
Chamou uma das massagistas e aproximou-se da mesa grande de mármore que havia no centro da zona onde se deitou de barriga para baixo para que lhe esfregassem a pele com sal.
Depois, levantar-se-ia e passar-se-ia por água na cascata. Olhou para o deserto daquele ponto de vista privilegiado. Poucos sabiam que existia, mas havia uma vista sem interrupções da areia do deserto e do céu.
Mais tarde, chamaria uma mulher do harém.
O pai continuava a pressioná-lo regularmente para que escolhesse uma esposa, mas Ilyas recusava-se.
E quem podia culpá-lo?
Ao longo de um dos túneis, conseguia ouvir as gargalhadas distantes do harém e, por cima dele, havia um cordão de veludo que podia puxar quando quisesse. Deitado ali, com a cabeça no antebraço e a pensar em sexo, recordou a mulher da fotografia que Mahmoud lhe mostrara.
Mãos peritas trabalhavam na parte inferior das suas costas, mas não foi a habilidade da massagista que fez com que Ilyas mudasse de posição na laje fria de mármore.
O que o excitou foi pensar na mulher com uma labareda de cabelo avermelhado e pele pálida e sardenta.
– Alteza… – O som da voz de Mahmoud não foi nada bem-vindo. – Peço desculpas por o incomodar.
– O que se passa agora? – perguntou Ilyas, com raiva.
– A mulher da fotografia. Descobri que continua no país. Aparentemente, esta noite, inscreveu-se para um passeio.
– Então, é verdade que é estúpida – resmungou Ilyas. Pois ninguém com sensatez permaneceria num país que ameaçara de um modo tão explícito.
– Rastreámos o telemóvel dela e parece que irá ao passeio das estrelas.
– Esta noite, haverá poucas estrelas, visto que se espera um simum. – Só o esperavam no dia seguinte, mas o vermelho do céu já era um presságio. – Esta noite, não devia haver turistas no deserto.
– O passeio saiu. Ela está lá fora, Alteza – disse Mahmoud e apontou para o deserto.
Ilyas sabia que alguns operadores turísticos ignoravam os avisos. Era um problema recorrente, mas não era o que o preocupava naquele momento.
– Traz-ma.
– Aqui? – Mahmoud parecia surpreendido. – Se o rei descobrir…
– Aqui não – interrompeu Ilyas. – Faz com que a levem para a casa do deserto. Vou falar com ela lá.
– Pode ficar isolado por causa da tempestade.
Ilyas estava habituado aos truques do deserto e desfrutava sempre da sua estadia lá. Procurava força e sabedoria e a ideia de ficar isolado não o preocupava.
– Talvez essa tal Suzanne devesse ter considerado isso antes de fazer as suas ameaças – declarou.
Despediu-se de Mahmoud com um gesto, levantou-se da mesa de mármore e aproximou-se da cascata.
Ocupar-se-ia daquela mulher impossível e, depois, escolheria uma do harém.
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