Editado por Harlequin Ibérica.
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© 2002 Lynne Graham
© 2019 Harlequin Ibérica, uma divisão de HarperCollins Ibérica, S.A.
Dormindo com o inimigo, n.º 699 - setembro 2020
Título original: The Contaxis Baby
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1348-800-4
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
Quando Sebasten Contaxis se aproximou de Ingrid Morgan para lhe dar os pêsames pela perda do seu único filho, a mulher apoiou-se no seu peito e começou a chorar como se lhe tivessem arrancado o coração.
As outras pessoas presentes naquela casa de Brighton olharam-nos com curiosidade. Aquele homem alto, forte, bronzeado e de aspecto autoritário parecia-se muito com… Não, não podia ser. Como podia estar ali? Como poderia o magnata grego da electrónica estar no funeral de Connor? Alguém se apercebeu que uma limusina se encontrava estacionada na rua e que dois guarda-costas esperavam junto à porta principal. Então, começou o murmurinho.
Com os olhos vidrados, Sebasten esperou que Ingrid se acalmasse um pouco.
– Podemos falar em privado?
– Continuas empenhado em não manchar o meu nome? – disse Ingrid levantando a cara. Sebasten ficou impressionado com o sofrimento que viu espelhado nos seus traços, outrora bonitos. Deu-se conta que o amor que Ingrid sentia pelo seu filho ultrapassava o que tinha sentido pelo seu pai, também falecido. – Tanto me faz. O Connor foi para um lugar onde o meu passado já não o pode envergonhar…
Ingrid acompanhou-o até um elegante escritório e serviu duas bebidas. Sempre tinha sido magra, mas agora estava esquelética, aparentava mais idade do que os cinquenta anos que tinha. Fora a amante do seu pai durante bastante tempo e muitas das poucas recordações que Sebasten tinha da sua infância deviam-se a ela e a Connor, que era cinco anos mais novo do que ele. Tinha-o tratado sempre como o irmão mais novo que nunca teve. Transformou-se num estupendo jogador de pólo que as mulheres, e também os homens, adoravam. Há um ano que Sebasten não o via.
– Mataram-no… – disse Ingrid.
Sebasten não disse nada. Ouvira dizer que o acidente de viação que o seu irmão sofrera não fora realmente um acidente, mas sim um suicídio, e sabia que não havia forma mais dolorosa de perder um ser querido. Sabia que Ingrid precisava de falar e que escutar era o melhor que podia fazer por ela naquele momento.
– Gostei da Lisa Denton… Quando conheci aquela víbora gostei dela! – exclamou Ingrid amargurada. – Percebi que o Connor estava apaixonado por ela quando deixou de me contar tudo. Isso magoou-me, mas tinha vinte e quatro anos, e acabei por não dizer nada.
– Lisa Denton? – repetiu Sebasten.
– Uma menina rica e mimada que desfruta do facto de enlouquecer os homens! Em apenas três meses, o Connor apaixonou-se perdidamente por ela. Depois, sem aviso prévio nem justificação, ela cansou-se dele. Deixou-o numa festa há duas semanas… apresentou-se com outro… e não com o Connor… Os pais contaram-me tudo!
Ingrid fez uma pausa para engolir saliva com dificuldade.
– O Connor suplicou-lhe, mas ela nem o telefone atendia. O pobre não tinha feito nada. Não conseguiu suportar – soluçou Ingrid. – Não conseguia dormir e decidiu ir dar uma volta de carro a meio da noite e embateu numa parede!
Sebasten abraçou-a, enquanto pensava com desgosto naquilo que ela lhe acabara de contar. Supôs que não teria custado muito a uma mulherzinha daquele género manipular Connor como se fosse manteiga.
– Vais odiar-me pelo que te vou dizer…
– Não digas asneiras.
– O Connor era teu meio-irmão.
Sebasten suspirou e olhou nos olhos de Ingrid.
– Não… é possível – disse. Não queria que fosse verdade, já não podia fazer nada.
Ingrid não conseguia deixar de chorar e de se justificar. Sebasten olhou-a como se nunca a tivesse visto. Nunca o tinha dito a Andros, o seu pai, porque sabia que era um homem que não gostava de ver o nome da sua família manchado por escândalos.
– Se o Andros tivesse sabido, ter-me-ia obrigado a abortar. Deixei-o e fui-me embora. Voltei dezoito meses depois e disse que tinha tido outra relação que não tinha dado certo. Supliquei… até que me aceitou novamente.
– Porque não me disseste antes? – explodiu Sebasten. Numa questão de segundos, a morte de Connor tinha passado de algo muito triste para lhe embrulhar, literalmente, o estômago. Sabia a resposta para a sua pergunta. Sabia que Ingrid não tinha dito nada por medo,