Editado por Harlequin Ibérica.
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© 2002 Sara Craven
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Mais do que uma dúvida, n.º 698 - setembro 2020
Título original: His Convenient Marriage
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência.
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I.S.B.N.: 978-84-1348-799-1
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
– Chessie… Oh, Chess, não vais acreditar no que ouvi nos correios.
Francesca Lloyd franziu ligeiramente o nariz, mas não afastou os olhos do monitor do computador, quando a sua irmã mais nova entrou na sala.
– Jen, já te disse um milhão de vezes que não deves vir para esta parte da casa, sobretudo quando estou a trabalhar.
– Deixa-te de parvoíces – Jenny sentou-se num canto da mesa depois de afastar os papéis para se poder sentar. – Tinha que te ver e o ogro ainda vai demorar umas quantas horas antes de voltar de Londres – acrescentou. – Reparei que o carro dele não estava aqui.
Chessie cerrou os lábios.
– Por favor, não lhe chames isso. Não é justo.
– Ele também não é justo – Jenny fez uma careta. – E talvez não seja preciso que continues a trabalhar para ele por muito mais tempo – excitada, respirou fundo. – Ouvi a senhora Cummings dizer que a administradora dos correios recebeu ordens para abrir novamente Wenmore Court, o que quer dizer que Alastair finalmente vai voltar.
Chessie parou de escrever momentaneamente e o seu coração deu um salto.
– A povoação vai receber a notícia com alegria – comentou Chessie, obrigando-se a manter uma voz neutral. – A casa tem estado fechada há demasiado tempo, mas seja como for, a nós não nos vai afectar.
– Por favor, Chessie, não sejas tola – Jenny suspirou, impacientemente. – Claro que nos vai afectar, não te esqueças que Alastair e tu estiveram quase noivos.
– Não – Chessie olhou para a sua irmã – não estivemos quase noivos. E não voltes a dizer isso.
– Terias sido a noiva dele se o seu pai não o tivesse mandado para os Estados Unidos para estudar Economia – replicou Jenny. – Toda a gente sabia que vocês estavam apaixonados.
– Éramos muito novos – Chessie voltou a escrever no teclado. – Aconteceram muitas coisas desde essa altura, tudo mudou.
– A sério que achas que Alastair se vai importar com o que aconteceu? – inquiriu Jenny, num tom de desafio.
– Sim, é isso que penso – ainda a magoava lembrar-se que as cartas, semanais no início, tinham-se tornado em mensais e, depois do primeiro ano, tinham parado completamente.
Desde aquela altura, a única notícia que recebera dele fora uma breve mensagem para lhe dar as condolências pela morte do seu pai.
E se Alastair soubera que Neville Lloyd tinha falecido, também deveria saber as circunstâncias da sua morte.
– Às vezes, és insuportável – declarou Jenny, num tom acusador. – Pensei que irias ficar contente com a notícia. Vim a correr para te contar.
– Jen, não deves ter ilusões – Chessie, fez um esforço para utilizar um tom de voz suave. – Já passaram três anos e eu e Alastair já não somos os mesmos – Chessie endireitou os ombros. – E agora tenho que continuar a trabalhar. Não quero que o senhor Hunter te encontre aqui outra vez.
– Está bem – Jenny desceu da mesa. – Mas adoraria que Alastair te propusesse casamento, assim poderias mandar o ogro e o seu maldito trabalho à fava.
Chessie conteve um suspiro.
– Não é um trabalho maldito. É um bom emprego e o salário também é bom. Permite-nos sobreviver e continuar na nossa casa.
– Como empregadas! – exclamou Jenny, com profunda amargura. – Mas que sorte!
Jenny saiu da sala e bateu com a porta.
Chessie ficou imóvel durante uns instantes. Preocupava-a que Jenny, apesar do tempo que correra, não se tivesse adaptado às novas circunstâncias.
A sua irmã não conseguia compreender que Silvertrees já não lhes pertencia, nem que a única parte que podiam ocupar fosse o andar da antiga governanta.
– E é isso que eu sou agora, a governanta – declarou Chessie, em voz alta.
– Não quero, nem preciso de muito serviço – dissera Miles Hunter, naquela primeira entrevista. – Preciso de alguém que se encarregue da casa com eficiência e também preciso de trabalho de secretariado.
– Que trabalho de secretariado, exactamente?