Ligação De Sangue (Ligação De Sangue – Livro 5). Amy Blankenship. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Amy Blankenship
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Серия:
Жанр произведения: Ужасы и Мистика
Год издания: 0
isbn: 9788835407171
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aí. Até o próprio envelhecimento de Ren tinha abrandado por causa de passar tanto tempo com Storm e os seus poderes.

      Ren recuou quando uma voz o sacudiu dos seus pensamentos.

      “Acabei de te tornar no orgulhoso proprietário de uma das casas mais antigas de LA” – anunciou Storm, aparecendo ao fundo do longo cais que o levava para fora da ilha. Esboçou um sorriso afetado ao ver Ren praticamente saltar fora da sua pele.

      “Raios, importas-te de fazer algum ruído quando apareces assim do nada?” Ren virou-se e encostou-se à balaustrada, vendo o olhar satisfeito no rosto de Storm.

      “Estavas à espera de outra pessoa?” Storm riu-se.

      Ren dirigiu-lhe um olhar irritado, já que nunca ninguém tinha posto os pés na sua ilha. “Ok, vou morder o isco. Porque é que me compraste um barraco velho e degradado? Nem sequer faço anos.”

      Sem aviso, Storm dirigiu-se a ele e agarrou o ombro de Ren e o oceano afastou-se, deixando-os de pé na relva e de frente para o que poderia ser uma mansão gótica moderna feita de pedra escura. Ouvindo o rebentar das ondas, Ren olhou para a direita para ver o mar. Virando-se num círculo completo, franziu o sobrolho ao notar que a estrada de acesso se prolongava até perder de vista e o lado esquerdo consistia apenas numa espessa floresta.

      “Não mau para uma cabana degradada” – Storm acenou na direção da casa. “Duzentos metros quadrados de mar à frente e remodelada com todas as atualizações. É difícil de acreditar que isto já tenha sido um pequeno castelo.

      “Nem é muito” – Ren virou a cabeça e olhou para Storm. – “Qual é a contrapartida?”

      “LA precisa de ti” – Storm encolheu os ombros e avançou. “Não consegues senti-lo?”

      Ren não respondeu enquanto seguia Storm para entrar na casa. A verdade é que o seu sensor de aranha lhe dizia para fugir a correr. Los Angeles… Para já, parecia-lhe mais umas férias forçadas.

      Uma vez lá dentro, deu por si num enorme espaço circular com uma escadaria sinuosa e aberta no lado oposto da divisão, levando ao piso superior que se dividia em duas alas separadas. Storm dirigiu-se às enormes portas duplas à direita, por isso Ren suspirou e seguiu-o.

      “Isto já é mais o meu estilo”. Ren respirou fundo ao ver sistemas de monitorização de uma parede a outra e uma secretária de vidro com computador integrado.

      “Achei que ias gostar disto”. Storm esticou-se no sofá isolado num canto vazio da divisão enorme. Observou Ren enquanto este deslizou para trás da secretária e começou a investigar os controlos. “Ninguém te consegue rastrear aqui, a não ser talvez tu mesmo…e felizmente, tu não contas.”

      Storm viu os olhos do amigo brilhar quando Ren pairou as mãos sobre o teclado. Era um poder estranho de se ter e ele não conhecia mais ninguém que o conseguisse fazer, mas era assim que Ren conseguia invadir as firewalls da PIT, que eram cem anos mais avançadas que as que o governo já tinha. Ele estava literalmente a sugar toda a informação daquele computador e, imaginava ele, ainda lhe estaria a ensinar uma coisa ou outra.

      Era engraçado, pois Ren não parecia nada um típico nerd de informática. O seu aspeto era bastante impressionante. Já tinha visto mulheres a tropeçar nos próprios pés só de olhar para ele.

      O seu cabelo passava um pouco dos ombros, de um tom negro intenso com reflexos azulados quando o sol incidia da forma certa. Mas, mesmo sem sol, não era possível passar ao lado das suas espessas madeixas prateadas que davam a Ren um aspeto mais rebelde. A juntar a isso, o brinco com cruz pendente e o facto de ele usar sempre roupa preta formavam uma combinação bastante marcante. Para potenciar ainda mais o efeito, as íris de Ren eram como prata polida, com realces azulados, e um aro negro à volta. Ele usava sempre óculos escuros devido à sua excentricidade.

      O que mais o deixava perplexo em relação a Ren era o facto de os computadores serem uma das coisas que deixavam Ren feliz no que tocava aos seus poderes. Ren era um súcubo em todos os sentidos. Se ele estivesse perto de um computador, ele alimentava-se da energia do computador quase como se de uma transferência se tratasse. Mas esta forma de súcubo também lhe permitia obter os poderes de alguém e usá-los para seu próprio benefício.

      Por exemplo, se estivesse próximo de um ser metamórfico, também ele poderia realizar metamorfose. Se estivesse perto de um demónio, teria todos os poderes que aquele tipo de demónio tivesse, mas a desvantagem é que seria como usar um espelho. Não poderia retirar os poderes do demónio. Ambos os lados teriam os mesmos poderes, por isso nem sempre era uma situação vantajosa. Sobretudo se o adversário tivesse os poderes há mais tempo e soubesse usá-los melhor.

      Uma forma de Ren usar isso a seu favor era quando havia mais de um poder paranormal ao seu alcance, podendo assim usá-los todos em seu proveito.

      Outra falha era o facto de Ren não se dar bem com os outros, por isso recusava um parceiro, o que era mesmo lamentável. Storm poderia tê-lo apresentado a pessoas poderosas e ele poderia ter espelhado qualquer um deles. Mesmo agora, se Ren se quisesse teletransportar para o outro lado do mundo e cinquenta anos para o passado, poderia fazê-lo. Felizmente, não se interessava por esse tipo de coisa. Ele via a luz nos olhos de Ren esmorecer enquanto voltava do mundo do ciberespaço.

      Ren piscou os olhos e afastou as mãos do teclado para se inclinar para trás na sua cadeira giratória. “Ninguém sabe que estou aqui?”

      “Só o Zachary” – Storm admitiu que sabia que iria ter de se debater com Ren em relação a isto. “Vou pedir ao Zachary que vigie a maioria daqueles que já cá estão”.

      “Porque é que isso não me soa nada bem?” Ren estreitou os olhos, mas teve a sensação de que não valia a pena lutar nessa batalha. “Qual é a cena da mansão e deste cenário todo? Porquê o suborno?”

      Storm levantou uma sobrancelha. “É um bocado difícil subornar alguém que pode chegar a um multibanco e pedir-lhe dinheiro.”

      “Estás a evitar a pergunta.” – atalhou Ren.

      “Deixei-te esconder das equipas de investigação paranormal durante este tempo todo. Aliás, até me juntei a ti na solidão mais vezes do que devia.” Storm levantou a mão quando Ren começou a rebater. “Sempre disseste que me ficavas a dever um favor. Estou a cobrá-lo agora.”

      “E o que seria esse favor?” – a voz de Ren perdera a sua dureza devido à sua honra. Storm tinha razão, tinha uma dívida de vida para com ele e Storm não a cobraria por motivos frívolos.

      Storm começou a caminhar de um lado para o outro em frente à secretária. “A única resposta verdadeira que te posso dar agora é que estás aqui para me ajudar a lutar. Estou a cobrar muitos favores com isto. Vou trazer os melhores elementos das equipas PIT aqui para a cidade e tu acabaste de ser promovido a segundo comandante.”

      “Que sorte a minha.” O facto de isto ter sido dito sem qualquer emoção foi ignorado por ambos.

      “O Zachary ficará no comando caso nos aconteça alguma coisa” – Storm fez questão de adicionar. “E mais cedo ou mais tarde, vocês os dois vão ter de trocar informações, sobretudo se não for possível contactar-me.”

      “Isso também não me soa bem” – Ren ficou em silêncio enquanto ponderava porque é que Storm não tinha já as respostas às suas próprias questões. Para alguém que conseguia viajar para o futuro, era estranho não saber quem sairia vitorioso de uma batalha.

      “Não vou estar por aqui durante algum tempo porque vou ter de ir caçar a maioria das equipas. Embora trabalhem aos pares, têm o irritante hábito de desaparecer do radar e formar as suas próprias missões quando passam por eles.” Passou as mãos pelo cabelo. – “Até para mim vai ser difícil localizá-los.”

      “E quando os largares aqui, vou ter de tomar conta dessa gente?” Perguntou Ren à espera de esclarecimento.

      “Não” – Storm abanou a cabeça, sorrindo com a ideia. “Estas pessoas não são crianças. O trabalho delas é o mesmo que o teu: proteger a cidade. Se comunicam entre