ASSASSINATO NA MANSÃO
(UM MISTÉRIO DE LACEY DOYLE — LIVRO UM)
FIONA GRACE
Fiona Grace
A nova autora Fiona Grace apresenta a série de MISTÉRIOS LACEY DOYLE, que inclui ASSASSINATO NA MANSÃO (Livro 1), MORTE E UM CÃO (Livro 2) e CRIME NO CAFÉ (Livro 3). Fiona adora ouvir a opinião de seus leitores, então, visite www.fionagraceauthor.com para ganhar ebooks de graça, saber as últimas novidades e manter contato.
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LIVROS DE FIONA GRACE
MISTÉRIOS DE LACEY DOYLE
ASSASSINATO NA MANSÃO (Livro 1)
MORTE E UM CÃO (Livro 2)
CRIME NO CAFÉ (Livro 3)
ÍNDICE
CAPÍTULO UM
Sem culpa.
Era o que estava escrito nos papéis do divórcio, em tinta preta e negrito, gritante contra a brancura do papel.
Sem culpa.
Lacey suspirou enquanto olhava para os documentos. O inócuo envelope de papel pardo acabara de ser entregue por um adolescente com espinhas no rosto e atitude blasé, como se estivesse entregando uma pizza. E embora Lacey soubesse imediatamente o motivo pelo qual estava recebendo uma carta pelo correio, ela não sentiu nada no momento. Foi só depois que se sentou pesadamente no sofá da sala — onde o cappuccino que ela havia abandonado ao ouvir a campainha estava na mesa de café, ainda expelindo pequenos vórtices de vapor — e retirou os documentos do envelope, que ela realmente sentiu o impacto.
Eram os documentos do divórcio.
Divórcio.
Sua reação foi gritar e jogá-los no chão, como se ela tivesse aracnofobia e tivesse acabado de receber uma tarântula viva.
E agora eles jaziam ali, espalhados pelo tapete estiloso e extremamente caro, que ela ganhou de presente de sua chefe, Saskia, na empresa de design de interiores onde trabalhava. As palavras David Bishop versus Lacey Bishop a encararam. A partir da massa sem sentido de letras, as palavras começaram a se formar diante de seus olhos: dissolução do casamento, diferenças irreconciliáveis, sem culpa...
Ela pegou os papéis timidamente.
Claro, aquilo não era uma surpresa. Afinal, David terminou o casamento de catorze anos com a exclamação: "Meu advogado vai entrar em contato com você!" Mas isso ainda não havia preparado Lacey para as consequências emocionais de realmente estar de posse dos documentos. De sentir seu peso, solidez e ver aquele texto horrível, ousado e preto declarando impecabilidade.
Era como Nova York fazia as coisas — divórcios sem culpa dão menos trabalho, certo? —, mas "sem culpa" parecia um pouco demais, no que dizia respeito a Lacey. De qualquer forma, a culpa, segundo David, era toda dela. Trinta e nove anos e nenhum bebê. Nem mesmo o menor sinal de uma ninhada. Nenhuma onda hormonal ao ver os recém-nascidos de seus amigos — e vinham aparecendo muitos, se materializado em um fluxo interminável de pequenas coisinhas boas de apertar que não faziam precisamente nada se agitar dentro dela.
"Seu tempo está