–Vou torná-la um lar maravilhoso para nós dois.
–Sei que fará isso, meu amor! Essa será nossa casa de campo, mas é claro que teremos nossa casa em Londres também.
–Quero que a casa de Londres seja bem grande para podermos receber seus amigos. Não é porque vai ser um homem casado que vai perder os amigos que tanto o estimam. Sei que as mulheres terão inveja de mim por ter como marido um homem tão inteligente, maravilhoso e atraente como você!
–Prometo que vou comprar uma casa com uma sala de jantar muito grande e com um salão de receções.
Acabando de dizer isso ele pensou se poderia mesmo comprar uma casa assim. É verdade que desde que conhecera Magnólia começara a economizar para poder oferecer as coisas mais finas à sua futura esposa.
Felizmente, com tantos amigos ricos e importantes, com certeza passaria a maior parte do tempo indo às festas que eles ofereciam do que convidando-os à sua casa. Ele tinha certeza de continuar a ser sempre bem-recebido depois de casado como agora que era solteiro.
Ele pensou então que essas festas exigiriam lindas roupas principalmente para sua esposa e imaginou como havia sido um perdulário até então. De agora em diante precisava cortar muitas das extravagâncias a que se permitia como homem solteiro que era.
Todavia, amando Magnólia como ele amava, nada seria sacrifício. Queria esquecer de si próprio e depositar tudo o que fosse mais fino aos pés dela como tributo de seu amor.
Não! Warren não podia acreditar que, tendo jurado amá-lo tanto, Magnólia pudesse casar-se com um rapaz que era tão jovem quanto ela e totalmente imaturo.
Raymond não era nada inteligente e não tinha outros interesses que não os de se divertir bastante sem se preocupar com nada sério.
O Marquês , apesar de não demonstrar, estava muito dececionado com o filho. As notas de Raymond na escola não eram boas, e por duas vezes, esteve para ser expulso de Oxford por não levar os estudos a sério.
Quando o Marquês tentava fazer com que os interesses do filho se voltassem para as vastas propriedades do pai, ele não havia demonstrado o menor entusiasmo. Só pensava mesmo naquelas terras como um meio de se divertir.
Warren jamais pensara em Raymond como um homem ou um adulto. Para ele o primo não passava de uma criança. Tampouco podia pensar nele como marido de alguém, muito menos de Magnólia.
Pensar que Magnólia ia casar-se com Raymond só pelo título de Marquês de Buckwood que ele iria herdar um dia, fez Warren sentir-se horrorizado, desgostoso, e humilhado. Todavia ele ainda a amava, ainda desejava aquela mulher e sentia que a vida sem ela não teria sentido.
Depois de chegar ao clube e de beber uma quantidade enorme de brandy, pensava que a questão não era como poderia viver sem Magnólia, mas sim que ele não queria viver sem ela.
Foi então que Edward o encontrou.
–Agora escute, Warren– disse Edward–, tenho uma sugestão a fazer c gostaria que pensasse no assunto seriamente.
–A coisa mais sensata que tenho a fazer e atirar-me no Tâmisa! Não vou me afogar porque sou um excelente nadador, mas posso morrer de frio– a voz dele era lenta e pastosa.
–Tenho uma sugestão bem melhor!
–Sugestão?!
–Quero que embarque para a África comigo!
–Para a África?!
À nota de surpresa que Edward notou na voz do amigo fez com que ele observasse que, pelo menos, havia despertado alguma curiosidade.
–Vou até a África. Quero obter material para meu novo livro. Também tenciono ir a Marrocos explorar partes do deserto de Saara. Pretendo ir a lugares onde, segundo imagino, jamais inglês algum chegou, e sempre há a oportunidade de fazermos excelentes caçadas, ou ainda, se quiser algo mais excitante, poderemos nos perder em meio a uma tempestade de areia ou, ainda, há a alternativa de sermos devorados por uma tribo hostil!
–É... qualquer dessas alternativas seria excelente para resolver meus problemas.
–Concordo em que todos esses são meios não muito comuns de se morrer.
Houve um momento de silêncio e depois Edward voltou a insistir:
–Vamos! Aceite meu convite. Tenho certeza de que não se arrependerá. Pelo menos, não vai precisar ficar sentado aqui bebendo desse jeito enquanto pensa no que sua linda Magnólia está fazendo com Raymond.
Warren ainda parecia indiferente e Edward continuou, desta vez mais expressivo:
–Pense bem na aventura que será matar répteis peçonhentos e outros animais perigosos que vão se avizinhar de nossas tendas. Pense no mau tempo e no desconforto que teremos que enfrentar quando estivermos acampando. Isso sem dizer o risco que correremos de ver nossa tenda ser arrancada pelo vento forte!
–Pelo modo como fala está querendo que eu recuse o convite! Que quadro horrível está pintando!
–Não vou prometer-lhe colchões de plumas ou os prazeres exóticos do Oriente, mas pelo menos posso assegurar que terá que lutar e não terá um dia sequer de ócio. Sinceramente, acho que é do que está precisando no momento.
Warren ficou em silêncio.
Depois, como se estivesse vendo Magnólia em sua frente e odiando-a com toda a força de que era capaz, ele disse:
–Está bem. Se deseja minha companhia, irei com você, e enquanto cuida de todos os preparativos para a viagem, eu me tornarei cada vez mais inconveniente e claro, muito bêbado!
Recordando aquele dia, Warren ainda parecia vê-lo dizendo aquilo.
Agora desprezava a si próprio por sentir-se tão fraco, tão idiota a ponto de estar sofrendo por uma mulher que não merecia aquela cena. Uma mulher que o havia trocado por um título!
E ali estava ele, quase um ano depois, sentindo-se perturbado ao pensar em Magnólia e segurando a carta dela. Ele, Warren, que pensava tê-la esquecido.
Ainda olhando a carta, sentindo a suave fragrância e vendo as curvas da letra elaborada, lembrou-se das curvas daquele corpo bem feito, a cintura delicada, os seios que arquejavam quando eles estavam bem juntinhos.
Parecia sentir também o calor dos lábios dela que, quando encontravam os dele, fazia o coração de ambos bater aceleradamente.
Não, ele não se enganara… se ele a desejara como mulher, ela também o desejara como homem.
–Magnólia! Magnólia!
Seu corpo todo ansiava por ela.
Mas, por que, céus, por que aquela carta?
Por que Magnólia o fazia reviver tantas lembranças semiesquecidas?
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