Enterrados . Блейк Пирс. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Серия: Um Mistério de Riley Paige
Жанр произведения: Современные детективы
Год издания: 0
isbn: 9781640298354
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viu a terra remexida e ligou-nos.”

      Enquanto Jenn tirava mais fotos, Riley observou a área com atenção. O seu olhar pousou numas ervas pisadas pelo carrinho de mão. Viu que o assassino colocara a terra a cerca de cinco metros de distância do trilho. Havia grande densidade de árvores por ali, por isso alguém que corresse não teria visto nem o assassino, nem a terra ao aproximar-se a correr naquela direção.

      Agora o buraco tinha sido novamente escavado pela polícia que empilhara a terra ao lado dele.

      Riley lembrou-se que Meredith tinha referido o nome da vítima em Quantico, mas não se conseguia lembrar.

      Riley disse ao chefe Belt, “Presumo que conseguiram identificar a vítima.”

      “Sim,” Disse Belt. “Tinha identificação, tal como o Todd Brier. Chamava-se Courtney Wallace. Vivia em Sattler, mas eu não a conhecia pessoalmente por isso não lhe consigo adiantar muito sobre ela neste momento, tirando o facto de que era jovem, andaria pelos vinte e poucos anos.”

      Riley ajoelhou-se junto ao buraco e olhou lá para dentro. Conseguiu ver de imediato como é que o assassino tinha montado a sua armadilha. No fundo do buraco via-se um cobertor pesado com folhas e destroços agarrados. Fora colocado por cima do buraco, invisível para um corredor desavisado, ainda para mais na escuridão que precedia o amanhecer.

      Tentou não se esquecer que teria chamar uma equipa forense da UAC para passar a pente fino ambos os locais. Talvez conseguissem chegar à origem do cobertor.

      Entretanto, Riley começava a ter a mesma sensação que a arrebatara na praia, a sensação de entrar na mente do assassino. Mas desta vez não era tão vivida. Conseguia, no entanto, imaginá-lo empoleirado exatamente onde ela se encontrava ajoelhada naquele momento, olhando para baixo para a sua presa indefesa.

      Então, o que é que ele fizera naqueles instantes antes de começar a enterra-la viva?

      Riley lembrou-se da sua impressão anterior – ele era encantador e simpático.

      De início deve ter demonstrado surpresa por encontrar a mulher no buraco. Até lhe pode ter dado a entender que ia ajudá-la a sair dali.

      Ela confiou nele, Pensou Riley. Nem que fosse por um momento.

      Depois ele começou a importuná-la.

      E pouco depois, começou a despejar o carrinho de mão cheio de terra em cima dela.

      Ela deve ter gritado quando se apercebeu do que estava a acontecer.

      Então como é que ele reagiu aos seus gritos?

      Riley teve a sensação de que o seu sadismo veio completamente ao de cima. Parou a sua tarefa para atirar uma pá repleta de terra para o seu rosto – não tanto para a impedir de gritar, mas para a atormentar.

      Riley tremeu.

      E sentiu-se aliviada quando aquela sensação de ligações começou a desaparecer.

      Agora podia voltar a observar a cena do crime com um olhar mais objetivo.

      A forma do buraco parecia-lhe estranha. A ponta onde se encontrava estava escavada numa forma de cunha pontiaguda. A outra ponta refletia a mesma forma só que invertida.

      Parecia que o assassino se tinha empenhado naquilo.

      Mas porquê? Interrogou-se Riley. O que poderia significar?

      Naquele momento, ouviu a voz de Bill algures atrás dela.

      “Encontrei alguma coisa. Venham cá todos ver.”

      CAPÍTULO SETE

      Riley voltou-se ao som da voz de Bill. A sua voz vinha detrás das árvores de um dos lados do caminho.

      “O que é?” Perguntou o chefe Belt.

      “O que é que encontrou?” Questionou também Terzis.

      “Venham até aqui,” Disse Bill novamente.

      Riley levantou-se e foi na sua direção. Viu arbustos pisados no local onde ele estivera.

      “Vêm?” Perguntou Bill, começando a parecer um pouco impaciente.

      Riley percebeu pelo seu tom de voz que era sério.

      Seguida por Belt e Terzis, Riley percorreu o matagal até chegarem a uma pequena clareira onde se encontrava Bill que olhava para o chão.

      Ele tinha mesmo encontrado alguma coisa.

      Outro cobertor estava esticado no chão, preso por pequenas cavilhas nos cantos.

      “Meu Deus,” Murmurou Terzis.

      “Não outro corpo,” Disse Belt.

      Mas Riley sabia que tinha que ser algo diferente. Para começar, o buraco era muito mais pequeno do que o outro e de forma quadrada.

      Bill estava a colocar luvas de plástico para evitar deixar impressões digitais no que quer que encontrasse. Depois ajoelhou-se e puxou o cobertor cuidadosamente.

      Riley só conseguia ver um pedaço escuro e circular e madeira polida.

      Bill pegou com cuidado no círculo de madeira com ambas as mãos e puxou-o para cima.

      Todos exceto Bill ficaram surpresos com aquilo que ele retirou lentamente do buraco.

      “Uma ampulheta!” Disse o chefe Belt.

      “A maior que eu já vi,” Acrescentou Terzis.

      E de facto, o objeto tinha mais de sessenta centímetros de altura.

      “Tens a certeza de que não se trata de algum tipo de armadilha?” Perguntou Riley.

      Bill levantou-se com o objeto, mantendo-o na perpendicular, manuseando-o de forma tão delicada como se tratasse se um dispositivo explosivo. Colocou-o de pé no chão ao lado do buraco.

      Riley ajoelhou-se e examinou-o com atenção. A coisa parecia não ter fios ou molas. Mas estaria alguma coisa escondida debaixo daquela areia? Inclinou o objeto e não viu nada de estranho.

      “É apenas uma grande ampulheta,” Murmurou. “E escondida tal como a armadilha no trilho.”

      “Não é bem uma ampulheta,” Disse Bill. “Tenho a certeza de que mede um período de tempo superior a uma hora. É aquilo que se chama de relógio de areia.”

      O objeto era muito belo. Os dois globos de vidro eram requintados e estavam ligados por uma abertura estreita. As peças redondas de madeira do topo e fundo estavam ligadas por três hastes de madeira, esculpidas com padrões decorativos.

      Riley já tinha visto relógios de areia antes – versões muito mais pequenas para cozinhar que contavam três ou cinco ou vinte minutos. Este era muito maior.

      O globo da base estava parcialmente coberto com areia escura.

      No globo de cima não havia areia.

      O chefe Belt perguntou a Bill, “Como é que sabia que estava aqui alguma coisa?”

      Bill estava agachado ao lado do relógio de areia, examinando-o atentamente. Perguntou, “Mais alguém notou algo de estranho na forma do buraco do trilho?”

      “Eu notei,” Disse Riley. “As extremidades do buraco foram escavadas em forma de cunha.”

      Bill anuiu.

      “Mais ou menos a forma de uma seta. A seta apontava para onde o caminho se afastava e alguns dos arbustos estavam pisados. Limitei-me a ir para onde estava a apontar.”

      O chefe Belt ainda olhava para o relógio de areia com espanto.

      “Bem, temos sorte em tê-lo descoberto,” Disse ele.

      “O assassino queria que o encontrássemos,” Murmurou Riley. “Ele queria que déssemos com ele.”

      Riley