Razão para Correr . Блейк Пирс. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Серия: Um mistério de Avery Black
Жанр произведения: Современные детективы
Год издания: 0
isbn: 9781640290099
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menor agressão. Um soco na garganta derrubou um deles. Um chute giratório na virilha fez outro cair na mesa quebrada. O irmão de Desoto saiu de sua vista por um segundo. Quando virou-se, ela viu que ele estava preparando um golpe com soco inglês; Ramirez pulou e o jogou no chão.

      Desoto rugiu e atacou Avery por trás com um abraço de urso.

      Seu peso parecia um bloco de cimento. Avery não conseguiu se livrar. Ela chutou o ar. Ele a levantou e a jogou contra a parede.

      Avery bateu contra várias prateleiras e todas elas pareceram uma só em sua cabeça quando ela caiu. Desoto a chutou no estômago; a pancada foi tão forte que a levantou. Outro chute e seu pescoço foi para trás. Desoto abaixou-se. Braços grossos seguraram o pescoço dela, em uma perigosa sufocação. Um rápido movimento e ela estava em pé—sentindo-se pendurada.

      - Eu poderia quebrar seu pescoço - ele sussurrou, - como um galho.

      Tonta.

      Sua mente estava tonta com os golpes. Estava difícil respirar.

      Foco, ordenou a si mesma. Ou você vai morrer.

      Ela tentou virar-se para escapar dos braços gigantes. Um punho de ferro a segurou rapidamente. Algo atingiu as costas de Desoto. Ele colocou os pés de Avery no chão e olhou para trás, vendo Ramirez com uma cadeira.

      - Não te machucou? – Ramirez perguntou.

      Desoto resmungou.

      Avery reintegrou-se, levantou os pés e pisou nos dedos dele com o calcanhar.

      - Ah! – Desoto berrou.

      Ele vestia uma camiseta de botão branca, shorts marrons e chinelos; o pisão de Avery havia quebrado dois ossos. Instintivamente, ele a soltou, e quando ele estava pronto para agredi-la novamente, Avery já estava em posição para dar um rápido chute em sua garganta, seguido de um soco no abdômen.

      Havia um bastão de ferro no chão.

      Ela juntou-o e acertou Desoto na cabeça.

      Ele perdeu suas forças no mesmo momento.

      Dois de seus homens já estavam no chão, incluindo seu irmão. Um terceiro—que havia assistido sua batalha com Desoto—arregalou os olhos, surpreso. Ele puxou uma arma. Avery atingiu a mão dele com o bastão, girou e acertou-o no rosto. Ele caiu junto a uma parede.

      Ramirez tomou conta dos outros dois.

      Avery bateu com o bastão na parte de trás do joelho de um dos homens. Ele levantou-se. Ela voltou a golpeá-lo no peito, o derrubando novamente, e chutou seu rosto. O outro homem a deu um soco na mandíbula e a carregou, aos berros, até a mesa de pôquer.

      Eles caíram juntos.

      O homem estava por cima e proferia muitos socos. Avery conseguiu segurar um dos pulsos dele e rolar. Ele caiu e ela pode girar e segurar um dos braços em um movimento de imobilização. Ela deitou em posição perpendicular ao corpo dele. Suas pernas estavam sobre a barriga dele e o braço do homem estava muito estendido.

      - Me solte! Me solte! – O homem gritava.

      Ela levantou uma perna e chutou seu rosto, até que ele desmaiasse.

      - Vá se foder! – Ela gritou.

      A sala ficou em silêncio. Todos os cinco homens, incluindo Desoto, estavam abatidos.

      Ramirez rosnou e prendeu as pernas e braços do líder.

      - Meu Deus... – ele murmurou.

      Avery pegou uma arma do chão. Ela apontou-a para a porta do porão. Quase ao mesmo tempo, Tito apareceu.

      - Não se atreva a pegar sua arma! – Avery gritou. – Está escutando? Não faça isso!

      Tito olhou para a arma na mão dela.

      - Se você puxar uma arma eu atiro.

      Era impossível para Tito acreditar no que estava vendo naquela sala; seu queixo praticamente caiu quando ele viu Desoto.

      - Vocês fizeram tudo isso? – Ele perguntou seriamente.

      - Largue a arma!

      Ele apontou para ela.

      Avery atirou duas vezes em seu peito e o fez voar de volta para as escadas.

      CAPÍTULO OITO

      Fora da cafeteria, Avery segurava uma compressa de gelo em seu olho. Duas feridas feias latejavam no local, e sua bochecha estava inchada. Também estava difícil respirar, o que a fazia pensar que havia fraturado uma costela, e seu pescoço ainda estava ferido e vermelho pelo apertão de Desoto.

      Apesar de tudo, Avery se sentia bem. Mais do que bem. Ela tinha se defendido com sucesso de um assassino gigante e cinco outros homens.

      Você conseguiu, pensou.

      Ela havia passado anos aprendendo a lutar. Incontáveis anos e horas quando ela era apenas mais uma no dojô, fazendo sparring consigo mesma. Ela estivera em outras lutas antes, mas nenhuma contra cinco homens e certamente nenhuma contra alguém forte como Desoto.

      Ramirez estava sentado no meio-fio. Ele estivera à beira de um colapso desde toda a cena no porão. Comparado a Avery, ele parecia mal: rosto cheio de cortes e inchaços e constantes tonturas.

      - Você foi um animal lá dentro - ele murmurou, - um animal...

      - Obrigada? – Ela disse.

      A cafeteria de Desoto ficava no coração do A7, e por isso Avery sentiu-se obrigada a ligar para Simms para pedir reforço. Uma ambulância chegou, junto com vários policiais do A7 para levar Desoto e seus homens por agressão, porte ilegal de armas, e outras pequenas infrações. O corpo de Tito—enrolado em uma capa preta—foi retirado primeiro e colocado no porta malas de um veículo de emergência.

      Simms apareceu e balançou a cabeça.

      - Que bagunça isso tudo - ele disse, - obrigado pelo trabalho extra.

      - Você preferia que eu tivesse ligado para o meu departamento?

      - Não - ele admitiu, - acho que não. Temos três departamentos diferentes, todos tentando achar algo contra Desoto, então pelo menos essa situação pode nos ajudar nisso. Não sei o que você tinha na cabeça indo nesse lugar sem reforço, mas você foi bem. Como você derrubou os seis sozinha?

      - Eu tive ajuda - Avery disse e olhou para Ramirez.

      Ramirez levantou uma mão, agradecendo.

      - E o assassinato no iate? – Simms perguntou. – Alguma conexão?

      - Acho que não - ela disse. – Dois dos homens dele roubaram a livraria duas vezes. Desoto ficou surpreso e irritado quando soube. Se os outros dois funcionários confirmarem a história, acho que eles estão limpos. Eles queriam dinheiro, não a dona da livraria morta.

      Outro policial apareceu e acenou para Simms.

      Ele deu um tapinha no ombro de Avery.

      - Acho que você vai querer sair daqui agora - disse. – Os tiras estão trazendo eles.

      - Não - Avery respondeu. – Eu gostaria de vê-los.

      Desoto era tão grande que teve que ser retirado pela porta da frente. Dois policiais estavam em cada lado dele, e mais um atrás. Comparado aos outros, ele parecia um gigante. Seus homens foram trazidos logo depois dele. Todos foram levados a uma van da polícia. Quando passou perto de Avery, Desoto parou e virou-se; nenhum dos policiais conseguiu fazê-lo se mover.

      - Black - ele chamou.

      - Sim? – Ela respondeu.

      - Você sabe aquele alvo que você estava falando?

      - Sim?

      - Click, click, boom! – Ele disse, com uma piscada.

      Ele