Nova Ordem Mundial. Manuele Migoni. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Manuele Migoni
Издательство: Tektime S.r.l.s.
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Жанр произведения:
Год издания: 0
isbn: 9788835427230
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      Até que um dia, que para os agentes se apresentava como o enésimo que iria transcorrer entre cafés, cigarros e um contínuo sorver de bebidas, uma explosão no interior de seus muitos andares facilitou o que logo resultaria ser a sua fuga.

      Era como se de repente o espionado não fosse Larry Belfiori e qualquer um que tivesse estado ao seu lado, e sim os próprios agentes que o vigiavam.

      Se realizava assim uma investigação improdutiva para colher informações da fronteira belga, da França e de outros países limítrofes, mas ninguém parecia saber onde se encontrava Larry Belfiori.

      O habitual era passar horas no que os agentes do FBI haviam identificado como o seu escritório.

      Que se encontrava dentro de uma de suas moradias.

      Nestas casas, fora ele, a única pessoa que tinha sempre livre acesso era a quem se supunha ser sua mulher.

      Que após investigações mais profundas se descobrirá que era Danielle Hudson, cidadã belga e norte-americana.

      Mas também podia ser um nome falso, para despistar.

      Os agentes sabiam onde se alojava e estranhamente ela também não tinha contatos com outras pessoas diferentes de Larry Belfiori.

      Apenas para passar com ele alguma noite, não costumavam conviver; ela tinha a sua casa, da qual ela pagava o aluguel.

      Fora algum beijo excepcional (que os agentes logo relacionaram sobretudo com o fato de que os dois sabiam que estavam sendo espionados) no interior das paredes domésticas, não havia nada que fizesse pensar que foram um casal, nem um contato, nem uma discussão concreta.

      E os agentes queriam ver até que ponto Danielle Hudson era uma cúmplice.

      Estiveram a postos durante dias em frente da que então deveria ser sua casa.

      Finalmente notaram algo: um homem, não muito jovem, que entrava no apartamento, forçando rapidamente a fechadura da entrada.

      Imediatamente, Joseph Nicosia, de acordo com Paul Mary, pôs a roupa de agente de polícia e, fazendo uso de seu francês quase perfeito, se preparou para deter, prender e eventualmente interrogar a quem em condições normais poderia ser considerado como um ladrão sob todos os efeitos.

      Convencidos os agentes de que em um apartamento como esse não se podia tratar de um ladrão, decidiram agir de imediato.

      Pelo contrário, incrivelmente, se dará um breve tiroteio do qual ambos saíram ilesos e logo os agentes procuraram encontrar alguma pista adicional depois de que seu objetivo tivesse que fugir a pé.

      Mas não sucesso algum, nem na busca do fugitivo, nem nas pistas, impossíveis de encontrar nos móveis e portas do apartamento.

      Um detalhe que lhes tinha passado por alto era que o homem usava grossas luvas de pele.

      Em todo caso, um detalhe de pouca importância, porque o importante seria prendê-lo.

      Podia ser um homem de Larry Belfiori e, pelos indícios, não se averiguou grande coisa.

      Mas o FBI chegou a uma comunicação através da Internet, onde se especificava que o homem em questão se encontrava nesse apartamento para uma operação encoberta, em relação com a investigação secreta promovida pelo juiz Price em seus enfrentamentos com Larry Belfiori.

      Além disso, acabou que alguém havia contatado a polícia de Bruxelas para saber se algum agente da polícia se encontrava nesse apartamento para impedir um roubo, e lhe disseram que não havia nenhum agente em uma operação similar.

      Isso explicava o enfrentamento com os homens de Paul Mary.

      Fizeram o retrato falado do homem com quem Joseph Nicosia havia cruzado, um homem aparentemente do serviço secreto britânico, contra quem formularam acusações com não poucas dúvidas.

      6.

       Londres, Abril de 2017

      - Se trata das fotos, agente Mary.

      - As fotos de sua chantagem?

      - Sim, isso. O que mais me surpreendeu foi o fato de que tenham adicionado uma mensagem às fotos: parece que consideraram necessário me fazer saber que a devolução destas fotos é uma mera e simples formalidade, quase uma bobagem, porque de todo modo poderiam ter mais cópias; o senhor como entenderia isso, como uma tentativa, uma solicitação para por fim a esse assunto? Minha impressão é essa.

      - É provável, Dr. Price, que nossos suspeitos saibam quem somos e de igual forma saibam que inclusive os estamos vigiando e esta carta, lhe digo logo, chega exatamente no dia em que conseguimos do promotor Richardson a autorização para proceder a respeito desses indivíduos; não apenas Larry Belfiori, mas também seus possíveis comparsas Webb e Merries, de quem ainda sabemos pouco ou nada; suponho neste momento que as informações, o e-mail que chegou a respeito de um agente britânico que agia incógnito à sua solicitação, não vinham do senhor?

      - Na verdade, não. Do que estamos falando?

      - Era o que eu pensava, agora tenho a certeza de que Larry Belfiori sabe tudo de nós, de nós e também do senhor, Dr. Price; deve saber que o motivo principal pelo qual vim aqui hoje, além da carta, da qual soube através de um SMS, é sobretudo pelo e-mail que lhe dizia, que parece chegar por sua conta diretamente à sua sede em Nova York; o senhor, além de não ter enviado este e-mail, falou com alguém desta carta ou pediu a algum de seus homens que avisaram a aquele da existência e da chegada desta carta suspeita?

      - Agente Mary, eu não esperava nem sua presença aqui hoje, sobretudo em relação à carta, nem muito menos (nem sequer minha secretária, que recebeu o encargo de me entregá-la “fechada") nunca mencionei esta carta a ninguém, somente ao senhor depois que o senhor mesmo a havia mencionado.

      - Então, está tudo claro para o senhor?

      - Eu diria que sim.

      7.

       Depois das indicações/testemunho de um agente britânico – Londres, Maio de 2017

      O lugar era um daqueles que não se recomendariam a ninguém.

      Um velho escritório de gás junto ao Tâmisa, lugar onde se realizavam os negócios mais turvos.

      Em uma mistura de odores entre petróleo, gasolina e carne anda o mal.

      Os agentes Mary e Nicosia sabiam muito bem que o suposto chantagista do vídeo não sairia com vida.

      Com David Lobowicz presente.

      -FBI – se ouviu ao longe a voz de Paul Mary.

      - Escute, estas são coisas que normalmente resolvemos entre nós e logo os senhores, os do FBI, aqui em Londres; o que significa isso? -replicou David Lobowicz.

      - Então o homicídio também se encontraria entre suas práticas resolutivas?

      - Olhem...

      - E também resolveu desta forma as coisas com Virginia Blade e Pete Norton? – O estupor rodeou David Lobowicz e seus homens por um momento, enquanto Paul Mary e Joseph Nicosia se aproximavam lentamente.

      - Só queremos conversar – continuou Paul Mary – e esclarecer algumas coisas.

      - Bem, agentes, mas e o vídeo?

      - No momento tenho que lhes pedir que deixem suas armas no chão: há franco-atiradores por todas as partes e homens prontos para entrar em ação, estão cercados.

      - E do que poderiam me acusar? – David Lobowicz sorriu, indicando com um gesto aos seus homens que deixassem suas armas no chão.

      - Larry Belfiori, trabalha para o senhor? É um dos seus?

      - Queria que pelo menos me mostrassem uma cópia do vídeo, se não lhes incomoda.

      - Antes terá que responder