- Um talismã, muito forte e manchado. Está a mover- se rápido... dessa forma. - apontou para a esquerda e ambos saltaram para os seus pés e começaram a correr nessa direção. Eles não tinham ido longe quando ouviram algo batendo nas árvores, vindo direto em direção a eles.
O corpo de Toya estava a mover- se por conta própria, os seus antebraços pulsando nos seus lados como se chamassem a sua atenção para o poder que estava escondido lá. Com um movimento do seu pulso, o punhal de fogo deslizou da sua carne e ele pulou na frente de Kyoko, empurrando- a atrás dele com a sua outra mão.
Ele preparou- se quando a floresta na frente deles assumiu uma vida própria. As árvores e folhagens caíram ao seu redor enquanto um enorme demónio trovejava em direção a eles.
Kyoko engoliu o nódulo na sua garganta enquanto olhava para o demónio. Era cerca de dez vezes mais alto do que qualquer um deles e com um olhar muito desagradável. Ela podia ver o lindo céu acima dele e perguntou se ela se acostumaria com o fato de que demónios viviam aqui. Ela encolheu para trás quando os seus horríveis olhos vermelhos se fixaram sobre ela e Toya.
Toya cheirou o ar, fazendo uma careta. A coisa cheirava como se tivesse sido enterrada e deixada para apodrecer por muito tempo antes de rastejar para fora de seu túmulo. Ele apostaria que sua vida Hyakuhei estava controlando esta coisa porque ele não sentia tanto poder dentro de um demónio há muito tempo.
- Mais um de seus malditos filhos. - zombou Toya então ouviu o riso a troçar vindo do fundo do peito do demónio.
Ele falou numa voz maciça e profunda que tocou nos nervos.
- Meu amigo Toya!
O demónio grunhiu enquanto ele se lançava para a frente com uma mão podre, arranhada.
Com uma velocidade desumana, Toya levantou Kyoko nos seus braços e pulou para fora do caminho. Pousando numa rocha próxima que estava no chão, ele imediatamente desejou que Kyoko tivesse ficado no campo e fora de perigo. Os seus lábios estavam bem ao lado do seu ouvido quando ele perguntou às pressas:
- Essa coisa feia é uma grande razão para não ter um talismã. Vês isso?
Ela balançou a cabeça para espiar com força o demónio, mas estava a mover- se tão rápido que tudo o que ela podia ver era um borrão. Ele saltou e caiu bem na frente deles, derrubando Toya no chão com um som de ossos. Kyoko gritou quando ele voltou e a agarrou da rocha. A sua mão maciça e carnuda apertou a respiração dela, impedindo- a de gritar instantaneamente.
Ela colocou as mãos para baixo, tentando sair daquele controlo, mas não havia nenhuma maneira. Uma luz escura brilhante chamou a sua atenção. Ela estava presa e tonta pela falta de ar, então com o último suspiro ela podia expressar, ela gritou:
- O talismã... Pescoço!
Toya viu o demónio agarrar Kyoko, segurando- a no ar enquanto ela lutava para respirar. Ele saltou sentindo a adrenalina correndo através do seu corpo e para o punhal de fogo ainda pulsar na sua mão.
- Deixa- a ir, seu idiota!
Ele rugiu, tentando obter a sua atenção.
- Vais arrepender- te de teres tocado nela. - rosnou Toya enquanto os seus olhos se transformavam em prata derretida.
Ele arremessou o outro braço para o lado, agora segurando uma adaga em cada mão enquanto ele insultava a besta feia. O demónio deu uma risada horrível enquanto segurava Kyoko como se a usasse como escudo.
- Caramba! - amaldiçoou Toya. Ele não poderia usar o poder dos punhais sem ferir Kyoko no processo. A besta não era tão estúpida quanto parecia. - Seu filho da... - rosnou Toya sentindo o seu calor sanguíneo a um nível perigoso.
Kyoko tentou chegar à besta, mas o demónio prendeu- a entre ela e a sua palma. A luz ao seu redor começou a desaparecer, avisando- a que ela estava quase a desmaiar. Ela procurou a forma de Toya, encontrando- o ali, de frente para o demónio.
Ela podia dizer que ele estava com raiva quando ouviu- o preferir palavrões. Os seus olhos de prata furiosos encontraram os dela, e a última coisa que ela viu antes de desmaiar foi Toya saltar para o ar como se viesse direto para ela.
Toya tinha visto o suficiente. Como ousa essa besta desagradável tocar Kyoko? Ele sentiu a sua superfície de sangue demoníaca amaldiçoada, substituindo o seu sangue de guardião enquanto a sua raiva crescia.
Ele queria ensinar à sua sacerdotisa o que poderia acontecer se ela fosse apanhada sozinha e sem proteção, mas de alguma forma isso tornou- se em algo mais. Ele deveria ter sabido melhor do que tocá- la. Os seus sentidos ampliaram- se e ele sentiu o seu irmão a aproximar- se a um ritmo rápido, fazendo- o rosnar silenciosamente na intrusão.
Kyou deslizou através da água para o banco, retendo- os e gentilmente de pé. Vendo que ela ainda estava em transe, ele gentilmente estendeu a mão e traçou a almofada do seu polegar através da sua bochecha macia que gostava do calor possessivo mexendo dentro do seu sangue guardião.
Cedendo à atração mais uma vez, ele inclinou os lábios de volta para o seu último beijo antes de desaparecer, deixando para trás apenas a vibração de uma pena dourada translúcida que também desapareceu quando tocou a superfície da água a seus pés.
Kyoko ficou lá por um momento depois que Kyou desapareceu, tentando descobrir o que diabos tinha acabado de acontecer. Então ela engasgou- se e olhou para si mesma. Ela estava nua e ele estava tocá- la, segurando- a. Ela não pôde evitar, mas algo começou a mexer no fundo do estômago... Calor.
Alguma coisa, que até agora... ela só sentiu naqueles raros momentos com Toya. Finalmente recebendo a sua inteligência de volta, ela agarrou as suas roupas e segurou- as contra ela. "Como ousa Kyou fazer isso!" Ela sentiu o seu temperamento começar a brilhar para o alto e poderoso senhor Kyou.
"Quem diabos ele pensa que é?" e o seu rosto levantou- se para o céu enquanto os seus dedos levantavam- se para tocar suavemente nos seus lábios ainda a formigar. Ela esvaiu- se quando ouviu a voz de Toya chamar o seu nome.
- Ótimo. - balançou Kyoko a camisa para fora, rapidamente lançando- a sobre a sua cabeça. No momento em que ele deslizou no lugar e ela foi capaz de ver, ela estava a olhar diretamente para Toya, não mais que um metro e meio à frente dela. Puxando a camisa para baixo, tanto quanto podia ir, ela corou dez tons de vermelho.
- Toya, vira- te! - exigiu e então choramingou internamente “Credo, nenhum dos guardiões tem alguma noção de decência?”.
Quando Kyoko tinha ido embora por muito tempo, Toya tinha corrido pela floresta amaldiçoando a sua própria teimosia por não persegui- la para começar. Seguindo o seu cheiro, nada o preparou para o que ele encontrou... ela estava lá como uma deusa.
O seu peito levantado com os braços enquanto ela puxava a camisa para baixo sobre o seu corpo nu. Toya tinha congelado. Claro, ele tinha ouvido ela dizer "Vira- te", mas isso não significa que ele poderia fazê- lo. Todo o seu sangue aquecido tinha acabado de correr para o meio da seção e ele não podia mover- se.
Como seu olhar se moveu para cima do seu corpo muito lentamente, ele finalmente veio a descansar os olhos no seu rosto. Ele já tinha visto aquele olhar antes. Sabendo que ela estava prestes a usar o seu feitiço de domador nele, Toya girou ao redor. Ele podia ouvi- la a resmungar atrás dele, algo sobre... Guardiões sem boas maneiras.
Enquanto queimava essa imagem na memória, algo chamou a sua atenção. Ele podia sentir o cheiro de Kyoko fortemente, mas havia outro cheiro agarrado a ele. Manchas de prata apareceram nos olhos dourados de Toya enquanto ele lentamente se virava certificando- se de que ela estava vestida para que ele tivesse liberdade de movimento. Ele caminhou em direção a ela esperando que ele estivesse errado.
Quanto mais perto ele chegava de Kyoko, mais forte era o cheiro. Kyoko ficou muito parado, esperando que ele terminasse. Ela sabia que ele cheirava o irmão nela. Todos os guardiões tinham sentidos aprimorados e depois de todo esse tempo ela ainda estava a