“Cuidado então. Podes queimar-te,” provoco.
“De alguma forma, penso que não,” ele sorri. “Estou grato por me estares a dar este tempo e não sei quanto mais tempo temos, por isso, vou simplesmente dizê-lo.”
“Dizer o quê?”
“Quero ver-te de novo. Quero conhecer-te melhor. Podes dar-me o teu número?” ele pergunta, largando a minha mão e pondo-a na minha bochecha. Inclino-me no seu toque. É quente. Reconfortante.
Não digo nada, simplesmente olho-o nos olhos. Ele inclina-se sobre mim, trazendo a sua cara ao meu nível. Os nossos narizes tocam-se. Está a pedir permissão sem dizer uma palavra. Não respondo e ele leva o meu silêncio como autorização.
Os nossos lábios tocam-se suavemente, por breves instantes. É outro pedido de autorização. Quando ele não sente resistência, os seus lábios assentam nos meus e prendo desesperadamente o seu lábio inferior entre os meus dentes enquanto o sugo. As nossas línguas encontram-se e brevemente lutam por entrada antes de nos apercebermos de que queremos a mesma coisa, e elas começam a dançar com a nossa paixão. A nossa respiração acelera enquanto ele me puxa para mais perto. Ele envolve os seus braços à minha volta e sinto-me tão segura e quente, como se estivesse num casulo. Envolvo os meus braços à volta dele, mas as minhas mãos não se conseguem juntar atrás dele. Deixo-as a vaguear pelas suas costas e consigo sentir o seu corpo tonificado por baixo da sua camisa.
Enquanto as nossas mãos exploram, sinto o seu desejo pressionado contra mim. Baixo as minhas mãos até a sua cintura, depois até ao seu rabo, e puxo-o para mais perto, aumentando a pressão dele contra mim.
Um gemido suave escapa dos meus lábios. Quando agarro o seu rabo, ele segue rapidamente o meu exemplo e pousa as suas mãos no meu traseiro. Depois aperta as minhas nádegas e massaja-as suave mas firmemente.
Eventualmente paramos para respirar e olho apressadamente em volta para verificar se alguém nos viu. Começo a sentir-me culpada por estar afastada há imenso tempo. Ele também olha em volta, como se sentisse a minha preocupação. Ele dá uma olhada de novo e no momento seguinte levanta-me do chão.
Solto um guincho surpreendido e ele rapidamente me cala com os seus lábios nos meus.
À frente, o caminho é forrado por árvores e ele leva-me através de uma abertura nas árvores à esquerda. Uma árvore maior fica atrás das árvores que revestem o caminho e ele pousa-me atrás dela, fora do caminho. Pressionando-me contra a árvore, beija-me desesperadamente de novo. As suas mãos percorrem o meu corpo e as minhas o dele.
O que estás a fazer? Nem sequer conheces este homem assim tão bem. A minha voz interior está constantemente a falar, apanhada de surpresa pela minha imprudência repentina. Normalmente não faço isto. Não, espera. Eu nunca faço isto, nunca o fiz. Estou a viver um pouco, respondo à minha voz interior. Agora cala-te!
As mãos do Rick encontram a bainha da minha saia. Sinto as suas mãos enquanto se assentam nas minhas coxas. Ele termina o nosso beijo e olha para mim surpreendido.
“Sua tola,” ele sussurra. “Estás encharcada!”
“Eu… não posso… mentir,” sussurro com um sorriso.
É tudo o que é necessário. Ele levanta a minha saia pelo meu rabo e sinto a casca da árvore a pressionar-se brevemente contra o meu rabo. Os seus dedos encontram o elástico das minhas cuecas e puxam-nas para baixo.
Não o paro. Não resisto. Devia estar a voltar para a receção mas porra, não consigo evitar neste momento. Nunca na minha estive assim tão atraída por alguém. Há tantos elementos aqui que me fazem querer isto aqui e agora.
Estamos na rua, podemos ser apanhados, ele é um estranho bonito, confiante e sensual que poderia ter quem quisesse, mas quer estar comigo. Isto é tão apaixonante. Mal nos conhecemos, mas queremo-nos. Não há nada que nos faça pensar isto demasiado. É apenas um homem e uma mulher a ceder ao seu desejo carnal.
Ele baixa as minhas cuecas e eu tiro-as, pousando as minhas mãos nas suas costas. Endireita-se e segura a minha tanga de renda branca. São as minhas cuecas preferidas. Devem ser cuecas da sorte.
Olho das minhas cuecas para ele e coro. Ele leva-as até ao seu nariz e cheira-as. Inspira profundamente e depois baixa-as enquanto olha para mim.
“Cheiras tão bem,” ele sussurra. “Quero-te.” aproxima-se e eu deixo-o. Quero-o. O meu walkie-talkie começa a fazer barulho como um grito na escuridão silenciosa à nossa volta.
Peguei nele e cliquei no botão.
“V aqui, diz,” digo.
É a Jessica. A sua voz quebra no walkie-talkie, “Precisamos de ti na receção.”
“Estou a ir,” digo.
Rick olha para mim, as suas sobrancelhas erguidas.
Coro. “Tenho de ir. Desculpa.”
Ele segura nas minhas cuecas, com um olhar questionador.
“Mais tarde,” digo enquanto endireito a minha saia. “Preciso de voltar...”
Ele puxa-me na sua direção e beija-me rapidamente. “Não me deixes prender-te. Talvez possamos continuar isto depois do casamento?”
“Talvez,” digo enquanto me afasto e faço o meu caminho de volta à receção. Sinto o ar frio da noite e a liberdade agora que estou no comando. Tenho de admitir que é uma boa sensação. Sua vadia, a minha voz interior diz. Respondo e fica em silêncio, Sim, estás a adorar tanto como eu. Estás no mesmo corpo, lembras-te? Apercebo-me de que terei de me lembrar de ser cuidadosa quando me agachar e sentar. Eu consigo fazer isso, digo a mim mesma.
Clico no walkie-talkie enquanto ando rapidamente de volta para a receção. “O que é preciso?” pergunto. Nunca pergunto ‘qual é o problema?’ Tem uma conotação negativa e sou supersticiosa e acredito que isso trará má sorte, então evito referir-me a qualquer coisa como um problema.
“Ponto de controlo do limite do bar,” a minha assistente responde.
Uau! Penso para mim mesma. Esta festa está a bombar. O ponto de controlo do limite do bar surge quando oitenta por cento do orçamento atribuído foi atingido. É um dos meus procedimentos operacionais padrão. Quando se atinge este limite, procuro autorização para exceder o limite e confirmar um novo com quem quer que esteja a pagar a conta de bebidas alcoólicas. Estimo que a festa ainda vá durar pelo menos duas horas e não há maneira nenhuma de este orçamento ser suficiente. Há uma variedade de opções disponíveis para limitar o custo e é altura de falar com o pai de Trish, que é quem paga neste caso.
“Okay. Já falamos,” digo a Jessica.
VIOLA
Volto para a mesa e sento-me ao lado de Ashley depois de o novo limite do bar ter sido confirmado. Ela olha para mim e sorri.
“Estiveste fora algum tempo,” ela sorri deliberadamente, esperando que desembuchasse.
“Tive que tratar do limite do bar,” respondo a corar. “Não estive com ele o tempo todo.”
“Podias ter-me enganado,” Ashley diz. Explodindo de curiosidade, pergunta, “O que é que ele queria?”
“Queria que ficássemos juntos depois do casamento,” sorrio.
“A sério?” Ashley pergunta surpreendida. “Ele não leva as coisas devagar, leva?”
Coro de novo enquanto penso no quão lento não levámos as coisas. Abano a cabeça, não confiando na minha voz para responder enquanto evito o olhar de Ashley.
“Sua tola!” ela sussurra. “Não me digas que o fizeste!”
“Fiz o quê?” perguntei, fingindo ignorância