– O quê?
Alice fechou os olhos e abanou a cabeça. Era impossível explicar-lhe sem ser desagradável outra vez.
– Nada – respondeu ela. – Estou um pouco cansada.
– Não pareces cansada, estás muito bonita.
– Por favor, não…
– Não o quê? – interrompeu ele. – Não queres que te diga que me pareces maravilhosa? Eu gostaria de te convidar para jantar, Alice.
Não conseguia acreditar que estivesse tão tentada a aceitar o jantar e, depois, a cama. A intensidade dessa tentação deixou-a atónita. Fiona tivera toda a razão do mundo. Jeremy era muito perigoso.
– Obrigada, lisonjeias-me, mas não posso aceitar.
– Posso perguntar porquê? Acabaste de me dizer que gostas de mim
– Tenho de te dar um motivo? Talvez tenha namorado.
– Tens?
– Não.
Alice levou o copo de vinho aos lábios. Decidira não beber, mas esse homem faria qualquer mulher beber.
– Tens namorado? – insistiu ele.
O susto fez com que lhe caísse um pouco de vinho. Ele, rapidamente, pegou no lenço branco que tinha no bolso do casaco e limpou-lhe o vinho que lhe caíra pelo queixo e pelo pescoço e que se aproximava do decote.
– Não faças isso! – ordenou ela, embora tivesse ficado com pele de galinha.
– Não sejas ridícula – replicou ele, enquanto continuava a limpar-lhe o vinho.
George e Mandy disseram qualquer coisa, mas ela só conseguia concentrar-se nesse lenço endiabrado que se dirigia para os seus mamilos duros e eretos.
Ele parou antes de os alcançar e retirou o lenço. Alice não soube se devia sentir-se aliviada ou dececionada.
– Então, qual é o verdadeiro motivo para que não possas aceitar o meu convite? – perguntou ele, sem se alterar, enquanto ela tentava acabar o primeiro prato. – E, por favor, gostaria que me dissesses a verdade.
– Se queres sabê-lo, é por causa da tua reputação.
– Que reputação? – perguntou ele, perplexo.
– Vá lá, Jeremy, tens de saber o que as pessoas dizem de ti. És um playboy.
– Ah, é só isso? Esse é o único motivo?
– Não te parece um motivo suficiente? – perguntou ela.
– Nunca me tinha acontecido.
Observou-o fixamente. Era arrogante, sem dúvida, mas com uma naturalidade maravilhosa que fazia com que fosse irresistível e terrivelmente sedutor.
– Imagino que não haja muitas mulheres que te… rejeitem, Jeremy, mas eu, sim. Não penses muito nisso. É que, simplesmente, não quero perder tempo com um homem que acha que sair com alguém é um jogo e que as mulheres são intercambiáveis.
– Não consigo imaginar-te a ser intercambiável, Alice. Pareces-me única.
– Porquê? Porque te rejeitei?
Ele sorriu e ela quis esbofeteá-lo… e beijá-lo… e aceitar o convite.
Endireitou-se, como fazia quando a vida a punha entre a espada e a parede.
– Temos de leiloar algumas coisas – comentou ela, com frieza, enquanto se levantava.
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