Crónicas Eróticas, Irónicas, Um Pouco Espaciais. Lorenzo Longo. Читать онлайн. Newlib. NEWLIB.NET

Автор: Lorenzo Longo
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Серия:
Жанр произведения: Эротика, Секс
Год издания: 0
isbn: 9788893986694
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da mesma religião, ou então é um espírito à deriva e foi activado pelo cruzar dos nossos olhares. A segunda hipótese agrada-me mais… Torna-me, enfim impossível conseguir adormecer, o pensamento está naqueles olhos, naquela energia que enfim emana do seu corpo e me atinge. Quase para sermos descobertos o namorado vira-se e me repara, os meus olhos ficam fechados mas controlam, não ouve nada, felizmente, virou-se apenas porque ao mover-se tinha temido de ter-me acordado. “Não me despertaste, prezado durma tranquilo…” A dado passo oiço uma frase que ilumina as minhas esperanças: “Desculpa Guido, podemos trocar de lugar? Há uma corrente de ar que está a provocar-me o torcicolo”.

      O fiel Guido consente sem protestar, a sua linda e delicada pede, ele não tem motivo para duvidar, louco!

      A rapariga (Elena parece-me de estar a perceber, de Troia acrescento quase por reflexo escolásticamente memorizado… O nome promete muito bem…) ajeita-se de cócoras ao seu namorado dando-me as costas, mas não há nenhum risco também eu estou de costas à ela. É suficientemente alta, bem constituída fisicamente, e as estreitas calças jeans deixam bem desenhadas as lindas pernas e o agradável traseiro. Cabelos loiros e olhos azuis mas eu não a definiria linda, o rosto é importante mas não nesta circunstância!

      Recuo ligeiramente logo depois dou um encontrão com o meu traseiro no seu, retiro-o suavemente mais pouco tempo depois venho alcançado, coincidimos e sabemos que estamos nos tocando, bem tinha previsto… agora trata-se de perceber até onde isso nos levará, se quer permanecer na cabina com o maior risco e mínima satisfação, ou se aceitará uma deslocação para um lugar mais tranquilo. Movemo-nos e sinto o seu glúteo quente a esfregar-se no meu, estico uma perna e procuro a sua que logo me alcança, estamo-nos enrolando! Sinto todo o peso e a força do momento, fico enfeitiçado, vencido, constrangido no jogo de toques secretíssimos. Fico suado, vermelho na cara, excitadíssimo… a calça fica inchado e não consegue mais esconder o meu estado, tenho uma camisolinha de algodão que uso como cobertor, viro para o outro lado desta forma para tê-la de costas diante de mim. O espectáculo é fantástico: a calça jeans de cintura baixa chegou às alturas, ou melhor baixezas vertiginosas, e vejo a fenda do traseiro, está deitada por isso o traseiro vem exposto e exibido de forma dolosa. Sente e percebe que virei-me, e em minha honra dobra-se ainda mais assim para mostrar melhor ainda as suas graças. Reparo a minha mão quase a medir a largura antes de lança-la no empreendimento e esboço para aproximá-la, estico o braço o mais possível sem despertar nenhuma duvida e ganho centímetros em direcção a pele das ancas, sinto-me transpirado pela cama e implacável baloiço do proceder do comboio, tutum… tutum… e os dedos vinham induzidos para a pele nua descaradamente deixada à mercê do meu olhar e do meu desejo, tutum… tutum… e as suas ancas como oásis no deserto atraiam o meu membro e teleguiavam para o pecaminoso contacto que enfim acontece como uma explosão, um arco eléctrico, uma reacção química explosiva sancionou a união do dedo médio e da pele do glúteo. Deixei escorrer o dedo ao longo da superfície descoberta como uma haste duma flor, dócil deixava um vestígio de emoção que percebia a partir da pele abrasada, porém todo o seu corpo, impregnado de sensações jamais experimentadas não traía um movimento externo, tudo acontece no interior, fechado no seu óvulo de segurança epidérmica, protegido pela sua concha de carne e pele. Poucos minutos de agradáveis toques e já estava induzido a procurar novas fronteiras, com o dedo empurrava ainda mais para baixo a calça para poder aproximar à vagina, era um negocio árduo, a calça devia descer muito mais e ficar praticamente nua, mas a imprudência foi premiada, a coisa não a preocupava, o espírito estava drogado pelo estranho clima, pelo ar onírico que se respirava, o dedo conseguiu alcançar onde a sua pele tornava-se carne viva, e ali afundou com ardor para produzir o máximo prazer. Sentia a pele dos glúteos plasmar-se à minha segura carícia, forte e sólida, incisiva, prepotente mas sexual, nunca violenta. Tinha-a, era minha, guiava-a, saracoteava-a a meu prazer, era lindíssima gozar aquela visão e sentir onde se unem as suas redondas nádegas na mão e a vulva penetrada pelo dedo, mais via que resistia sem excessivos movimentos externos mais procedia, pesquisava, movimentava… vi a sua mão procurar atrás e parar no meu maço, estava excitadíssimo e foi fácil encontrá-lo e começou a acariciar-me por cima das calças, logo portanto deu-se conta de não satisfeita e procurou o zip, ajudei-a e tirei-o para fora de forma que pudesse ter na mão, agora a interacção estava completa, estávamos fazendo sexo mas enquanto a coisa ficava cada vez mais interessante com o canto do olho vejo um movimento nas minhas costas, não sei mais ou menos uma imperceptível deslocação de ar que aguça os meus reflexos e deixa-me reflectir sobre um facto, deixa-me prever o futuro somente deduzindo-o, prontamente largo a presa, deixo entrar o instrumento e puxo para cima as calças jeans da minha companheira do jogo que durante um instante não percebe, penso que estará a questionar-se: “mas o que está a acontecer?” mas não faz a tempo para definir a frase na sua mente que se abre a porta do compartimento e um indivíduo ainda não precisamente posto em foco apressadamente e com um cínico gozo acende a luz e diz: “bilhetes… por favor”. Saltam todos como se tivesse explodido um tiro de canhão, custa perceber onde se está e o que se deve fazer, o meu coração bate forte pela emoção, receio tranquilidade e sou o primeiro a dar o bilhete que tenho já preparado no bolso todo amarrotado todavia valido, mas dentro tenho o terramoto que deixa pulsar todas as artérias violentamente, a tensão do perigo evitado, o prazer que pouco tempo antes escorria nos meus nervos tensos. Exibo o bilhete com a mão e esforço-me para não deixá-la tremer, o fiscal repara-me com uma cara suspeita, detém-se no meu pedaço de papel, examina-o detalhadamente e enfim quase desconsolado restitui-mo com um sinal afirmativo com a cabaça, os outros enfim tiveram tempo de recuperar das suas memórias a disposição dos seus bilhetes e agora competem para entregar ao fiscal. Elena de Troia exibe 2, estavam na sua carteira penso, eu mesmo morrendo pela vontade consegue não repará-la na cara, o rapaz não é um tolo, apaixonado sim mas parvo não, repara-me com suspeita. Não pode ter ouvido, visto, cheirado nada, mas o seu sexto sentido atrofiado lhe comunica algo de estranho, o ar está impregnado dos nossos cheiros, a sua namorada talvez emanou um aroma que lhe parece familiar, todavia não consegue realizar, tantos sinais não conseguem efectuar nem sequer uma única imagem nítida, pois…

      Mesmo o homenzarrão consegue deixar visionar o seu documento de viagem e prontamente remete-se a dormir, o fiscal, com falsa educação apaga a luz e deseja precisamente “boa noite!” eu com negligência posiciono-me de costas aos dois, espero que não tenha visto que antes da entrada do fiscal estava no outro sentido. Continua a observar-me, depois o cérebro começa a mandar-lhe sinais de calma, a realidade apoderava-se dele, a paranóia aparente o abandona e dócil volta a dormir, mas como uma gazela que controla a chegada de alguns predadores abaixa-se por último, quando está convicto de ter visionado cada detalhe da savana circunstante.

      Eu enfim destrocei os receios duma reacção, mas sinto também um profundo ressentimento pela situação e por aquele maldito fiscal, estragou-me o jogo no momento mais importante, assim que começo a pensar na cena de poucos minutos antes excito-me mas não ouso virar-me, enfim mesmo este encantamento fica rompido… resolvo de colocar-me serenamente a dormir… mas passam os minutos, passam as horas e os meus olhos estão dramaticamente escancarados, as expectativas ausentes, ou talvez o perigo evitado, mantenho-me acordado e não há como adormecer. Dissipo as reservas e vou dar dois passos no corredor. O relógio mostra 3:00, estou no coração da noite, não há esperança de encontrar alguém, todavia prossigo… percebo que passamos Rimini e aproximamo-nos a Bolonha, dentro duma hora a primeira sessão de tristes e sonolentos passageiros descerá para começar uma outra inevitável semana de trabalho. Começo a viagem na viagem, atravesso os vagões como assoalhadas duma casa, dou uma olhadela ali onde está aberta a porta, aproximo ao vidro até vencer o reflexo onde está fechada, muitos dormem ou tentam fechar os olhos, alguns falam porque já convencidos que não conseguem dormir por isso tanto vale… nos compartimentos fechados consomem os segredos do comboio nocturno, eu sei, basta procurar, me servem dois ou três vagões e aqui está um interessante, dois jovens beijam-se, ele enfia as mãos debaixo da blusa mas ela interrompe-o, passo seguindo em frente, não queria ser visto a espiar, o seu grau de atenção é bastante elevado. Passo outros vagões e a vista fica sempre atenta, oiço umas estrondosas risadas, num compartimento existe 3 raparigas e 3 rapazes, máxima probabilidade de acasalamento, se sabem brincar e não esquecem a teoria de Nash