Alistair balança a cabeça, percebendo que não será possível argumentar com aquelas pessoas. Ela suspira com seu coração pesado.
"É por isso que vieram até aqui?" ela pergunta. "Para me dizer isso?"
Dauphine dá um sorriso e continua em silêncio, e Alistair pode sentir o seu ódio pela maneira como ela olha para ela.
"Não," Dauphine finalmente responde, depois de um silêncio pesado e profundo. "Foi para comunicar-lhe sua sentença, e para dar uma última olhada em seu rosto antes de enviar-lhe ao inferno. Faremos com que você sofra, da mesma forma que nosso irmão sofreu."
De repente, o rosto de Dauphine fica vermelho, e ela salta para a frente com as unhas estendidas. Tudo acontece tão rápido que Alistair não tem tempo de reagir. Dauphine dá um grito profundo ao mesmo tempo em que arranha o rosto de Alistair, puxando seus cabelos. Alistair ergue os braços tentando bloquear o golpe, e os outros se aproximam para tirar Dauphine de cima dela.
"Saiam de cima de mim!" Dauphine grita. "Quero matá-la agora!"
"A justiça será feita amanhã," Strom fala.
"Tirem-na daqui," ordena a mãe de Erec.
Guardas se aproximam e levam Dauphine da cela enquanto ela chuta e grita, protestando. Strom junta-se a eles, e logo a cela fica completamente vazia exceto por Alistair e pela mãe de Erec. Ela para ao lado da porta e se vira lentamente, olhando para Alistair. Alistair analisa o seu rosto procurando por qualquer sinal de bondade e compaixão.
"Por favor, você tem que acreditar em mim," Alistair diz com sinceridade. "Eu não me importo o que os outros pensam a meu respeito. Mas eu me importo com você. Você foi gentil comigo desde o primeiro instante em que nos conhecemos. Você sabe o quanto eu amo o seu filho. Você sabe que eu jamais faria isso."
A mãe de Erec a examina, seus olhos se enchem de lágrimas, e ela parece vacilar.
"É por isso que você ficou para trás, não é?" Alistair pressiona. "É por isso que você continua aqui. Por que você acredita em mim. Por que você sabe que eu tenho razão."
Depois de um longo silêncio, a mãe de Erec finalmente assente. Como se ela tivesse chegado a uma decisão, ela dá alguns passos na direção dela. Alistair pode ver que a mãe de Erec realmente acredita nela, e mal pode se conter.
A mãe dele se aproxima dela e a abraça, e Alistar retribui o gesto e chora em seu ombro. A mãe de Erec também chora e, finalmente, dá um passo atrás.
"Você tem que me ouvir," Alistair diz com urgência. "Eu não me importo com que vai acontecer comigo, ou com o que pensam a meu respeito. Mas Erec – preciso ir até ele. Agora. Ele está morrendo. Eu o curei apenas parcialmente, e preciso terminar a cura. Se eu não fizer isso, ele vai morrer."
A mãe dele olha para Alistair, como se estivesse finalmente percebendo que ela estava dizendo a verdade.
"Depois de tudo que aconteceu," ela fala, "você se importa apenas com meu filho. Posso ver agora que você realmente o ama de verdade – e que jamais teria feito aquilo com ele."
"Mas é claro que não," Alistair responde. "Foi tudo uma armação daquele canalha do Bowyer."
"Eu a levarei até Erec," ela diz. "Isso pode custar nossas vidas, mas se tiver que ser, morreremos tentando. Siga-me."
A mãe dele solta suas algemas, e Alistair rapidamente a segue para fora da cela, atravessando as masmorras e prestes a arriscarem suas vidas para salvar a de Erec.
CAPÍTULO OITO
Gwendolyn fica em pé na proa do navio, cercada pelo seu povo com o bebê em seus braços, deixando que a brisa acaricie o seu rosto. Todos continuam chocados enquanto navegam pelo oceano, já muito longe das Ilhas Superiores. Eles possuem apenas dois navios, tudo o que resta da vasta frota que havia partido do Anel. O povo de Gwendolyn, sua nação, todos os orgulhosos cidadãos do Anel, tinham sido reduzidos a algumas centenas de sobreviventes, uma nação de exilados, navegando sem rumo à procura de um lugar onde pudessem recomeçar. E todos estavam esperando que ela os liderasse.
Gwen observa o mar, examinando o oceano como já vinha fazendo há horas, imune ao frio enquanto encara o nevoeiro ao mesmo tempo em que se esforça para impedir que seu coração se parta. O bebê em seus braços havia finalmente adormecido, e Gwen não consegue parar de pensar em Guwayne. Ela sente raiva de si mesma; ela tinha sido estúpida por ter deixado que o pequeno barco com seu filho fosse levado pelo mar. Naquela hora, aquilo tinha lhe parecido um bom plano, a melhor forma de salvar seu filho da morte iminente. Quem poderia ter previsto o rumo dos acontecimentos, ou que os dragões poderiam ter sido desviados da ilha? Se Thor não tivesse aparecido naquele exato momento, certamente todos eles estariam mortos agora – e Gwen não tinha como prever isso.
Gwen havia conseguido, ao menos, salvar algumas pessoas de seu povo, alguns de seus navios, esse bebê, e eles haviam conseguido, pelo menos, escapar daquela ilha mortífera. Mesmo assim, Gwen ainda se arrepia toda vez que ouve o rugido de um dragão cortando o ar, cada vez mais distante à medida que eles se afastam. Ela fecha os olhos e estremece; ela sabe que uma batalha épica está sendo travada, e que Thor está no centro dela. Mais do que qualquer outra coisa, ela gostaria de estar lá, ao lado dele. Mas ao mesmo tempo, ela sabe que seria inútil. Ela não teria utilidade alguma contra os dragões, e apenas colocaria seu povo em risco enquanto Thor luta contra aqueles monstros.
A imagem do rosto de Thor aparece na mente de Gwen, apenas para desaparecer em seguida, sem lhe dar a chance de falar com ele, para lhe dizer o quanto ela sente a sua falta ou o quanto ela o ama, e isso parte o coração dela.
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