7. As Funções Espaciais do Paraíso
11:7.1 (124.2) O espaço não existe, em nenhuma das superfícies do Paraíso. Se “olhássemos” diretamente para cima, da superfície superior do Paraíso, não “veríamos” nada, a não ser espaço não-preenchido, saindo ou entrando; no momento presente, está entrando. O espaço não toca o Paraíso; apenas as zonas de espaço-intermediário quiescentes entram em contato com a Ilha Central.
11:7.2 (124.3) O Paraíso é o núcleo efetivamente imóvel das zonas relativamente serenas ou quietas que existem entre o espaço preenchido e o espaço não ocupado. Geograficamente, essas zonas parecem ser uma extensão relativa do Paraíso, mas, provavelmente, há algum movimento nelas. Sabemos pouco a respeito delas, mas observamos que essas zonas de movimento espacial mais reduzido estão separando o espaço preenchido do não-preenchido. Zonas similares já existiram, certa vez, entre os níveis do espaço preenchido, mas essas zonas agora estão menos quiescentes.
11:7.3 (124.4) A secção de um corte vertical, no espaço total, assemelhar-se-ia ligeiramente a uma cruz-de-malta, com os braços horizontais representando o espaço preenchido (o universo) e os braços verticais representando o espaço não-preenchido (os reservatórios). As áreas entre os quatro braços separá-los-iam de modo semelhante àquele pelo qual as zonas intermediárias separam o espaço preenchido do não-preenchido. Essas zonas quiescentes intermediárias de espaço ficam maiores e maiores, quanto mais longas forem as suas distâncias do Paraíso; e, finalmente, abrangem as fronteiras de todo o espaço e encasulam, completamente, tanto os reservatórios de espaço quanto a extensão horizontal inteira do espaço preenchido.
11:7.4 (124.5) O espaço não é nem uma condição subabsoluta, dentro do Absoluto Inqualificável, nem a presença desse Absoluto; assim como não é uma função do Último. É uma dádiva do Paraíso; e o espaço do grande universo e o de todas as regiões exteriores, acredita-se estarem, na verdade, preenchidos pela potência do espaço ancestral do Absoluto Inqualificável. Até próximo ao Paraíso periférico, esse espaço preenchido estende-se horizontalmente para o exterior, através do quarto nível espacial e para além da periferia do universo-mestre, mas não sabemos o quanto mais para o exterior.
11:7.5 (124.6) Se imaginardes um plano finito, mas inconcebivelmente grande, em forma de V, formando ângulos retos tanto com a superfície superior do Paraíso, quanto com a superfície inferior, tendo o seu vértice quase tangente ao Paraíso periférico, e se então visualizardes esse plano em revolução elíptica, em torno do Paraíso, a sua rotação iria grosseiramente delinear o volume do espaço preenchido.
11:7.6 (124.7) Há um limite superior e um limite inferior para o espaço horizontal, com referência a qualquer locação dada nos universos. Caso se pudesse ir longe o suficiente, em ângulos retos com o plano de Orvônton, tanto para cima quanto para baixo, poder-se-ia encontrar, afinal, o limite superior ou o inferior do espaço preenchido. Dentro das dimensões conhecidas do universo-mestre, esses limites afastam-se um do outro mais e mais, à medida que se distanciam do Paraíso; o espaço torna-se espesso, e torna-se espesso um pouco mais rapidamente do que o faz o plano da criação, os universos.
11:7.7 (125.1) As zonas relativamente quietas entre os níveis espaciais, tal como a que separa os sete superuniversos do primeiro nível do espaço exterior, são regiões elípticas enormes, de atividades espaciais quiescentes. Essas zonas separam as vastas galáxias, que giram em volta do Paraíso, em uma procissão ordenada. Vós podeis visualizar o primeiro nível do espaço exterior, onde universos irrevelados estão agora em processo de formação, como uma vasta procissão de galáxias, girando em volta do Paraíso, limitadas, por cima e por baixo, pelas zonas do interespaço em quiescência, e limitadas, nas suas margens interna e externa, por zonas relativamente tranqüilas de espaço.
11:7.8 (125.2) Um nível de espaço funciona, assim, como uma região elíptica de movimento, cercada, de todos os lados, por uma relativa ausência de movimento. Tais relações, entre movimento e quiescência, constituem uma trajetória de espaço curvo, de menor resistência ao movimento, que é universalmente seguida por uma força cósmica e uma energia emergente, à medida que giram, para sempre, em torno da Ilha do Paraíso.
11:7.9 (125.3) Esse zoneamento alternativo do universo-mestre, em associação com o fluir no sentido horário e no anti-horário, alternadamente, das galáxias, é um fator de estabilização da gravidade física, projetado para impedir que a acentuação da pressão da gravidade chegue até o ponto de atividades perturbadoras e dispersivas. Tal arranjo exerce uma influência antigravitacional e atua como um freio sobre velocidades que, de outro modo, seriam perigosas.
8. A Gravidade do Paraíso
11:8.1 (125.4) A atração inescapável da gravidade sustenta, efetivamente, todos os mundos de todos os universos de todo o espaço. A gravidade é a garra da atração todo-poderosa da presença física do Paraíso. A gravidade é como um colar onipotente, ao qual encontram-se atrelados as estrelas brilhantes, os sóis abrasadores, e as esferas rotativas que constituem o adorno físico universal do Deus eterno; O qual é todas as coisas, que preenche todas as coisas e em Quem todas as coisas consistem.
11:8.2 (125.5) O centro e o ponto focal da gravidade material absoluta é a Ilha do Paraíso, complementada pelos corpos escuros de gravidade que rodeiam Havona, e equilibrada pelos reservatórios superiores e inferiores de espaço. Todas as emanações conhecidas do Paraíso inferior respondem, infalível e invariavelmente, à atração da gravidade central, que opera nos circuitos intermináveis dos níveis elípticos do espaço do universo-mestre. Todas as formas conhecidas de realidade cósmica têm a curvatura das idades, a trajetória do círculo e o arco de oscilação da grande elipse.
11:8.3 (125.6) O espaço não reage à gravidade, mas age como um equilibrador da gravidade. Sem o amortecedor, que é o espaço, uma ação explosiva sacudiria os corpos espaciais circundantes. O espaço preenchido também exerce uma influência antigravitacional sobre a gravidade física ou linear; o espaço pode, praticamente, neutralizar tal ação da gravidade, ainda que não possa retardá-la. A gravidade absoluta é a gravidade do Paraíso. A gravidade local ou linear pertence ao estágio elétrico da energia ou da matéria, e opera no universo central, nos superuniversos e nos universos exteriores, ou onde quer que tenha havido alguma materialização adequada.
11:8.4 (125.7) As inúmeras formas de força cósmica, de energia física, de potência no universo e de várias materializações revelam três etapas gerais, se bem que não perfeitamente delineadas, de reações à gravidade do Paraíso:
11:8.5 (126.1) 1. Estágios de Pré-Gravidade (Força). Este é o primeiro passo na individualização da potência espacial, nas formas de pré-energia da força cósmica. Este estado é análogo ao conceito da carga-força primordial de espaço, algumas vezes chamada de energia pura ou segregata.
11:8.6 (126.2) 2. Estágios Gravitacionais (Energia). Esta modificação na carga-força de espaço é produzida pela ação dos organizadores da força do Paraíso. Ela assinala o aparecimento de sistemas de energia sensíveis ao impulso da gravidade do Paraíso. Esta energia emergente é originalmente neutra, mas, em conseqüência de uma metamorfose posterior, mostrará ter as qualidades chamadas negativas e positivas. Designaremos esta etapa por ultimata.
11:8.7 (126.3) 3. Estágios Pós-Gravitacionais (Potência no Universo). Nesta etapa, a matéria-energia revela uma resposta ao controle da gravidade linear. No universo central, esses sistemas físicos são organizações tríplices, conhecidas como triata. Elas são os sistemas-mãe de superpotência das criações do tempo e do espaço. Os sistemas físicos dos superuniversos são mobilizados pelos Diretores de Potência do Universo e pelos seus colaboradores. Essas organizações materiais são duais,