Editado por Harlequin Ibérica.
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Confissões de amor, n.º 1835 - setembro 2020
Título original: The Innocent’s One-Night Confession
Publicado originalmente por Harlequin Enterprises, Ltd.
Reservados todos os direitos de acordo com a legislação em vigor, incluindo os de reprodução, total ou parcial. Esta edição foi publicada com a autorização de Harlequin Books S.A.
Esta é uma obra de ficção. Nomes, carateres, lugares e situações são produto da imaginação do autor ou são utilizados ficticiamente, e qualquer semelhança com pessoas, vivas ou mortas, estabelecimentos de negócios (comerciais), feitos ou situações são pura coincidência. ®
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I.S.B.N.: 978-84-1348-494-5
Conversão ebook: MT Color & Diseño, S.L.
Sumário
Capítulo 1
– Vamos, Becks. Conta– me tudo. Como é ele na cama?
Alanna Beckett quase se engasgou com o seu sumo de laranja e limão e lançou um olhar de apreensão à sua volta pelo apinhado bar de vinhos.
– Susie, por amor de Deus!, baixa a voz. Não podes perguntar essas coisas.
– Pois acabo de o fazer – ripostou Susie, imperturbável. – Tenho uma sede de informação que nem sequer este maravilhoso vinho consegue saciar. Pensa bem. Vou seis meses para os Estados Unidos e deixo-te sozinha no apartamento tão eremita como sempre. Volto a casa com medo de que tenhas adotado um gato, começado a usar camafeus ou que tenhas começado a ir a aulas noturnas de croché e, em vez disso, encontro-te praticamente noiva. Aleluia!
– Não – protestou Alanna. – Isso não é verdade. Não é nada disso. Ele só me convidou para a festa dos 80 anos da sua avó, apenas isso.
– Uma festa familiar importante na sua casa de campo. Isso é sério, Becks. Portanto, conta-me os detalhes. Chama-se Gerald, não é?
– Gerard – corrigiu Alanna. – Gerard Harrington.
– Também conhecido como Gerry?
– Que eu saiba não.
– Ah! – Susie assimilou aquilo. – Descrição física completa, verrugas incluídas?
Alanna suspirou.
– Roça o metro e oitenta, atraente, loiro, olhos azuis… e sem verrugas.
– Que tu saibas. Como se conheceram?
– Salvou-me de ser atropelada por um autocarro.
– Santo Deus! – exclamou Susie. – Onde e como?
– Perto da Bazaar Vert de King’s Road. Ia distraída e saí do passeio para a estrada. Ele agarrou-me e puxou-me para o passeio.
– Deus o abençoe – Susie olhou-a fixamente. – Isso não é próprio de ti. Pode-se saber com o que ias a sonhar?
Alanna encolheu os ombros.
– Pareceu-me ver alguém que conhecia – hesitou, pensando com rapidez. – A Lindsay Merton.
– Lindsay? – repetiu Susie, confusa. – Mas vive com o seu marido na Austrália.
– E decerto por lá continuam – replicou Alanna, amaldiçoando-se. – Portanto, quase fui atropelada por causa de um deslize.
– E que fez o Gerard depois?
– Naturalmente, eu estava algo trémula. Portanto, levou-me à Bazaar Vert e pediu à encarregada que me preparasse um chá muito doce – Alanna estremeceu. – Quase teria preferido que me atropelassem.
– Não, não é verdade – corrigiu-a Susie. – Pensa no pobre condutor do autocarro. E como é que o teu cavaleiro andante tem tanta influência sobre as senhoras pretensiosas da Bazaar Vert?
– Um primo dele é dono da cadeia. O Gerard é o diretor-executivo.
– Ena! – exclamou Susie. – Ou seja, ganha muito bem e ainda por cima é ecologista. Querida, estou impressionada. Não se diz que quando alguém nos salva a vida, ficamos a pertencer-lhe para sempre?
– Isso são tolices – retorquiu Alanna. – E aqui ninguém pertence a ninguém. Estamos apenas a conhecer-nos. E a festa é apenas mais um passo nesse processo.
– Para ver se a avó dá a sua bênção? – Susie torceu o nariz. – Acho que não gostaria disso.
– Bom, até pode gostar de mim. Além disso, é um fim de semana no campo e eu estou a pensar relaxar e deixar-me levar. E não vou para a cama com o Gerard – acrescentou. – Para o caso de teres alguma dúvida quanto a isso. Em Whitestone Abbey há quartos separados.
Susie sorriu.
– E decerto rezam juntos à tarde – disse. – Mas talvez ele saiba onde encontrar um